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Doenças Sexualmente Transmissíveis

Por:   •  22/10/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.239 Palavras (5 Páginas)  •  450 Visualizações

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Doenças Sexualmente Transmissíveis

Introdução

Neste trabalho iremos abordar o tema das doenças sexualmente transmissíveis, aprofundando duas destas: SIDA e HPV. Serão expostos conceitos e sintomas, bem como os respetivo tratamentos, modos de prevenção e algumas curiosidades das doenças mencionadas.

  • Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)

As doenças sexualmente transmissíveis (doenças infeciosas) são provocadas por bactérias, fungos ou vírus que se transmitem por contacto sexual, quando um dos parceiros está infetado. Algumas doenças podem não ser transmitidas por contacto sexual, embora seja raro.

Algumas doenças sexualmente transmissíveis:

- SIDA

- HPV

- Hepatite B e C

- Sífilis

- Gonorreia

VIH vs SIDA

O VIH (vírus da imunodeficiência humana) é o vírus que dá origem à SIDA (síndrome de imunodeficiência adquirida). Ou seja, o VIH é um vírus e a SIDA é uma síndrome originada pela infeção do VIH.

O VIH pode ser transmitido de pessoa para pessoa, enquanto a SIDA não. Uma pessoa infetada por VIH pode demorar muitos anos a ser diagnosticada com SIDA, nem todas as pessoas que possuem VIH têm SIDA.

Quando o número de leucócitos (glóbulos brancos) fica inferior a 200 (valores de referencia entre 4 mil a 12 mil), passa-se da fase assintomática para sintomática, ou seja do vírus para a síndrome.

  • Vias de transmissão:

- Via sexual (vaginal, anal ou oral);

- Via por contacto sangue-sangue (transfusões sanguíneas, partilha de objetos cortantes e de material de consumo de drogas);

- Via vertical (de mãe para filho através da placenta).

  • Vias de prevenção:

- Via sexual: uso de preservativo feminino ou masculino ou abstinência.

- Via por contacto consanguínea: questionários e exames laboratoriais aos dadores de sangue; esterilização dos materiais.

- Via vertical: em países desenvolvidos, mães VIH+ (contém o vírus e este está ativo, o indivíduo tem SIDA) têm filhos VIH- (contém o vírus mas este não está ativo), devido à prevenção, cesariana e a não amamentarem, ou seja, a gravidez está cada vez melhor acompanhada. Utilização de antirretrovirais (medicamentos que impedem a multiplicação do vírus nas células do indivíduo infetado, reduzindo a quantidade do vírus no organismo e tornando a pessoa mais resistente).

  • Sintomas:

- Febres e suores;

- Cansaço e fadiga;

- Dores musculares, nas articulações, de cabeça e de estômago;

- Dificuldade em engolir;

- Perda de peso rápida;

- Erupção cutânea.

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Fig. 1- Diagnóstico VIH

Legenda: Período janela - período em que a pessoa está infetada, pode transmitir o vírus, mas ainda não houve produção de anticorpos suficientes para positivar os testes (pode demorar entre 3 semanas a 6 meses). Em caso de alto risco, repetir o teste ao fim de 6 meses.

Confirmação – através de testes laboratoriais, através de colheita de sangue.

HPV (Vírus do Papiloma Humano)

O vírus do Papiloma Humano é um vírus sexualmente transmissível que pode infetar todas as pessoas, independentemente do seu sexo, idade, etc. Este vírus está associado ao desenvolvimento do cancro do colo do útero e do ânus, verrugas e outras patologias. As infeções por HPV são extremamente comuns, no entanto, a maioria dos indivíduos infetados não apresenta sintomas. 

Sendo uma infeção transmitida por via sexual, durante a gestação/parto ou por via hospitalar, são extremamente importantes as precauções a este nível. A utilização de preservativos não garante proteção contra a infeção por HPV, apesar do seu uso ser recomendado devido à eficácia na prevenção de outras doenças sexualmente transmissíveis.

Existem tratamentos, consistindo todos eles em destruir o tecido infetado.

Existem dois tipos de infeções por HPV’s:

  • Não oncogénicas- baixo risco (presença de verrugas genitais)
  • Oncogénicas- alto risco (lesões do colo do útero)

As infeções por HPV podem-se manifestar de três formas distintas:

  • Forma latente: caracterizada pela presença latente do vírus e que não apresenta qualquer sintoma que evidencie sinais para diagnóstico.
  • Forma subclínica: infeção assintomática ou apenas com alguns sinais não específicos, como ardência e dor durante a relação sexual. A análise de infeção por HPV deve ser efetuada quando há suspeita de alterações no colo do útero.
  • Forma clínica  (condiloma): presença de verruga genital visível a olho nu com um aspeto áspero e irregular.

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O HPV pertence à família dos Papovavírus, na qual foram encontrados mais de 120 tipos diferentes. A maioria destes tipos leva ao desenvolvimento de verrugas cutâneas, no entanto existem outros em que a região anogenital (região do ânus e dos órgãos genitais) é infetada.

Dentro dos tipos capazes de infetar a região anogenital, existem dois tipos: baixo risco e alto risco; em função da sua capacidade em desenvolver o cancro do colo do útero.

  • Sintomas:

- Comichão;

- Ardor durante o ato sexual;

- Corrimento anormal

- Aparecimento de verrugas perto do órgão sexual.

Normalmente, uma infeção por HPV é assintomática (não apresenta sintomas) e não localizada.

  • Tratamento:

O tratamento destas infeções depende da idade do indivíduo, do local e número de lesões apresentadas e, no caso da mulher, o seu estado de saúde geral (incluindo estar grávida).

- Conização: é um procedimento cirúrgico, em que é retirado um pedaço do tecido infetado, em forma de cone, com um bisturi, laser ou ansa diatérmica.

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