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A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA E MULTIMEIOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA

Por:   •  16/11/2017  •  Artigo  •  3.527 Palavras (15 Páginas)  •  455 Visualizações

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UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA E MULTIMEIOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

MARCATTO, Nathaly Winkelmann[1]

CHUPIL, Henrique2

RESUMO

Este artigo buscou promover uma análise sobre o uso de tecnologias no ensino de Ciências e Biologia. Através do método de investigação bibliográfica, que trata-se de promover uma busca através de diversas fontes literárias sobre o tema em questão. Foi possível verificar a importância do uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no ensino de Ciências e Biologia. As dificuldades encontradas no ensino e o papel do professor diante dos recursos tecnológicos, a necessidade de capacitação dos profissionais de educação para uma mudança de modelo pedagógico, ressaltando o uso oferece ao processo ensino - aprendizagem. O uso de TICs integradas a educação é um instrumento que contribui para a interação e mediação como apoio as aulas, tornando-se um recurso necessário à pratica educativa, pois ilustra e contribui na apresentação dos conteúdos, para isso se faz necessário o uso planejado e adequado a realidade e perfil de alunos e docentes. O professor não pode ver os recursos tecnológicos como obstáculos, mas sim como aliados a sua pratica em sala de aula.

Palavras chave: Ciência, Biologia, Ensino, Recursos Tecnológicos.

1 INTRODUÇÃO

O uso das tecnologias na educação esteve voltado primeiramente ao ensino a distância, sendo os projetos mais importantes são o Instituto Radio-Monitor (1939), Instituto Universal Brasileiro (1941), Projeto SACI (Sistema Avançado de Comunicações Interdisciplinares – 1967 a 1974). As experiências educativas importantes iniciaram-se em 1969 através da TV Cultura, em 1978 foi o Telecurso 2º grau, em 1981 foi lançado o Telecurso 1º grau, devido ao sucesso em 1995 ganhou um novo formato e foi chamado de  Telecurso 2000 (ALTOÉ e SILVA, 2005).

Com os avanços tecnológicos que ocorreram partir da década de 1990, tendo sua face mais visível a internet, foi possível uma maior integração entre as sociedades, culturas entre outros. Se antes levávamos dias ou até semanas para sermos informados de eventos distantes, hoje podemos ter a informação de forma quase instantânea, essa realidade possibilita a ampliação do conhecimento. Desta forma afetando até o sistema educacional conhecido até então, pois cada vez mais cedo as crianças tem acesso a diversas tecnologias e ao conhecimento amplamente liberado no mundo digital, assim facilitando a comunicação entre diferentes meios e as redes sociais.

A situação atual do ensino no Brasil exige cada vez mais uma renovação dos padrões, tornando-se necessária a inclusão de ideias inovadoras na educação atual, de maneira a fugir dos modos já ultrapassados do ensino tradicional tão difundido. As escolas estão se adaptando para incorporar os recursos tecnológicos no processo ensino-aprendizado, com construção de laboratórios, instalação de TV nas salas de aula. Assim, com novas metodologias, os alunos tem uma maior autonomia na busca pelo conhecimento.

Se foi o tempo em que o aluno era indiferente e somente recebia as informações apresentadas pelo professor, pois na atualidade o aluno possuidor de um celular, tablete ou computador ligado a internet tem acesso a informações atualizadas e em tempo real, assim o professor deixou de ser o único possuidor de conhecimentos em uma sala de aula.

        (...) cada vez mais o professor deve levar em conta o ritmo acelerado e a grande quantidade de informações que circulam no mundo hoje, trabalhando de maneira critica com a tecnologia presente em nosso cotidiano. Isso faz com que a formação do educador deva voltar-se para analise e compreensão dessa realidade, bem como para a busca de maneiras de agir pedagogicamente diante dela. É necessário que professores e alunos conheçam, interpretem, utilizem, reflitam e dominem criticamente a tecnologia para não serem por ela dominados.  (Sampaio e Leite (2013)).

Este trabalho teve como objetivo identificar e considerar alguns recursos tecnológicos e realizar um estudo sobre estes, no ensino de ciências e biologia.

        Investigar e dissertar sobre as contribuições dos recursos tecnológicos no processo ensino-aprendizagem e verificar até que ponto estamos capacitados, para introduzi-los como um recurso metodológico no ensino.

         

2 USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO

A educação é vista como um processo de construção conjunta entre aluno e educador e a maneira de ver o estudante como um ser participante do conhecimento já são ideias antigas, mas pouco colocadas em prática. (SABINO et al, 2013).

Na atualidade se faz necessário que no ensino seja realizada uma abordagem do cotidiano dos alunos, não se atendo somente a memorização para aprovação em avaliações e vestibulares. No ensino de Biologia e Ciências devem ser tratados os aspectos do dia-a-dia, de forma que o conhecimento cientifico repercuta e influencie nos diversos conteúdos escolares. (SAUVÉ et al 2009).

A formação do professor, de maneira geral, tem sido construída a partir de contextos, situações e aprendizagens já muito sedimentadas e difíceis de serem mudadas. É tanto que, apesar de a pesquisa educativa apontar para a necessidade de mudança, o modelo de professor tradicional, comprometido mais com o “conteúdo” do que com o aprender, é o mais presente no sistema escolar, desde a escola básica ate a universidade (MALDANER apud GALIAZZI et al, 2001).

Diversas vezes as duvidas dos estudantes são detidas por um modelo ultrapassado de educação, seja por falta de recursos e infraestrutura, ou pela inadequada formação de professores que se mantem presos as aulas exclusivamente expositivas e a livros didáticos. Entretanto este e outros fatores contribuem para a manutenção e continuação de um modelo mecânico e automático onde o aluno somente decora e reproduz conceitos não respondendo questões de uma forma contextualizada e problematizada que contribui para a formação (SANTOS 2002).  A  ausência de contextualização e problematização dos conteúdos, unida a falta de atividades práticas e da experimentação por parte dos professores, acaba distanciando o conhecimento científico da escola (PARANÁ, 2008). Isto ocorre em grande parte devido a falta de infraestrutura nas escolas publicas brasileiras, o despreparo e desmotivação dos docentes que muitas vezes não são incentivados a se atualizar. Assim surgem diferentes abordagens experimentais de ensino, visando auxílio aos docentes e a promoção de aulas mais dinâmicas e interessantes aos alunos (GALIAZZI et al, 2001).

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