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Atividade Prática supervisionada na instituição com Acompanhamento

Por:   •  23/6/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.304 Palavras (6 Páginas)  •  283 Visualizações

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Atividade Prática supervisionada na instituição com

 Acompanhamento da Professora Maria Beatriz L. Magro.

                                                                 Ana Kettura falcão RA 1582103269

Jackson Rubens Santos de Lima RA 8494190510

Anhanguera

2015

Epidemiologia e Bioestatística

Características gerais.

 O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade. Manifestações clínicas  As manifestações clínicas do sarampo são divididas em três períodos: Prodrômico: caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, ex antema máculo-papular generalizado, tosse seca e irritativa, coriza, conjuntivite com fotofobia, com duração de 1 a 7 dias;  Manchas de Koplik: pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema, com duração de 1 a 3 dias, desaparecendo após o início do exantema; Exantemático: aparece o exantema cutâneo maculo-papular de cor vermelha inicialmente na face (geralmente na região retroauricular), depois se estende pelo tronco e membros, com duração de 4 a 6 dias, algumas vezes é seguido por descamação furfurácea (a pele que se desprende é semelhante a farinha). Febre dura em geral até o 3º dia do aparecimento do exantema. Agente etiológico O vírus do sarampo pertence ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae. Reservatório O único reservatório é o homem. Modo de transmissão É transmitido diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Essa forma de transmissão é responsável pelo elevado contágio da doença. Tem sido descrito, também, o contágio por dispersão de gotículas com partículas virais no ar, em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches e clínicas. Período de incubação Geralmente de 10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema. 6 Período de transmissibilidade É de 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema, até 4 dias após. A maior transmissibilidade ocorre 2 dias antes e 2 dias após o início do exantema. Sarampo Suscetibilidade e imunidade A suscetibilidade ao vírus do sarampo é geral. Os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas, possuem temporariamente, anticorpos transmitidos por via placentária, conferindo imunidade, geralmente ao longo do primeiro ano de vida, o que interfere na resposta à vacinação. Período de infecção – dura cerca de 7 dias, iniciando com o período prodrômico, onde surge febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2° ao 4° dia desse período, surge o  xantema, quando se acentuam os sintomas iniciais, o paciente fica prostrado e aparecem as lesões características do sarampo. Diagnóstico diferencial O diagnóstico diferencial do sarampo deve ser realizado para as doenças exantemáticas febris agudas. Dentre essas, destacam-se as seguintes: Rubéola: doença de natureza viral, que em geral inicia seus pródromos em criança. O exantema é róseo, discreto e, excepcionalmente, confluente, com máxima intensidade no segundo dia, desaparecendo até o sexto dia, sem descamação. Há presença de linfoadenopatia, principalmente retroauricular, cervical e occipital, artralgia. Exantema súbito (Roseola infantum): o exantema súbito é uma doença de natureza viral (herpes vírus 6), que ocorre principalmente em crianças menores de 2 anos, apresentando de 3 a 4 dias de febre alta e irritabilidade, podendo provocar convulsões. O exantema é semelhante ao da rubéola e pode durar apenas horas. Inicia-se, caracteristicamente, no tronco, após o desaparecimento da febre e não há descamação. Eritema infeccioso (parvovírus B19): caracterizado por exantema, febre, adenopatia, artralgia e dores musculares, ocorrendo principalmente em crianças de 4 a 14 anos de idade, sendo moderadamente contagioso. O exantema surge, em geral, 7 dias após os primeiros sinais e sintomas, caracterizando-se por três estágios: primeiro: face eritematosa, conhecida como “aparência de bochecha esbofeteada”; segundo: depois de um a quatro dias, caracterizado como exantema maculopapular, distribuído simetricamente no tronco e nas extremidades, podendo ser acompanhado de prurido; terceiro: com mudança de intensidade no rash cutâneo, com duração de uma ou mais semanas, exarcebado por exposição ao sol ou por fatores emocionais.  Dengue: caracteriza-se por início súbito, com febre, cefaleia intensa, mialgia, artralgias, dor retro-orbital, dor abdominal difusa e erupção máculopapular generalizada, que aparece frequentemente com o declínio da febre. É também uma doença de natureza viral.  Enteroviroses (coxsackioses e echoviroses) e ricketioses: apresentam 3 a 4 dias de febre, no caso do vírus Echo. No curso da doença, podem aparecer exantemas de vários tipos, predominando o máculopapular discreto. São mais frequentes em crianças de baixa idade, na maioria dos casos acometendo a região palmo-plantar e não provocando descamação. Diagnóstico laboratorial É realizado mediante detecção de anticorpos IgM no sangue, na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até 4 a 6 semanas após o aparecimento do exantema. Os anticorpos específicos da classe IgG podem eventualmente aparecer na fase aguda da doença e, geralmente, são detectados muitos anos após a infecção. Técnicas de diagnóstico laboratorial Para detecção de anticorpos podem ser utilizadas as seguintes técnicas: ensaio imunoenzimático (EIE/Elisa) para dosagem de IgM e IgG; inibição de hemoaglutinação (HI) para dosagem de anticorpos totais; imunofluorescência para dosagem de IgM e IgG; e, neutralização em placas. Todos os testes têm sensibilidade e especificidade entre 85 a 98%. No Brasil, a rede laboratorial de saúde pública de referência para o sarampo utiliza a técnica de Elisa para detecção de IgM e IgG. Número de amostras de sangue para sorologia As amostras de sangue dos casos suspeitos devem ser colhidas, sempre que possível, no primeiro atendimento ao paciente. São consideradas amostras oportunas (S1) aquelas coletadas entre o 1° e o 28° dias do aparecimento do exantema. As amostras coletadas após o 28° dia são consideradas tardias, mesmo assim devem ser enviadas ao laboratório. Os resultados IgM positivo ou indeterminado, independente da suspeita, devem ser comunicados imediatamente à vigilância epidemiológica estadual; para a realização da reinvestigação e da coleta da segunda amostra de sangue. A realização da segunda coleta (S2) é obrigatória e imprescindível para a classificação final dos casos, e deverá ser realizada entre 20 a 25 dias após a data da primeira coleta. Identificação viral O vírus do sarampo pode ser identificado na urina, nas secreções nasofaríngeas, no sangue, no líquor cérebro-espinhal ou em tecidos do corpo, sendo o material de eleição a urina. A identificação do vírus do sarampo tem como objetivos: identificar o padrão genético circulante no país; diferenciar os casos autóctones do sarampo dos casos importados; e diferenciar o vírus selvagem do vírus vacinal. Período para coleta – as amostras dos espécimes clínicos (urina e secreções nasofaringea) devem ser coletadas até o 5° dia a pa rtir do início do exantema, preferencialmente nos 3 primeiros dias. Em casos esporádicos, para não se perder a oportunidade deve-se coletar amostras para a identificação viral, o período pode ser estendido em consonância com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e a Fiocruz. Critérios para a coleta de espécimes para identificação – em presença de surto de sarampo, independente da distância do laboratório central; casos importados, independente do país de origem; em todos os casos com resultado laboratorial IgM positivo ou indeterminado para o sarampo, observando o período de coleta adequado. Tratamento Não existe tratamento específico para a infecção por sarampo. O tratamento profilático com antibiótico é contra-indicado.

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