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A Importância Da Biotecnologia

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Por:   •  10/5/2014  •  1.908 Palavras (8 Páginas)  •  481 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DA BIOTECNOLOGIA

INTRODUÇÃO

A engenharia genética e outras biotecnologias ocupam hoje o lugar central na representação social da ciência, a ponto de se tornar corrente a opinião de que este século ou talvez o próximo ficará conhecido como o Século da Biotecnologia. Ela aparece para o público como o próprio paradigma da tecnociência, o estágio atual da pesquisa que, diferentemente do século 19, faz da investigação científica o motor mesmo do avanço técnico, deitando por terra o sistema de dicotomias que dava solidez à sua representação tradicional: ciência vs. técnica; natureza vs. sociedade; biologia vs. tecnologia. Uma ciência que não se limita a explicar coisas, mas já o faz para modificá-las e mobilizá-las no processo de produção.

BIOTECNOLOGIA

A biotecnologia, conceitualmente, é a união de biologia com tecnologia; é um conjunto de técnicas que utilizam os seres vivos no desenvolvimento de processos e produtos que tenham uma função econômica e/ou social. A biotecnologia envolve várias áreas do conhecimento e, em conseqüência, vários profissionais, sendo uma ciência de natureza multidisciplinar.

Apesar do termo biotecnologia ser novo, o princípio é muito antigo. Por exemplo, a utilização da levedura na fermentação da uva e do trigo para produção de vinho e pão vem de muitos anos antes de Cristo. Com a evolução da ciência em seus diversos setores, inúmeras metodologias biotecnológicas têm sido sistematizadas, aumentando seus benefícios econômicos, sociais e ambientais. Vários cientistas, com suas descobertas, tiveram grande importância para a evolução e sistematização da biotecnologia. Por exemplo, Louis Pasteur com a descoberta dos microrganismos em 1861, Gregor Mendel com a descoberta da hereditariedade em 1865, James Watson e Francis Crick com a descoberta da estrutura do DNA (ácido desoxirribonucléico, molécula responsável pela informação genética de cada ser vivo) em 1953, entre outros.

A partir da descoberta da estrutura do DNA, houve uma revolução incrível na área da genética e biologia molecular, surgindo, então, a chamada biotecnologia moderna, a qual consiste na manipulação controlada e intencional do DNA por meio das técnicas de engenharia genética. Por meio de tais técnicas foi possível a produção de insulina humana em bactérias e o desenvolvimento de inúmeras plantas transgênicas a partir da década de 80.

As várias técnicas relacionadas à biotecnologia têm trazido, via de regra, benefícios para a sociedade. As fermentações industriais na produção de vinhos, cervejas, pães, queijos e vinagres; a produção de fármacos, vacinas, antibióticos e vitaminas; a utilização de biofungicidas no controle biológico de pragas e doenças; o uso de microrganismos visando à biodegradação de lixo e esgoto; o uso de bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos para a melhoria de produtividade das plantas; o desenvolvimento de plantas e animais melhorados utilizando técnicas convencionais de melhoramento genético e também a transformação genética.

A transformação genética, como uma das técnicas da biotecnologia moderna, é definida como sendo a introdução controlada de ácidos nucléicos (genes) em um genoma receptor por meio da tecnologia do DNA recombinante. Diferentes técnicas de transformação genética foram estabelecidas, recentemente, com o desenvolvimento da cultura de tecidos e da engenharia genética. As técnicas podem ser divididas em duas categorias baseadas no procedimento para a transferência de genes, a qual pode ser indireta e direta. Na transferência indireta, para realizar a transformação, utiliza-se um vetor, como Agrobacterium tumefaciens e Agrobacterium rhizogenes. Esses vetores são bactérias que possuem a capacidade de transferir naturalmente para as plantas parte de seu DNA, induzindo-as a sintetizar substâncias para o seu crescimento. Na transferência direta, utiliza-se métodos físicos ou químicos que objetivam romper a barreira da parede celular e/ou da membrana plasmática para a livre penetração do DNA na célula. Numerosos sistemas de transformação direta já foram descritos, entre eles, a aceleração de partículas, polietilenoglicol, eletroporação, lipossomos, micro e macroinjeção.

Além do método de transformação propriamente dito, outras etapas estão envolvidas na obtenção de um organismo transgênico como o isolamento e a caracterização do gene de interesse, a construção do cassete de expressão, a introdução e incorporação do gene, a regeneração e seleção das células transformadas, a aclimatação e os diferentes testes genotípicos e fenotípicos com os transgênicos. Diferentes estratégias podem ser utilizadas em cada etapa da transformação genética, sendo que a escolha da mais adequada depende da espécie, do tipo de explante utilizado e do objetivo da transformação.

Logicamente, a tecnologia de transformação genética não se encerra com a obtenção do transgênico que expresse a característica-alvo. Para que o transgênico seja efetivamente incorporado ao sistema produtivo, é necessário que o mesmo não apresente riscos à saúde e ao ambiente e, para isso, rigorosos testes realizados em laboratório, casa-de-vegetação e campo, bem como as várias normas de segurança devem ser respeitadas. Embora a base do trabalho de avaliação de riscos seja o mesmo, não se pode fazer generalizações, pois cada transgênico e sua utilização apresenta especificidades, que devem ser conhecidas, caracterizadas e sempre levadas em consideração. Portanto, para a liberação, cada transgênico deve ser avaliado caso a caso.

Até o momento, os produtos desenvolvidos a partir dessas técnicas na área de fármacos e agricultura foram produzidos e comercializados sem evidência de danos ao homem ou ao meio ambiente e trouxeram, via de regra, benefícios à sociedade. Entre os benefícios dos transgênicos podem-se citar aqueles relacionados à agricultura (plantas resistentes a pragas, doenças, herbicidas, com maior tempo de prateleira, mais produtivas, resistentes a áreas pouco adaptadas ao cultivo e com maior valor nutricional); à medicina (produção de vacinas e fármacos em planta, aumento da produção de compostos terapêuticos) e à pesquisa básica (entendimento dos processos de armazenamento, expressão e regulação da informação genética), o que traria benefícios a produtores, consumidores e também ao meio ambiente. A pressão contra os transgênicos pode ter duas explicações principais: a desinformação e a interferência em mercados bastante poderosos como a competição de indústrias de agroquímicos,

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