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A origem das Espécies

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Por:   •  24/5/2013  •  Tese  •  2.153 Palavras (9 Páginas)  •  515 Visualizações

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Introdução

O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), no seu livro publicado em 1859, intitulado A Origem das Espécies, expôs suas explicações para a evolução, as quais tiveram enormes efeitos sobre a maneira como nossa própria espécie entende a si mesma e ao mundo ao seu redor. No seu livro, Darwin, propôs ideias inovadoras para a época. Uma dessas inovações foi sugerir que a evolução é um processo de divergência, ou seja, duas espécies semelhantes seriam descendentes de uma única espécie que teria existido no passado. A partir de um ancestral comum, elas teriam divergido, dando origem às diferenças que vemos.

Darwin sugeriu que ocorrem mudanças nos indivíduos que, pela reprodução, são mantidas e propagadas na população ou eliminadas. Porém, Darwin não foi capaz de explicar como ocorrem essas mudanças, e apesar de publicar o livro A Origem das Espécies ele não explicou como as espécies de fato, se originam.

Desenvolvimento:

Mas o que é uma Espécie?

Existem atualmente oito conceitos conhecidos de espécies!!! Na verdade conceituar espécie é uma tarefa difícil para os biólogos, pois muitos conceitos apresentam limitações!! Entretanto, existem aqueles mais usados, como por exemplo o Conceito Morfológico. Este é muito utilizado na prática de identificação na qual leva-se em conta as características morfológicas ou estruturais que diferenciam as espécies. Um outro conceito bastante utilizado é o Conceito Biológico de Espécie. Este possui a definição operacional mais comum e é ele que nós vamos definir aqui para você!!

“Espécies são grupos de populações naturais que se cruzam entre si, ou potencialmente se cruzam, estando isolados reprodutivamente de outros grupos” (MAYER, 1977).

O critério básico dessa definição diz respeito ao cruzamento entre indivíduos da população e o isolamento reprodutivo da mesma.

Porém, vale ressaltar que mesmo sendo o conceito mais utilizado apresenta limitações:

-Não pode ser aplicado a organismos fósseis, pois não se reproduzem;

-Não pode ser aplicado a organismos que apresentem reprodução assexuada, pois não produziriam descendentes por cruzamentos;

-Não pode ser aplicado a populações que estão isoladas geograficamente, mas são intercruzantes.

Hoje critérios bioquímicos e comportamentais estão sendo utilizados para identificar espécies com maior precisão.

Como se originam as Espécies?

Uma população (conjunto de indivíduos da mesma espécie) compartilha, entre seus membros, um conjunto gênico ou um fundo genético comum que, logicamente é separado de conjuntos gênicos de outras espécies.

Porém, este conjunto gênico não se encontra estacionário, parado, sem sofrer alterações. O fundo genético das populações sofre alterações ou variações que permitem a Variabilidade genética. Essas alterações podem ser decorrentes de mutações, recombinação gênica, deriva genética, seleção natural e migração. É justamente a variabilidade genética que determinam diferenças entre os indivíduos de uma população, ou seja, mesmo alguns apresentando semelhanças morfológicas, geneticamente eles não são idênticos, não são clones.

Então saiba:

A variabilidade genética é o passo inicial para que ocorra o processo de especiação.

Mas o que viria a ser esse processo?

Especiação envolve o conjunto de processos que dão origem a novas espécies, sendo assim, é parte do processo evolutivo.

É importante destacar que os cientistas classificam a especiação sob dois processos:

1. Anagênese: compreende processos pelos quais uma característica surge ou se modifica numa população ao longo do tempo, sendo responsável pelas “novidades evolutivas”. É uma evolução contínua que gera uma nova espécie. Resulta de mutação, permutação, seleção natural.

2. Cladogênese: compreende processos responsáveis pela ruptura da coesão original em uma população, gerando duas ou mais populações que não podem mais trocar genes. Pode ocorrer devido ao surgimento de barreiras geográficas.

O 2º passo que pode contribuir para o processo de especiação é o isolamento geográfico. Contudo este passo pode não ocorrer.

Os tipos de mais freqüentes de especiação por isolamento geográfico são as seguintes:

Especiação Alopátrica

É a especiação resultante quando uma população é dividida por uma barreira geográfica, impedindo o fluxo gênico. Essas barreiras geográficas podem ser de muitos tipos diferentes. Entre ilhas, por exemplo, o oceano pode constituir uma barreira para espécies totalmente terrestres, ou ainda, em terra, o surgimento de uma elevação montanhosa ou depressão acentuada do solo, pode se constituir uma barreira para algumas espécies de plantas, pois pode dificultar ou impedir totalmente a polinização entre indivíduos que antes estavam próximos e eram da mesma população

1. Primeiro tem-se uma população da mesma espécie que compartilha um fundo genético;

2. O surgimento de uma barreira geográfica natural ou artificial (rios, montanhas, estradas, variações de temperatura, etc.) impede a troca de genes entre os indivíduos que foram separados da população;

3. Devido às mutações, adaptação e a condições ambientais diferentes, o fundo genético de cada grupo, separado, de indivíduos vai se alterando;

4. Os respectivos fundos genéticos divergem, levando a uma incapacidade de cruzamento entre os indivíduos separados (isolamento reprodutivo), mesmo se a barreira geográfica desaparecer;

5. Assim, da mesma população formaram-se duas espécies distintas.

Porém, se o tempo de separação dos indivíduos da espécie não tiver sido suficientemente

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