Cri Du Chat
Exames: Cri Du Chat. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: l1i2g3i4a5 • 12/8/2013 • 3.012 Palavras (13 Páginas) • 566 Visualizações
INTRODUÇÃO
O ombro é uma articulação complexa, cujo seu desempenho é fundamental para a função do membro superior e da autonomia pessoal (CZELUSNIAK; PATRICIA, 2012), pois sua estrutura permite a mobilidade dos membros superiores. O complexo da cintura escapular é constituído de três articulações sinoviais (glenoumeral – ou articulação do ombro – acromioclavicular e esternoclavicular) e duas articulações funcionais (escapulotorácica e supra-umeral) (KISNER; COLBY, 2009). A articulação glenoumeral (GU) é do tipo bola-e-soquete (esferóide), triaxial e com uma cápsula articular frouxa (BOHANNON; RW, 1986), ela é sustentada pelos tendões do manguito rotador (composto pelos músculos: Supraespinhoso, Infraespinhoso, Subescapular e Redondo Menor), ligamentos glenoumerais e coracoumerais, cujo movimentos fisiológicos do úmero são: Flexão, Extensão, Rotação Externa, Rotação Interna, Abdução, Abdução horizontal e Adução horizontal (DAVIET; JC, 2002).
Dentre as diversas doenças de etiologia desconhecida que afetam o corpo humano, a capsulite adesiva (CA) tem importância pela sua relativa freqüência, dor muitas vezes incapacitante, limitação prolongada ou permanente da função e pela dificuldade de obter resultados satisfatórios e constantes com os métodos de tratamento até então conhecido (DONEUX S; PEDRO, 2001).
DUPLAY, em 1872, em seu artigo intitulado “A respeito da periartrite escapulumeral e da rigidez do ombro com sua conseqüência”, é quem descreve pela primeira vez esta doença, ele salienta que o problema se deve a aderências das estruturas pericapsulares ao músculo deltóide e preconiza que o tratamento deve ter como objetivo a liberação destas. (KLAPP & RIEDE, 1916) pela primeira vez imputam a cápsula articular como a sede do problema, sendo que (NEVIASER, em 1945), dissecando vários cadáveres, confirmou o espessamento e a retração da mesma, além de sinais de processo inflamatório localizado, chamando então essa doença de “capsulite adesiva’’.
O objetivo do presente estudo foi fazer uma revisão sistemática relacionada à capsulite adesiva, mostrando sua anatomia, incidências, fisiopatologia, sinais e sintomas e os métodos de tratamentos mais adequados para alívio da dor e melhora da função e da mobilidade articular do membro superior em pacientes com Capsulite Adesiva de ombro.
METODOLOGIA
Foi feito uma revisão literária, nos idiomas português e inglês, em sites referenciais de artigos científicos como SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Google Scholar, ScienceDirect e diversas livros num período de 1989 a 2013, atendendo aos critérios de inclusão, todos os artigos revisados deveriam ter em seu conteúdo pelo menos um dos seguintes itens: a anatomia, o conceito da doenças, a avaliação, a etiologia, a incidência e os métodos de tratamento para a Capsulite Adesiva de ombro.
DESELVOLVIMENTO
Embora uma causa exata da CA não seja totalmente compreendida, há uma variedade de condições clínicas e doenças que podem contribuir para a iniciação da CA. (CODMAN, em 1934), denomina esta entidade de “ombro congelado” e a atribui a causa há uma tendinite dos rotadores curtos, mas (LIPPMAN, 1943) atribui a causa a uma tendinite da cabeça longa do músculo bíceps, estes incluem também a imobilização prolongada do ombro, por diferentes razões, incluindo lesões do manguito rotador, traumas, intervenção pós-cirúrgico, fraturas agudas, luxações perdidas, exacerbação da dor cervical, dor após uso excessivo da estrutura e uma infinidade de diferentes condições médicas (MA et al., 2013).
MCLAUGHLIN, em 1951 e em 1961, enfatiza as muitas diferentes causas da CA e salienta a necessidade de tratar a causa primária, o mesmo alerta a respeito das complicações que podem ocorrer após a manipulação fechada do ombro, pois, baseado na sua experiência pessoal, encontrou que o tendão do músculo subescapular, a cápsula articular anterior e a cabeça longa do músculo bíceps do braço se rompem rotineiramente durante a manobra, podendo inclusive ocorrer fraturas do úmero proximal ou luxação glenumeral, porém outros autores, como (LUNDBERG e NEER) apesar de referirem que estas complicações poderiam ocorrer, consideram a manipulação como um tratamento adequado para CA.
Tabela 1-Causa primárias e secundárias da CA
Capsulite Adesiva – Causas
Primárias Secundárias
Etiologia não indentificada Intríseca Extrínseca Sistêmicas
Essencialmente o diagnóstico é exclusão, baseado na ausência de fatores secundários História de trauma mínimo, lesão do manguito rotador, tendinite calcária Radiculopatia cervial, tumor na parede torácica Diabetes Melito, hipo e hipertiroidismo
Tabela 2- Gravidade da CA
Capsulite Adesiva - Gravidade
Gravidade Ombro Contralateral Normal Lesão Bilateral
Leve elevação 75% (comparativa) elevação 120o
Moderada elevação 50-75% (comparativa) elevação 120o
Grave elevação < 50% (comparativa) elevação < 90o
Contudo (NEVIASER et al., 1987 apud MIYAZAKI et al.,2010) demonstraram a existência de espessamento, retração da cápsula e sinais de processo inflamatório local e denominou a doença de capsulite adesiva. Mas, (STEINBROKER, 1947 apud CHECCHIA et al.,1994) relacionou a doença com alterações do sistema nervoso autônomo, associando a capsulite adesiva à síndrome ombro-mão e à distrofia simpática reflexa.
Sendo assim, a Capsulite Adesiva de ombro (CA), é também conhecida como ombro congelado e apresenta-se como uma restrição quase completa à mobilidade passiva e ativa da articulação, principalmente para adução e rotação externa. Essa entidade instala-se de maneira progressiva e dolorosa levando à contratura da cápsula articular, a qual
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