Ambiente E Doença
Artigo: Ambiente E Doença. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: juniormartins00 • 14/10/2014 • 915 Palavras (4 Páginas) • 647 Visualizações
AMBIENTE E DOENÇA
O aparecimento e desenvolvimento de uma doença é resultante da interação entre uma planta suscetível, um agente patógeno e fatores ambientais favoráveis. O ambiente, portanto é um componente relevante nesta interação, podendo, inclusive, impedir a ocorrência da doença mesmo na presença de um hospedeiro e patógeno.
Em relação a predisposição, ela é caracterizada por uma condição de maior ou menor suscetibilidade da planta ao patógeno, determinada por fatores não genéticos, que atuam antes ou durante os processos de infecção e colonização.
Os fatores do ambiente podem determinar o grau de predisposição do hospedeiro, influenciando desde o estabelecimento da doença numa cultura até o desencadeamento da epidemia. Por outro lado, estes favorecendo ou desfavorecendo sua sobrevivência e desenvolvimento tanto no hospedeiro como no meio. Contudo a interação hospedeiro-patógeno pode sofrer ação das condições ambientais, o que pode implicar em maior ou menor grau de severidade da doença.
AÇÃO DE FATORES AMBIENTAIS SOBRE O HOSPEDEIRO
O desenvolvimento e a produção de uma espécie vegetal dependem do seu genótipo e das condições ambientais que direta ou indiretamente podem atuar sobre suas características. Fatores associados ao clima, solo e ao cultivo podem ser responsáveis pela predisposição de plantas ao ataque de patógenos. Como consequência, o desenvolvimento vegetativo e produtivo destas plantas são prejudicados, mesmo que o potencial genético para estes caracteres seja elevado.
UMIDADE
A duração e a intensidade do estresse hídrico, seja ele devido ao excesso ou à deficiência de água, podem ser efeito direto sobre a predisposição do hospedeiro.
O excesso de água e a inundação do solo diminuem a disponibilidade de oxigênio para as raízes, comprometendo seu desenvolvimento, e consequentemente, a absorção de água e nutrientes. Como resultados, a planta pode tornar-se mais suscetível ao ataque de patógenos.
A presença de um alto teor de água no solo também pode contribuir para aumentar a suculência dos tecidos, facilitando a penetração e a colonização por patógenos de natureza diversa. A água em excesso pode determinar, ainda algumas mudanças estruturais nas folhas, como a redução da espessura da cutícula e imperfeições no arranjo das células do tecido paliçádico, tornando as folhas mais sensíveis a penetração de patógenos.
A deficiência hídrica e a seca provocam alteração na disponibilidade de água e nutrientes para a planta, resultando em subdesenvolvimento da mesma. O hospedeiro mal desenvolvido oferece menor resistência ao ataque de patógenos.
A alternância de condições de umidade do solo pode, em alguns casos contribuir para a predisposição do hospedeiro. Um período de seca seguido por um período de umidade pode estimular a planta a produzir e liberar exsudatos através das raízes. Estas substancias podem atrair e favorecer a ação de agentes patogênicos presentes no solo.
TEMPERATURA
A ocorrência de temperaturas extremas durante o período que antecede a infecção pode alterar a suscetibilidade de plantas e doenças. A alteração da suscetibilidade em função da temperatura pode ser atribuída a varias causas. No entanto, de modo geral, a suscetibilidade tem sido atribuída ao desenvolvimento debilitado do hospedeiro e consequentemente favorecimento à atuação do patógeno.
A ação do frio sobre sementes recém germinadas aparentemente reduz o vigor das plântulas, tornando-as mais suscetíveis ao ataque de patógenos. A influencia do frio sobre o vigor da planta pode também expressar-se de modo contrario, como nos casos em que baixa temperatura é mais favorável ao desenvolvimento do hospedeiro que do patógeno, permitindo
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