A Educação Ambiental

A criação dos agrotóxicos ocorre na década de 50, na chamada revolução verde, seu objetivo era “modernizar o campo”. Essa modernização chega em massa, no brasil, 10 anos depois e faz com que aja uma produção numa escala e rapidez muito maior. São adicionados, nesse meio de novas tecnologias, defensivos agrícolas para o combate de pragas, na velocidade de produção e na qualidade também. Ao longo dos anos uma gama enorme desses defensivos foi criada e com isso prejuízos no meio ambiente e na saúde humana tornaram-se comuns.

Como se trata de uma aplicação através de produtos líquidos, o solo das plantação é diretamente afetado, afetando o solo, afeta-se também os lençóis  freáticos existentes nos entornos das plantações que abastecem rios e lagos, causando prejuízo pra todas as espécies que dependem dessas aguas, até mesmo populações ribeirinhas. Esse desequilíbrio criado afeta diretamente o ecossistema e a cadeia ambiental ali presentes, contaminando até mesmo os peixes.

O reflexo do uso de forma indevida de agrotóxicos no ser humano se dá também de forma direta, pra se ter uma noção, em um estudo feito pela Teixeira et al. foram computados, entre os anos de 1999 e 2009, no nordeste do país, mais de 10 mil casos de intoxicação. Esses números demonstram a irresponsabilidade, principalmente de manuseio e fiscalização, com produtos tão perigosos . A mão de obra que trabalha com a aplicação desses, produtos não é qualificada e o governo faz vista grossa em relação a fiscalização e esses dois fatores são importantíssimos para maiorias dos casos citados acima. Tornando muito grave a utilização desses defensivos, que foram originalmente feitos para otimizar o campo, porém por falta de responsabilidade veem se mostrando prejudicial.

E nesse cenário governo se mostra cada vez mais indiferente quanto a fiscalização tanto da eficácia dos produtos, quanto com a fiscalização. Entre o dia 1 de janeiro até 27 de novembro foram aprovados quase 440 novos defensivos no país. Cabe ao governo tomar as medidas cabíveis de fiscalização, reeducação para os trabalhadores rurais que mechem diretamente com esses produtos, pois quem sofre somos todos nós.

 A não utilização dos agrotóxicos e infelizmente quase irreal, tendo em vista a demanda de alimentos e o barateamento do custo faz com que os alimentos cheguem de forma mais abrangente na população, pois nem todos poderiam arcar com as despesas de alimentos 100% orgânicos, muito menos seria possível abastecer de forma mais  homogênea o país, as desigualdades seriam bem maiores do que já são. Incentivos de reeducação da aplicação seria de suma importância para restringir esses estragos que estão sendo feitos a nós e ao meio ambiente.