DEPRESSÃO COMO CONSEQUÊNCIA DA EM (ESCLEROSE MÚLTIPLA)
Por: Isadora Quaresma • 14/10/2019 • Trabalho acadêmico • 917 Palavras (4 Páginas) • 148 Visualizações
Sintomas
DEPRESSÃO COMO CONSEQUÊNCIA DA EM (ESCLEROSE MÚLTIPLA);
Como a Pamela nos explicou, os sintomas da EM causam diversas incapacidades funcionais e pssíveis problemas crônicos, levando à dependência física e à perda da autonomia dos portadores dessa doença, e consequentemente esses fatores influenciam psicologicamente os portadores, podendo a acarretar na depressão.
Um estudo(1) feito em 2000 no segundo maior hospital da Escola de Medicina de Harvard, mostrou que o risco de depressão em pacientes com EM é de aproximadamente 50% ao longo da vida, enquanto na população em geral é em torno de 10%. A depressão causa um sofrimento psíquico, diminui a eficiencia do tratamento, piora ainda mais a qualidade de vida, e aumenta o risco de suicídio nos portadores de EM.
Além dessas causas, a própria doença física pode causar depressão. A doença pode destruir o revestimento protetor em torno dos nervos que ajudam o cérebro a enviar sinais que afetam o humor.
ASSOCIAÇÃO ENTRE FATORES DE RISCO NEUROBIOLÓGICO E SINTOMAS DEPRESSIVOS NA EM
Os principais estudos(2) que mostram essa associação entre os fatores de risco neurobiológico e os sintomas depressivos na EM, se baseiam em estudos de neuroimagens. Um dos primeiros estudos sobre este tema, concluiu que pacientes com EM com lesões que afetam o parênquima cerebral (tecido do cerebro) apresentam mais transtornos depressivos, quando comparados às pessoas com lesões na medula espinhal. E em outro estudo,(3,4) tbm com RM, foi mostrado uma grande correlação entre a gravidade dos sintomas depressivos e as lesões nas regiões do lobo frontal e temporal à direita, o que não era observado nos portadores não deprimidos. Mas assim, os resultados dessas pesquisas variam amplamente, então poucas conclusões podem ser feitas.
Em um outro estudo(5), foi observado através de exames de RM, os pacientes com maior gravidade dos sintomas depressivos, tinhas mais lesões inflamatórias em atividade, evidenciando uma associação entre atividade da doença e a gravidade dos sintomas depressivos.
MANIFESTAÇÕES NEUROPSIQUIÁTRICAS INDUZIDAS POR MEDICAMENTOS
A Pamela falou sobre o tratamento farmacológico para EM, e é sabido q inclui principalmente o uso de corticoesteróides, imunomoduladores e imunossupressores. Na fase aguda da doença, os corticoesteróides são utilizados em altas doses, por curto período, o correto é usar o remédio por tempo determinao. pessoas com doenças crônicas não seguem essa indicação e normalmente têm que lidar com os efeitos cotareais desses medicamentos, utilizando-os por anos ou por tempo indefinido, o que pode causar várias manifestações psiquiátricas como sintomas psicóticos, delirium, depressão, e mania.
Alguns estudos indicavam que o uso de interferon-beta poderia aumentar o risco de depressão nos primeiros meses do tratamento, mas estes resultados não foram confirmados em pesquisas rigorosas, porém é recomendado utilizar com cautela em pacientes susceptíveis à depressão.
A RELAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E FADIGA
Como nós sabemos, a fadiga é um dos sintomas mais frequentes e incapacitantes na EM, tendo um impacto negativo na qualidade de vida dos portadores da EM. Um estudo epidemiológico avaliou a prevalência deste sintoma em 9077 pacientes com EM, e detectou a presença de fadiga grave em 74% dos entrevistados. E foi demonstrada uma associação significativa entre fadiga e sintomas depressivos.
ARTIGO – O ADOECIMENTO DO PORTADOR DE ESCLEROSE MÚLTIPLA: PERCEPÇÕES E VIVÊNCIAS A PARTIR DA NARRATIVA DE DOIS CASOS CLÍNICOS - RESENDE DA COSTA, CÍNTIA CARLA; LIMA FONTELES, JULIANA; ROCHA PRAÇA, LIANA; CARDOSO ANDRADE, ÂNGELA
Por ultimo eu quero voltar ao que eu estava falando logo no inicio, sobre a depressão como consequência das brutas modificações sintomas q a EM causa na vida pessoal dos portadores por conta dos sintomas. Usando como base o artigo que o professor compartilhou conosco para utilizarmos como referência na pesquisa.
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