A Metodologia Crianceira
Por: Beatriz Teixeira Monteiro • 14/4/2022 • Ensaio • 639 Palavras (3 Páginas) • 174 Visualizações
Ativ Oficina 1 – Metodologia Crianceira
Beatriz Teixeira Monteiro
Quando a gente é criança, geralmente somos muito curiosos, questionando tudo a todo momento, mesmo quando, às vezes, nossos pais não tem nem resposta para aquilo. Não tem um modelo certo para o que vai despertar nossa curiosidade, pode ser uma palavra, um jeito, uma resposta mal explicada ou até um costume nosso que não vemos no outro.
Nesse ultimo caso, teve um costume que eu via em todos que me gerou uma certa dúvida ‘por que eu nunca tinha visto o meu peixinho fechar os olhos e dormir?’, era uma coisa natural, via todos fazendo. Sabia que não eram só humanos que deitavam e dormiam, já que as cachorrinhas dos meus tios deitavam quando estavam cansadas. Então um dia resolvi fazer um teste, fungi que ia dormir para esperar meus pais dormirem, assim que pegaram no sono fui até a sala e fiquei encarando o aquário, apaguei as luzes para ficar mais cômodo para o peixinho fechar os olhos e dormir, obviamente que eu peguei no sono antes de algo acontecer. Para mim isso não fazia sentido, como meu peixe não dormia? Lembro de tentar criar “hipóteses” para poder explicar o porquê disso. Anos depois que fui aprender que a maneira que eles descansam não é igual à nossa, e, por eles não terem pálpebras, eu nunca os veria “fechando os olhos” para dormir.
Lembro também de uma outra vez, eu devia estar no 3º ano, com uns 7 anos, onde eu e meus amigos estávamos dentro da escola, esperando nossa aula acabar. Como estava chovendo não podíamos sair para brincar no recreio, então, dentro da sala, não conseguíamos saber o quão forte a chuva estava. A rua onde fica essa escola costuma alagar até hoje em dia, mesmo com meios para evitar isso, então naquela época enchia e muito. Como onde eu moro não costuma encher e não lembro de ficar presa em um lugar tanto tempo por causa de chuva antes disso, eu não estava acostumada, nem meus amigos. Quando o sinal tocou e saímos correndo para ir para casa, a escola estava cheia d’água. Como perto daquela rua passava um rio, que as pessoas tratavam como esgoto, a água subiu e além de deixar tudo alagado estava cheio de baratas e alguns ratos. Como éramos crianças e não sabíamos que depois que a chuva diminuísse a água iria baixar e poderíamos sair dali, ficamos nervosos. Lembro de um amigo meu começar a escrever um “testamento” para a família, caso não saíssemos da escola por conta da chuva, e influenciados por ele, todos começaram a fazer igual. Ficamos um tempo ainda na escola desesperados e tivemos que sair por um buraco que fizeram na cozinha que dava para a sala da diretora e de lá para a saída. O que começou como algo desesperador terminou com uma “aventura”, já que passamos por uma nova passagem, e vários “testamentos” indicando com quem deixaríamos nossos DS’s.
Outra lembrança, mas não engraçada, que me recordo, é que quando eu era menor, assim que me mudei a casa que moro hoje, o depósito/construtora (até hoje não sei o que é direito) pegou fogo, e como meu quarto era mais longe e já era de noite eu nem fazia ideia do que estava acontecendo. Até que meu pai apareceu correndo e me pegou para levar para a casa do meu avô, eu estava em choque porque nunca tinha visto nada pegar fogo, de fato, próximo a mim. Eu não consegui pegar no sono esperando acordada para ver se os bombeiros iam conseguir apagar tudo ou chegaria nas casas próximas, no caso a minha. Acabou que, felizmente, conseguiram apagar tudo antes que chegasse em alguma outra casa. Lembro que depois disso comecei a ficar mais atenta nas coisas e sair um pouco mais do meu “mundinho de Bob”.
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