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A Semeadura Direta De Espécies De Adubação Verde Como Estratégia De Controle Cultural

Por:   •  9/8/2023  •  Artigo  •  7.635 Palavras (31 Páginas)  •  65 Visualizações

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JÚNIA CRISTINA FERREIRA SOUSA

SEMEADURA DIRETA DE ESPÉCIES DE ADUBAÇÃO VERDE COMO ESTRATÉGIA DE CONTROLE CULTURAL DE ESPÉCIES INVASORAS EM ÁREA DEGRADADA EM PROCESSO INICIAL DE RECUPERAÇÃO NO MUNICÍPIO DE PATOS DE MINAS, MINAS GERAIS

PATOS DE MINAS

 2019

JÚNIA CRISTINA FERREIRA SOUSA

SEMEADURA DIRETA DE ESPÉCIES DE ADUBAÇÃO VERDE COMO ESTRATÉGIA DE CONTROLE CULTURAL DE ESPÉCIES INVASORAS EM ÁREA DEGRADADA EM PROCESSO INICIAL DE RECUPERAÇÃO NO MUNICÍPIO DE PATOS DE MINAS, MINAS GERAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial de avaliação para obtenção do título de Engenheiro Ambiental e Sanitarista pelo Centro Universitário de Patos de Minas, sob orientação do professor Dr. Vinícius de Morais Machado.

PATOS DE MINAS

2019


SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        OBJETIVO        5

2.1        OBJETIVO GERAL        5

2.2        OBJETIVOS ESPECÍFICOS        5

3        JUSTIFICATIVA        6

4        REVISÃO DA LITERATURA        7

4.1        BIOMA CERRADO E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL        7

4.2        RECUPERAÇÃO E REABILITAÇÃO DE AMBIENTES DEGRADADOS        8

4.3        EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA        10

5        METODOLOGIA        14

5.1        LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO        14

5.2        ESPÉCIES UTILIZADAS E TRATAMENTOS APLICADOS        15

5.3        PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO        16

5.3.1        Determinação de cobertura do solo por método fotográfico        17

5.3.2        Caracterização fitossociológica realizada utilizando o método de quadrantes        17

5.3.3        Acompanhamento espécie nativa        20

REFERÊNCIAS        20

  1. INTRODUÇÃO

Recentemente a preservação da biodiversidade retrata um dos maiores obstáculos, em função do alto grau de distúrbios provocados por atividades antrópicas dos ecossistemas naturais presentes no Brasil (CHAVES et al., 2013). Com a finalidade de salvaguardar a qualidade de vida no planeta, Irias et al. (2004) ressaltam que nas últimas décadas, os temas ambientais têm sido estudados, articulados, e subordinados aos mais diversos recursos legais em todo o mundo.

Direcionando a discussão para o bioma Cerrado, Menezes et al. (2009), ressaltam que na década de 70 o Cerrado se tornou uma nova e relevante fronteira agrícola brasileira, através da criação de programas de desenvolvimento, créditos rurais, auxílio técnico, subsídios, benefícios ficais, entre outros.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) este bioma é o segundo maior da América do Sul, classificado de formação savânica mais abundante do mundo. Possui cerca de dois milhões de quilômetros quadrados, ocupando aproximadamente 25% do território brasileiro e cerca de 60% do estado de Minas Gerais (INPE, 2018). De acordo com o INPUT (2018) o Cerrado abrange 11 estados e o Distrito Federal, além de apresentar relevância elementar para sociedade brasileira em condições de biodiversidade, conservação dos recursos naturais em especial recursos hídricos.

Através de mapeamento sistemático produzido pelo INPE por intermédio do PRODES Cerrado, no período de 2017 a 2018 foram registrado 6.657 quilômetros quadrados de desmatamento no bioma cerrado. Dentre as atividades antrópicas destaca-se a pecuária, que através da implantação de pastagens ocupa um total de 60 milhões de hectares, representando 30% do bioma, à medida que a agricultura anual e perene totalizam 24 milhões de hectares, 12% do bioma (INPE, 2018).

Nesse viés, Cunha et al. (2008) consideram que o modelo de exploração agrícola adotado, ocorrido em busca do aumento da produtividade, utilizando, além de outras técnicas, o uso intensivo do solo para atividades agropecuárias, afetaram a sustentabilidade ecológica, com significativa tendência à degradação ambiental e representam na contemporaneidade o maior problema na região dos cerrados.

Desde o início da expansão das atividades agropecuárias, as espécies de quase todos os grupos taxonômicos vêm sendo conduzidas para afora das fronteiras naturais que demarcavam seu arranjo inicial (SAMPAIO et al., 2013). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente espécies invasoras são reconhecidas como uma das principais causas de ameaça à diversidade biológica (MMA, 2018).

Marchante et al. (2014) afirmam que a grande utilização da espécie pode ser explicada pelos aspectos positivos como formadoras de pastos, tais como rápido crescimento e grande facilidade de dispersão. As principais consequências estão ligadas a competição com espécies nativas, causando consequentemente a extinção gradativa de espécies locais, impactando o ecossistema como um todo e alterando as fisionomias existentes (PIVELLO et al., 2011).

Os resultados positivos proporcionados ao desenvolvimento dessas espécies são analisados em especial no solo, devido à fixação de oxigênio e multiplicação de fungos micorrízicos provenientes do solo, que, quando associados às raízes das plantas, elevam a sua eficiência de absorção de água e nutrientes (SILVEIRA, 1992).

Algumas linhas de pesquisa têm explorado o uso de espécies de cobertura, sobretudo leguminosas, no controle de plantas invasoras. A eficiência de coberturas vivas de leguminosas forrageiras na redução da germinação e da produção de gramíneas invasoras, em especial Urochloa decumbens, foi atestada pelo estudo desenvolvido por Severino e Chistoffoleti (2001). Da mesma forma, Silva et al. (2009) atestaram a redução da população infestante em cultura de tomateiro devido plantio de leguminosas forrageiras.

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