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A Importância Do Exercício físico à Qualidade De Vida Dos Idosos

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Por:   •  11/5/2014  •  5.973 Palavras (24 Páginas)  •  865 Visualizações

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O aumento da população de idosos vem ocorrendo nos países em desenvolvimento num espaço de tempo mais curto do que em relação aos países desenvolvidos (Mazo, 2006). Este envelhecimento nas regiões menos desenvolvidas do planeta fará com que, possivelmente no ano 2025, dos 11 países de maior população de idosos em números absolutos (todas acima de 16 milhões), a maioria pertença ao terceiro mundo. O Brasil será o sétimo país em números absolutos, com mais de 30 milhões de idosos (IBGE, 2001). As razões que estão levando à alteração demográfica no mundo, dentre outras, são: redução da mortalidade, redução da fecundidade e migração (Mazo, 2006).

A redução da mortalidade sobreveio com a Revolução Industrial, que ocasionou um maior desenvolvimento sócio-econômico das sociedades. Essa redução não foi provocada pelo processo social e econômico, mas sim pela tecnologia avançada (vacinas, antibióticos, remédios, equipamentos, etc.). A queda da fecundidade e sua conseqüente baixa na natalidade, decorrente dos processos de urbanização e industrialização, que facilitou o acesso à educação e saúde vêm contribuindo também para o envelhecimento populacional (Ramos, 2005). Outro fator é a migração provocada pelas pessoas jovens que, à procura de melhores condições de vida, migram para regiões e países mais ricos; quando se deslocam deixam, nas regiões ou países para os quais emigraram, os familiares idosos, aumentando a proporção destes em relação às demais faixas etárias (Paschoal, 2006).

Chaimowics (2008), estabelece que com o aumento elevado do número de idosos, ocorrem modificações no perfil desta população que, ao aumentar sua expectativa de vida, torna mais freqüente o aparecimento de doenças crônico-degenerativas (hipertensão, doença coronariana, diabetes mellitus não insulínico dependente e osteoporose) e também os índices de incapacidade aumentam rapidamente, reduzindo a aptidão dos idosos para a vida independente.

Diversos declínios funcionais decorrentes do aumento da idade são devidos ao estilo de vida adotado, que são extrínsecos ao envelhecimento e, portanto modificáveis. Desse modo, a adoção de um estilo de vida mais saudável, com o aumento das atividades físicas habituais ou até mesmo a inclusão de exercícios físicos na rotina dos idosos, poderão ser eficazes para um envelhecimento bem sucedido, minimizando as incapacidades associadas ao envelhecimento (Barros Neto, 2007). Por outro lado, o baixo nível de atividades físicas habituais e a falta de exercícios físicos na vida dos idosos podem trazer vários problemas à saúde, dentre os quais se destacam: apatia; perda de força, de flexibilidade, de agilidade; além de poder contribuir para a obesidade, problemas cardiovasculares; assim como gerar problemas sociais; como dificuldade de relacionamento com as pessoas, isolamento, desinteresse, estresse, entre outros (Barros Neto, 2007).

A atividade física é comumente definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta num gasto energético acima dos níveis de repouso (Lima, 2002).

A atividade física abarca a totalidade do ser, ultrapassando as melhorias aparentemente só motoras, associando-se aos desenvolvimentos cognitivos, volitivos e sociais (Ramos, 2005).

Enquanto o exercício físico deve ser compreendido como uma das formas de atividade física planejada, estruturada, sistemática, efetuada com movimentos corporais repetitivos, a fim de manter ou desenvolver um ou mais componentes da aptidão física (Lima, 2002).

Estudos experimentais (Lima, 2002) têm sugerido que a prática, de exercícios físicos por parte dos idosos atua na redução de taxas de mortalidade e do risco de desenvolvimento de doenças degenerativas como as cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes, enfermidades respiratórias, dentre outras. São relatados ainda, efeitos positivos da atividade física e exercícios físicos no processo de envelhecimento, no aumento da longevidade, no controle da obesidade e em alguns tipos de câncer (Matsudo e Matsudo, 2001).

Observa-se que os idosos que praticam atividades físicas mostram-se mais abertos, emocionalmente equilibrados, bem humorados com atividades positivas mediante os fatos da vida, o que contribui para o encontro de uma identidade e uma melhor qualidade de vida (Pellegrinotti, 2008).

Para (Nahas, 2001) qualidade de vida deve ter um conceito amplo, e que deve ser interpretado de modo contínuo, não como uma dicotomia (ter ou não ter qualidade de vida). A qualidade de vida é resultante de inter-relação de fatores que modelam e diferenciam o dia-a-dia dos Indivíduos, sob os aspectos das percepções, relacionamentos e pelas situações vivenciadas.

Consideração de importância é a de que os benefícios do exercício são comuns a todos os tipos de atividades físicas, esportivas ou laborativas, desde que, os esforços não sejam excessivos em relação à condição física da pessoa. O exercício é uma forma de sobrecarga para o organismo. Sobrecargas bem dosadas estimulam adaptações de aprimoramento funcional de todos os órgãos envolvidos, mas quando excessivas, produzem lesões ou deterioração da função.

O sedentarismo caracteriza-se por uma ausência de sobrecargas para todo o sistema neuro-músculo-esquelético e metabólico, levando ao enfraquecimento progressivo de estruturas com funções biomecânicas, e a alterações funcionais e estatisticamente se correlacionam com maior incidência ou gravidade de doenças (Beauvoir, 2004).

Com base em estudos epidemiológicos e fisiopatológicos, formou-se o consenso de que os exercícios estimulam a saúde em diversos aspectos e com isso ajudam para o alcance de uma melhor qualidade de vida (Pellegrinotti, 2008).

Dados de estudos que enfatizaram a relação entre atividade física e qualidade de vida demonstram que os idosos mais ativos vivem com maior qualidade de vida e satisfação, onde encontram na prática da atividade física a maneira de terem em suas vidas a ausência de doenças, um bem estar físico e mental, aumento da auto-estima e melhor convívio social, como também maior disposição para a realização das tarefas diárias (Lima, 2002).

O Processo de Envelhecimento

Para classificar melhor o envelhecimento a Organização Mundial de Saúde separa em quatro estágios esta etapa da vida: meia-idade de (45 a 59 anos); idoso:

(60 a 79 anos); ancião: (75 a 90 anos); e, velhice extrema: (90 anos em diante).

O envelhecimento é a alteração irreversível da substância viva em função do tempo (Beauvoir, 2004). A soma de todas as manifestações de desgaste

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