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ESTUDO DE CASO: UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA POLÍTICA DE EMPRESAS DO AGRESTE ALAGOANO

Por:   •  27/9/2020  •  Seminário  •  984 Palavras (4 Páginas)  •  197 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS - CAMPUS ARAPIRACA

ÁDSON VITAL CORREIA

DANIEL FERREIRA SILVA

GISELI CRISTINE FERREIRA DE BRITO

ISADORA LIMA DOS SANTOS

ESTUDO DE CASO: UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA POLÍTICA DE EMPRESAS DO AGRESTE ALAGOANO

1- Banco do Brasil

O texto a seguir foi baseado na experiência de trabalho de um funcionário do Banco do Brasil. Inicialmente vale salientar que o Banco do Brasil se configura como uma instituição de economia mista. Ao verificar o quadro de funcionários, obtêm-se que aproximadamente um quarto (25%) são terceirizados e executam serviços como vigilância e serviços gerais. A empresa contratada, geralmente, presta seus serviços a nível nacional, ou seja, em todas as agências brasileiras e, ainda, os funcionários terceirizados apenas podem executar serviços que estejam incluídos nas categorias pelas quais foram contratados, sendo ilegal participar de outras funções. Nesse contexto, a característica de realizar tarefas específicas é condizente com o modelo taylorista-fordista de acordo com o seguinte trecho do livro (referência do nosso livro do colégio):

“Um modelo prático de organização que se baseou no taylorismo foi o fordismo. […] Cada trabalhador deveria ser especializado em uma única tarefa, e o ritmo era ditado pela velocidade da linha de produção. Ao repetir movimentos iguais incessantemente, o operário atuava como uma peça da máquina, alienado do conjunto de seu trabalho.”

Por outro lado, os demais funcionários são escolhidos através de concursos e estes executam as ações especializadas do banco. Inicialmente, todos ao passar pelo concurso entram com a função de escriturário e realizam trabalhos básicos, com o passar do tempo os funcionários que se destacarem podem obter cargos de confiança passando a ser gerentes, por exemplo. Tal mudança acarreta o aumento do salário e também acrescenta novas atribuições ao trabalhador, ao mudar de cargo o funcionário precisa alcançar metas pré-estabelecidas, se caso isso não aconteça o mesmo volta ao cargo básico de escriturário. Essa flexibilização encontrada nos cargos concursados pode ser associada ao modelo toyotista, conforme a obra referida anteriormente:

“Esse modelo gerou ganhos para os consumidores e para a economia em geral. Proporcionou também melhora significativa na organização capitalista do trabalho, principalmente na descentralização, na aproximação dos níveis hierárquicos e na ampliação da autonomia do trabalhador, mas manteve as relações de controle e poder. Enquanto no sistema taylorista-fordista o trabalhador se tornava especialista em uma única, simples e rotineira função, o toyotismo desenvolveu a figura do trabalhador ‘polivalente’ ou ‘multifuncional’, que deveria aprender várias funções. Apesar de favorecer os aspectos ligados à criatividade do trabalhador, à produção em equipe, à qualificação, entre outros, esse modelo ainda esbarra nos limites do trabalho alienado, ou seja, o trabalhador continua a ser explorado e a não dominartodo o processo produtivo.”

Também podemos observar na empresa a mais-valia, conceito criado por Carl Marx no século XIX, onde as relações entre os meios de produção e o trabalhador em especial ao processo de exploração da mão de obra. Onde os meios tecnológicos foram implementados ao banco, utilizando sistemas computadorizados com algorítimos, assim, automatizando  processos que antes necessitavam de mão de obra humana, e diminuindo assim os custos trabalhistas do banco com a demissão do excedente( que nos ultimos anos já somam mais de 20 mil funcionários e 800 agências fechadas), aumentando seu lucro, sem ter algum benefício ao trabalhador. Esta ação observada na empresa é caracterizada por Marx como a Mais-Valia Relativa.

2- Coca Cola

        Inicialmente, por intermédio de uma entrevista com Marcos Brito da Silva, operador de máquinas da coca-cola, foi possível analisar e constatar a presença de elementos de alguns sistemas de produção. A princípio, é notória a flexibilização do trabalho que existe na empresa. No exemplo analisado, o funcionário passa a ser polivalente, ou seja, é deslocado da respectiva função e exerce, também, diversas outras atividades laborais. Dessa forma, Marcos que fora contrato para ser operador de máquinas, desempenha atividades de manutenção, limpeza e até controle de qualidade das bebidas, evidenciando assim, a mudança de paradigma produtivo: do sistema fordista, para o toyotismo- com a flexibilização do trabalho.

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