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AD-Fundamentos III

Por:   •  16/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  327 Palavras (2 Páginas)  •  463 Visualizações

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Educar para transformar

Em a “Pedagogia do Oprimido”, Paulo Freire, explica a sociedade a partir do confronto entre opressores e oprimidos, propondo uma pedagogia com uma nova forma de relacionamento entre professor, estudante e sociedade. Quando Freire fala em pedagogia, ele não está falando apenas das relações que se estabelecem na escola e em sala de aula. A sua pedagogia está relacionada a todo um contexto de opressão social e de falta de democracia.

A Pedagogia do Oprimido caracteriza-se pela reflexão sobre a opressão e suas causas, para que seja possível vislumbrar a libertação, por meio do engajamento, da luta. Portanto, mais do que uma simples tomada de consciência, Freire aponta a conscientização (conhecimento, reconhecimento, opção, decisão e compromisso) como princípio criador do processo de libertação, lado a lado com a práxis, que “é reflexão e ação dos homens sobre o mundo para transformá-lo”.

Paulo Freire traz a discussão de que o professor faz do seu aluno um mero repositório, ao considerar seu aluno incapaz de produzir conhecimento e não o reconhecendo como um ser em formação contínua. Para Freire a educação é um ato constante de ação e reflexão, onde o homem é sujeito de sua própria educação não sendo um mero objeto. A busca por um aperfeiçoamento do homem não acontece individualmente, esta acontece em conjunto com outras pessoas que também almejam o crescimento. A forma correta de se reproduzir conhecimento é ensinando a pensar e problematizar sobre a realidade, é a partir daí que o educando terá a capacidade de compreender-se como parte da sociedade. Esta prática problematizadora se constrói segundo uma proposta de diálogo, isto é, uma prática dialógica.

Conclui-se que esta obra de Paulo Freire é um trabalho de conscientização recomendado a todos os educadores, pois como um instrumento de libertação de consciências e da necessidade da atuação do homem na sua própria existência, afirma que não é suficiente que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas que se disponha a transformar a realidade.

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