Diferenças Entre Coelhos E Lebres
Trabalho Universitário: Diferenças Entre Coelhos E Lebres. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mharband • 22/11/2013 • 1.167 Palavras (5 Páginas) • 439 Visualizações
DISCIPLINA: Filosofia da Educação
NOME: Márcia Regina Marques de Freitas RA 1016495
CURSO: Filosofia
SÍNTESE SOBRE O TEMA: IDEOLOGIA E EDUCAÇÃO
Há vários sentidos para a palavra ideologia. Em sentido amplo, é o conjunto de idéias, concepções ou opiniões sobre algum ponto sujeito a discussão. Estarei pensando a ideologia voltada para a educação, influenciando e ditando as normas dentro de uma sociedade elitizada.
A ideologia é um conjunto de normas, regras e valores que indicam e orientam aos membros da sociedade o que devem pensar, o que devem valorizar, o que devem sentir, o que devem fazer. Sua função é dar aos membros de uma sociedade dividida em classes uma explicação racional para as diferenças sociais, políticas e culturais, sem jamais atribuir tais diferenças à divisão da sociedade em classes, a partir das divisões na esfera da produção. Pelo contrário, a função da ideologia é a de apagar as diferenças como de classes e de fornecer aos membros da sociedade o sentimento da identidade social, encontrando certos referenciais identificadores de todos e para todos. Percebemos bem isso na comunicação de massa.
A ideologia tem como função assegurar uma determinada relação dos homens entre si e com suas condições de existência, adaptando os indivíduos às tarefas prefixadas pela sociedade. Portanto, a ideologia assegura a coesão dos homens e a aceitação sem críticas das tarefas mais penosas e pouco recompensadoras, como se fosse a coisa mais normal e natural do mundo, como se cada um de acordo com a sua posição social, já tivesse seu lugar garantido. Passam como universais valores individuais, valores que privilegiam certos grupos são passados como sendo benéficos à todos.
O que existe são classes particulares com interesse divergentes, e a ideologia de uma sociedade harmoniosa é passada justamente para ocultar a divisão e os conflitos entre as classes, acalmando a população e mostrando que é assim que tem que ser.
A Dominação política não se efetua unicamente por intermédio da repressão: a dominação estatal implica a intervenção decisiva da ideologia que legitima essa repressão. Elas realizam-se nas instituições ou aparelhos. A escola é a instituição encarregada de reproduzir a ideologia dominante pelo conhecimento e valores que transmite. Para garantir a reprodução do méis de produção, os sistemas políticos precisam garantir também a reprodução da força de trabalho, assegurada pelo sistema escolar, e pressupõe a submissão à ideologia dominante como meio de preservar os lugares, de acordo com os seus interesses.
Desta forma, o que se percebe é uma influência muito grande da ideologia dentro da educação. Podemos notar isso quando dizemos “A educação é um direito de todos”. Essa afirmação é abstrata e deixa brechas, pois apresenta como universal um valor que beneficia apenas uma classe. Quando observamos as estatísticas que mostram a evasão e o baixo índice de freqüência por parte das classes mais desfavorecidas, são comuns as “explicações” em função das dificuldades de adaptação, do mercado de trabalho e até do desinteresse ou preguiça. O que está oculto aí é que na sociedade de classes há uma contradição entre os que produzem a riqueza material e cultural com seu trabalho e os que usufruem essas riquezas, excluindo delas os produtores. Assim, a educação é um dos bens a serem usufruídos pelos componentes da classe dominante. A educação aparece como um direito de todos, mas, analisando a gênese da produção e usufruto dos bens, descobre-se que de fato a educação de qualidade está restrita a uma classe, que é a classe que continuará dominando.
Além disso, a ideologia mostra uma realidade invertida, ou seja, a burguesia afirma que existem nos homens diferenças individuais e que determinam a desigualdade social: a desigualdade natural seria a causa da desigualdade social. Ora, a sociedade é na verdade resultado das desigualdades sociais estabelecidas pela divisão do trabalho e pelas relações de produção que determinam as desigualdades individuais. Não podemos no entanto, desconsiderar as diferenças que de fato existem entre os indivíduos, como interesses, aptidões, etc. Mas, a grosso modo, a atividade a que cada um se submete aparece como decorrente da competência e não como resultado da divisão de classes, as pessoas pensando desse jeito fica mais fácil de continuar com essa reprodução.
Mais um exemplo: se um filho de operário não melhora o padrão de vida, isto é explicado como resultado da sua incompetência,
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