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A Vida de Hélio e Peggy Pereira

Por:   •  30/10/2018  •  Resenha  •  477 Palavras (2 Páginas)  •  228 Visualizações

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Helio e Marguerite Pereira foram importantes virologistas durante o século XX. Eles desempenharam papel central na consolidação das ações do Instituto Oswaldo Cruz em Virologia. Helio iniciou sua carreira científica no Instituto no final da década de 1940. Naturalizado cidadão inglês em 1957, chefiou a Divisão de Virologia do Instituto Nacional de Pesquisas Médicas da Inglaterra. O virologista retornou ao IOC em 1979, onde trabalhou até sua morte, em 1994, gerando importantes contribuições nas áreas de vírus entéricos e diarreias virais. Peggy, como a microbiologista britânica era conhecida, foi pesquisadora e consultora do IOC em Virologia e Imunologia entre os anos de 1982 e 1987. Antes disso, dirigiu o Centro Nacional de Influenza da Organização Mundial de Saúde para Inglaterra e País de Gales.

Foram, também, membros importantes da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS, e estiveram envolvidos em estudos sobre a AIDS no Brasil e internacionalmente. Em 1985, o casal de pesquisadores forneceu a Bernardo Galvão duas garrafinhas que abrigavam células humanas infectadas pelo vírus da Aids. O material, cedido a Peggy pelo pesquisador norte-americano Robert Gallo, envolvido no isolamento do HIV-1 nos Estados Unidos, serviu de base para os estudos que levaram ao isolamento do vírus da Aids na América Latina.

Leônidas e Maria Deane foram peças atuantes para a saúde pública do Brasil. Eles foram fundamentais no combate a males endêmicos como malária, filariose, leishmaniose visceral, verminose e leptospirose. Para combater as epidemias, o casal de parasitologistas viajou por todo norte e nordeste fazendo palestras e orientando a população sobre saneamento básico. Leônidas aprofundou seus estudos em microbiologia. Já Maria estudou endemia desde a formação em medicina. A parasitologia entrou na vida de ambos por meio da atuação no Instituto de Patologia Experimental do Norte, atual Instituto Evandro Chagas. Participaram do Serviço de Malária do Nordeste; fizeram cursos nas universidades de Johns Hopkins e de Michigan, nos Estados Unidos, e, com o título de mestres em saúde pública, voltaram para a Amazônia, onde trabalharam no Serviço Especial da Saúde Pública. Ocuparam diversos cargos em instituições renomadas do Brasil e do mundo, entre elas o Instituto Oswaldo Cruz, além de receberem inúmeras homenagens por sua contribuição à saúde pública nacional.

Gaspar de Oliveira Vianna, médico e cientista paraense, nasceu em Belém a 11 de maio de 1885. Formou-se em 1908 e logo foi convidado por Oswaldo Cruz para trabalhar com ele em seu Instituto. Foi pioneiro dos estudos anatomopatológicos da doença de Chagas e autor de 22 trabalhos científicos, versando sobre temas de Histologia, Histopatologia, Protozoologia, Micologia, Dermatologia ou Terapêutica, publicados ao longo de apenas 5 anos e meio de exercício da Medicina, exercício esse tragicamente interrompido pelo acidente que o vitimou. Foi ele quem esclareceu, aos 23 anos de idade, as alterações anatomopatológicas da então recém-descoberta doença de Chagas. Aos 27 anos descobriu a cura das leishmanioses, contribuindo para a salvação de milhões de vidas.

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