As Doenças Bacterianas

Doenças Bacterianas

Greycimar Braga de Lima1

Raquel Thais de Souza Morais

Rodrigo Pereira Maciel

Rose Grace de Jesus Couto

Sandra Rodrigues de Moura

Janice Machado de Quadros²

        

RESUMO

Este artigo faz uma abordagem sobre as Doenças Bacterianas, mostrando a morfologia das bactérias, mostra também as diversas formas que elas podem adquirir de acordo com as formas de vida, sejam elas isoladas ou agrupadas, entre elas podemos citar: cocos, bacilos, espirilo e vibriões. Será apresentado como surgiu o primeiro antibiótico conhecido por Penicilina e porque os antibióticos são utilizados para o tratamento de doenças bacterianas. Será abordado também a importância do uso correto dos antibióticos pois o uso incorreto e indevido leva a um fenômeno biológico de adaptação natural das bactérias conhecido por resistência bacteriana. Por fim será apresentado algumas patologias bacteriana entre elas: sífilis, gonorreia, hanseníase e tuberculose enfatizando sua forma de contágio e seu tratamento. O método adotado para a realização desse estudo foi à pesquisa documental, em livros e sites. Diante do que foi pesquisado e apresentado, esse estudo pretende, através de diferentes autores, mostrar a importância da prevenção e do tratamento correto das doenças bacterianas que serão apresentadas.

Palavras-chave: Bactéria, Patologias Bacterianas, Antibióticos

1. INTRODUÇÃO

As bactérias são seres muito primitivos e fazem parte do Reino Monera. A estrutura celular das bactérias é bastante simples, eles são seres unicelulares e procariontes, ou seja, são organismos que possuem apenas uma célula e não possuem membrana envolvendo o seu material genético. Por sua vez apresenta uma região denominada nucleóide que é onde fica organizado todo o cromossomo bacteriano. Em algumas bactérias encontramos os flagelos, estruturas que  tem como finalidade a locomoção. Ainda podemos observar duas estruturas chamadas de Pili ou Fímbrias sua principal função é de fixação em superfícies ou fixação durante o processo reprodutivo.

O nucleoide é a região onde está inserido o cromossomo da bactéria. Ela pode se apresentar na forma arredondada ou alongada, e uma única bactéria pode apresentar mais de um nucleoide. É possível também encontrar cromossomos menores localizados fora do nucleoide, que são denominados plasmídios. (VIVIANI E LINDNER, 2012, P.28).

Porém devido a presença da parede celular, é possível encontrá-las em todos os ecossistemas da terra. Como nos mostra, Carvalho e Guimarães (2011) envolvendo a célula das bactérias há um envoltório resistente denominado parede celular, o que permitiu a adaptação desses seres aos mais diversos meios, como o solo, a água ou ainda parasitando outros organismos”.

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Para Tortora, Funke e Case (2012), a grande maioria dos microrganismos é benéfica aos animais e vegetais. E estão presente em nosso organismo colaborando com o funcionamento do mesmo. Porém algumas bactérias são denominadas patógenas , essas colonizam, invadem e causam danos ao nosso organismo. Entre essas bactérias patógenas podemos citar a Mycobacterium leprae  que transmite a Hanseníase; a Treponema pallidum que transmite a Sífilis entre outras. Como forma de tratamento dessas bactérias patógenas, foi descoberto o antibiótico onde sua função é de bactericida, ou seja, utilizado para interromper o ciclo de reprodução de uma bactéria invasora. Segundo Guimarães et al.(2010) , antibióticos são compostos naturais ou sintéticos capazes de inibir o crescimento ou causar a morte de fungos ou bactérias.

As bactérias apresentam uma grande capacidade de adaptar-se ao meio ambiente, podendo se tornar resistentes a determinado antibiótico de várias formas. As mutações genéticas ocorrem com frequência ocasionando que uma bactéria se torne resistente ao antibiótico administrado. Por esses fatores é de grande importância que as pessoas que fazem uso desse medicamento faça-o da forma correta, prescrita pelo profissional de saúde para que esse processo de resistência bacteriana não ocorra e que tenha êxito no tratamento.

A preocupação em torno deste problema rege-se pelo facto de que se o microrganismo se torna resistente a um determinado antibiótico, significa que quando ocorre uma infecção com essa bactéria, o efeito do antibiótico irá ser nulo, levando ao prolongamento da doença e um maior risco de morte.  (BAPTISTA, p.32, 2013)

Diante disso, busca-se compreender a importância e o funcionamento do uso correto dos antibióticos como forma de tratamento para as Doenças bacterianas para que não ocorra o fenômeno biológico de resistência bacteriana. O presente artigo é fruto de pesquisa documental que forneceram a sustentação teórica necessária para a sua formulação.

O artigo tem caráter acadêmico e social e visa deixar evidente a importância do uso correto dos antibióticos associados as patologias bacterianas.

2. CONHECENDO A HANSENÍASE E A SÍFILIS

As bactérias são seres microscópicos de estrutura bastante simples pertencente ao reino monera e por isso são seres procarióticos, ou seja, apresentam uma organização celular simples sem organelas. Sua principal característica é possuir o seu material genético disperso no citoplasma, pelo fato de não possuir carioteca. É constituída basicamente por uma parede celular, membrana citoplasmática, citoplasma, material nuclear, ribossomos e as estruturas não essenciais tais como cápsula, flagelo, fímbrias, plasmídeos. Conforme Tortora et al (2012), as bactérias são envolvidas por uma parede celular que é praticamente composta por um complexo de carboidrato e proteína chamado de peptideoglicano.

É possível determinar a existência de dois grupos de classificação das bactérias, devido a presença e a estrutura da sua parede celular esses grupos de bactérias são classificados em: Gram positivas e Gram negativas. A parede celular é um revestimento que as bactérias possuem que confere forma á célula, além de proteção contra invasores e adversidades. O que diferencia uma bactéria gram-positiva de uma gram-negativa é a complexidade de sua parede celular, sendo a parede celular da gram-negativa mais complexa do que a bactéria gram-positiva. Como nos diz Tortora (2012) entre outras diferenças, as bactérias gram-positivas possuem uma parede celular de peptideoglicano mais espessa (dissacarídeos e aminoácidos) que as bactérias gram-negativas.