A Geológica da Terra às moléculas orgânicas
Por: Fran Maiara • 22/1/2018 • Abstract • 501 Palavras (3 Páginas) • 294 Visualizações
Resumo: História geológica da Terra às moléculas orgânicas
Com a formação da Terra há aproximadamente 4,6 bilhões de anos é que se iniciou a era pré-biótica, ou seja, o desencadeamento de meios precursores rumo à finalidade do inicio da vida molecular, haja vista que, nesse período não deixou nenhum registro fóssil, porém os cientistas buscam reproduzir em meio a experimentos, tipos de reações químicas que podem ter dado origem aos organismos vivos durante esse momento primitivo. Nessa perspectiva, os cientistas passaram a formularem ideias de como seria a Terra primitiva. Um dos exemplos mais conhecidos é a hipótese de Oparin-Haldane, do qual a atmosfera primitiva consistia em moléculas simples, devido às erupções vulcânicas em que produzia amônia, metano e vapor d’água, e consequentemente adquiria um potencial redutor. A radiação ultravioleta e as descargas elétricas dos relâmpagos reagiam quimicamente com as moléculas mais simples da atmosfera em que se dissolveram nos mares antigos, formando uma “sopa primordial”, abrangendo moléculas orgânicas (contendo carbono). As moléculas orgânicas com o passar do tempo (milhões de anos) incidiram a constituir macromoléculas (aminoácidos, açucares, lipídios, purinas, etc.) e em seguida, estas macromoléculas começaram a se combinar formando o que Oparin denominou coacervados. Essa hipótese de Oparin-Haldane foi reproduzida por Stanley L. Miller no laboratório de Harold Urey, procedendo em uma solução que continha compostos orgânicos solúveis em H2O, incluindo aminoácidos, hidroxácidos, aldeídos e cianeto de hidrogênio (HCN). No entanto, a ideia em relação à Oparin-Haldane e o experimento de Miller são criticados, uma vez que, a formação de aminoácidos ao estarem na “sopa primordial” seriam diluídos, e como resultado as ligações peptídicas não se constituam, pois requer a perda de água em uma reação de condensação . Além disso, os geólogos questionam que a atmosfera da terra jamais foi redutora (amônia, metano e hidrogênio), mas sim, oxidativa (CO, CO2, N e H), tendo em vista que, neste tipo de atmosfera o rendimento de aminoácidos seria praticamente nulo. Contudo, estudos laboratoriais mais aceitos forneceram uma boa evidência de que os compostos orgânicos na “sopa primordial” colaboraram para a síntese de macromolécula precursora, o RNA, proporcionando a formação de outras macromoléculas, devido a sua função de autocatalisador, auto-replicadora e autoperpetuadora, como também, sendo o RNA responsável pela síntese de proteínas. Ademais, as suas respectivas funções contribuíram para que o ambiente primitivo se tornasse rico em moléculas capazes de sobreviver e multiplicar-se, logo em seguida, a seleção natural teria beneficiado moléculas que fizessem cópias mais precisas de si próprias.
Palavras-chaves: Pré-biótica; moléculas; RNA.
Referências:
LEHNINGER. Princípios de bioquímica. 4ª ed. São Paulo, Editora Sarvier , 2006
VOET , Donald et al. Fundamentos da bioquímica: a vida em nível molecular. 4ª ed. Porto Alegre, Editora Artmed, 2014.
ZAIA, Dimas Augusto Morozin. A origem da vida e a química prebiótica. Semina: Ciências exatas e tecnológicas , Londrina, V.25, n.1, p. 3-8, jan./jun. 2004.
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