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AÇÃO DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS

Por:   •  27/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.533 Palavras (7 Páginas)  •  427 Visualizações

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         FACULDADES SANTO AGOSTINHO[pic 1]

                     Curso de Enfermagem

             Componente Curricular: Embriologia

Docente: Diana

AÇÃO DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS

Discente:

Dayane Figueiredo Prates

Montes Claros-MG

2015

  1. Introdução

Quando, em um ciclo menstrual normal, ocorre a fecundação e conseqüentemente a gestação, o próprio corpo da mulher se encarrega de impedir naturalmente que ocorra uma nova ovulação. Isto acontece porque, durante a gravidez, os altos níveis de hCG estimulam a secreção de progesterona e estrógeno que, por sua vez, inibem a produção de LH e FSH. O principal mecanismo de ação dos anticoncepcionais orais de uso diário é justamente a manutenção de níveis hormonais constantes (progesterona e estrógeno), assim como ocorre durante a gestação.

Os anticoncepcionais ou contraceptivos orais são fármacos que previnem a gravidez e podem ser utilizados em circunstâncias específicas como na prevenção de uma gravidez de risco, no planejamento familiar, controle do crescimento populacional, entre outras. Segundo Goldfien (1988) e Williams e Stancel (1996), apresentam também outros benefícios tais como: a regularização do ciclo menstrual, redução da tensão pré-menstrual, redução da incidência de cistos ovarianos, de câncer ovariano e endometrial e de doenças benignas das mamas.

Os contraceptivos hormonais, em sua maioria compostos por estrogênio e progesterona sintéticos, agem sobrepujando os hormônios que desencadeiam a ovulação. Estes anticoncepcionais têm a função de manter níveis constantes de progesterona e estrogênio, que inibem a secreção hipofisária de LH e FSH através de um mecanismo chamado de “feedback” (ou retroalimentação), mantendo os óvulos "adormecidos" e impedindo a ovulação.

Visando esse intuito, o relatório procura mostrar de maneira expositiva as formas de aplicação, as vantagens, desvantagens e curiosidades sobre os métodos contraceptivos hormonais ou químicos, dando uma ênfase em especial, a pílula do dia seguinte.

  1. Desenvolvimento
  1. Contraceptivo Oral (Pílula anticoncepcional)

A pílula anticoncepcional é considerada um dos melhores métodos de prevenção de uma gravidez indesejada. A margem de segurança da pílula é de 99%, o que a torna o método anticoncepcional mais seguro de todos. Entretanto sua eficácia está relacionada ao modo pelo qual a mulher o utiliza, não deixando de tomar nenhum dia durante o uso da mesma cartela. Os hormônios presentes na pílula impedem a ovulação, pois inibem a secreção de LH e FSH pela hipófise e consequentemente, a gravidez. Existem diversos tipos de pílula porque existem diversos tipos de mulheres. Por isso, é imprescindível a orientação médica para o uso desse método.

A pílula anticoncepcional deve ser evitada por mulheres que fumam, pois o risco de doenças cardiocirculatórias aumenta; também não deve ser empregadas por mulheres que tem antecedentes de doenças cardíacas ou pressão arterial elevada.

Apresenta como vantagens: Alta eficácia; Não interfere no ato sexual; Atenua irregularidades menstruais; Pode ser utilizado durante a lactação.

Tem como desvantagens: Custo relativamente elevado; Requerem tomadas diárias; Após algumas horas de atraso já são suficientes para o risco de gravidez aumentar; Tem um índice de falha maior que outros contraceptivos combinados.

II. Injetáveis

Os anticoncepcionais injetáveis são injeções de hormônios semelhantes àqueles que o ovário produz. Eles agem evitando a ovulação. Devem ser aplicados a cada 30 dias, ou a cada 3 meses, conforme a composição. Os injetáveis são administrados por via intramuscular iniciados entre o 1º e o 5º dia do ciclo menstrual. Sempre deve ser utilizado sob orientação médica. Sua eficácia é semelhante à dos anticoncepcionais orais.

Seu uso entre as lactantes deve ser evitado até o sexto mês pós-parto ou até que a criança esteja ingerindo outros alimentos. Podem causar acidentes vasculares, tromboses venosas profundas ou infarto, sendo que o risco é maior entre fumantes com 35 anos ou mais.

Apresenta como vantagens: Facilidade de uso; Alta eficácia; Diminuem a frequência e a intensidade das cólicas menstruais; Previnem anemia ferropriva.

Tem como desvantagens: Não proporciona proteção contra DST; Em caso de efeitos colaterais não pode ser retirado; Pode causar amenorreia;

III. Dispositivo intrauterino (DIU)

É um objeto de plástico, com um filamento de cobre nele enrolado. O DIU age liberando cobre metálico gradativamente. Sua ação espermicida dificulta a fecundação, a capacidade e a locomoção dos espermatozoides, por tornar o muco cervical mais espesso. É colocado dentro do útero, por isso, é um procedimento que deve ser feito no consultório médico. Além disso, dificulta também a implantação do embrião no endométrio. Quando o DIU vem associado à progesterona ele compromete o desenvolvimento folicular e a ovulação.

Há questões morais envolvidas no uso do DIU, por se tratar de um método que interfere no embrião já formado. Tendo em vista que o aborto é a interrupção da gravidez, e a há discrepância quanto ao momento que a gravidez se inicia, do ponto de vista hormonal, a gestação começa no instante da nidação, pois é quando se inicia a secreção do HCG. Todavia, como a partir da fecundação já há uma nova vida em desenvolvimento, outros defendem que o começo da gestação coincide com a formação da célula-ovo. Não nos cabendo definir os limites éticos dessa controvérsia.

A eficiência do DIU é elevada (cerca de 95%), embora possa ser perdido espontaneamente ou possa permitir a implantação do embrião mesmo estando no local.

Esse método apresenta como vantagem: Pode ser inserido durante a lactação; É um método imediatamente reversível; Não interfere nas relações sexuais.

E como desvantagens: Riscos de sangramento; Colocação dependente do médico; Desaconselhável para mulheres que nunca engravidaram.

IV. Implante subdérmico

O implante subdérmico é um método anticoncepcional no formato de bastonete que deve ser inserido sob a pele na parte superior do braço da mulher e tem um período útil em média de 3 anos. O bastonete contém um progestogênio que é muito parecido com o hormônio natural e é liberado lentamente em doses constantes. Eles inibem a ovulação pela supressão da secreção de gonadotrofinas, aumentam a viscosidade do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozoides e alteram o endométrio. É notória a sua eficácia, pois não foram notados até o momento gestações nos adeptos a esse método.

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