Resumo de : Empreendedorismo corporativo: estudo de casos múltiplos sobre as práticas promotoras em empresas atuantes no Brasil
Por: rafael0012 • 28/9/2015 • Resenha • 1.570 Palavras (7 Páginas) • 1.598 Visualizações
A pratica do empreendedorismo tem chamado atenção de executivos e pesquisadores, pelo fato de todo negocio sempre estar em busca de inovações. O empregado comum pode realizar muito mais do que somente sua função, a experiência, junto com a convivência em um determinado setor, o torna um candidato perfeito a ser empreendedor corporativo (profissional que atua além de sua área, trazendo inovações para empresa já existente).
Mas para isto é necessário que o ambiente de trabalho seja favorável a pratica de ações empreendedoras. Para consolidar tais ações é necessário envolver “políticas de reconhecimento e valorização das ações de empreendedores corporativos”, tais politicas podem ser: apoio e incentivo ao empreendedorismo corporativo.
A relação entre inovações e empreendedorismo corporativo, levou diversos autores a realizar pesquisas/estudos teóricos sobre esta relação, chegando muitas vezes em conclusões idênticas ou mesmo complementares em relação umas as outras. Diferente do artigo, iremos pontuar de maneira geral as conclusões mais importantes. Para que ações de empreendedorismo corporativas ocorram, foram identificados mecanismos que podem ou não favorecer a criação de tais ações.
Esses mecanismos podem ser resumidos em diversos tópicos, dentre os quais temos: A tolerância a erros, caso a empresa seja intolerante a erros, menos funcionários iram arriscar tomar uma medida proativa; Recompensas oferecidas: caso uma inovação gere algum tipo de beneficio para a corporação, o funcionário ou grupo de funcionários deveram ser reconhecidos de alguma maneira, sendo por bônus salarial, promoções, entre outros; Apoio da diretoria; Disponibilidade de recursos para a implantação ou desenvolvimento dessas medidas: podemos citar o tempo, para que funcionários se dediquem ao desenvolvimento da medida durante a jornada de trabalho ou recursos financeiros; Os organizacionais: facilitar a parte burocrática para que tal ação ocorra, evitando: relatórios extensos prejudicam tal ação, dificuldade na comunicação com funcionários de cargos mais altos, entre outros; Clareza em relação aos valores das empresas, caso não seja bem definido pode atuar como inibidor de empreendedorismo.
Existem diversos fatores não listados que podem influenciar o empreendedor corporativo, sendo as mais comuns citadas à cima. Já em relação aos resultados obtidos segundo alguns autores temos: “Zahra e Garvis (2000) ressaltaram a melhora do desempenho competitivo da empresa por meio de inovações pioneiras e Mair (2002) classificou como resultados obtidos com ações típicas de empreendedorismo corporativo.”
Este artigo foi escrito utilizando o método de estudo de casos múltiplos, onde as unidades de pesquisa foram cinco empresas brasileiras, escolhidas a partir do “ranking de inovação e empreendedorismo corporativo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Intraempreendedorismo (IBIE) e publicado pela revista Exame no dia 29 de março de 2006.”
A escolha do método de estudo para este artigo é dada pelo fato de ser, o mais adequado para o estudo de casos amplos e complexos. Utilizando três fontes: documentação, observação direta e entrevistas com gestores da empresa Podemos acrescentar que o artigo foi uma replicação literal dos casos, baseada na proposta de estudo de Eisenhardt (1989). Durante o desenvolvimento do conteúdo teórico, ouve citação de diversos autores que tiveram conclusões parecidas, tornando o conteúdo um tanto repetitivo e cansativo, onde somente em um apanhado geral ou as conclusões refinadas pelo autor do artigo se tornam relevantes.
Após a exposição do conteúdo explorado no artigo, o autor busca identificar quais atitudes foram favoráveis ou desfavoráveis para o empreendedor corporativo em cada uma das cinco empresas(A, B, C, D e E). Estas atitudes foram separados em 6 tópicos, recebendo ao final uma tabela resumindo as informações de cada tópico, dessa forma facilitando a compreensão.
1.1 Pratica de gestão empresarial e reconhecimento/recompensas: Em todas as empresas havia um programa de incentivo a inovação, possibilitando a recompensa de empreendedores corporativos, ou seja, houve sucesso neste programa. As recompensas viabilizadas pelas empresas variam em retorno financeiro (empresas A, B, C e E), enquanto a empresa D ouve a distribuição de produtos. Mas o incentivo não se restringe somente a recompensas matérias (produtos e bônus salarial), o reconhecimento perante superiores e comunidade técnica, mostrou ser tão gratificante quanto o incentivo material. Caso não existam recompensas ou benefícios, os empreendedores corporativos não possuem o incentivo para atuar.
O programa criado pela empresa B de incentivo aos funcionários consiste em, uma competição entre as melhores inovações implementadas, dentre os quais são premiados, além da possibilidade de apresenta-los em eventos para diretoria, seus colegas e até mesmo empresas externas.
1.2 Gestões empresariais de disponibilização de recursos (materiais, humanos e financeiros): A disponibilidade de recursos varia muito de empresa para empresa, enquanto a busca por recursos externos é bem todas as empresas, mas apenas uma delas disponibiliza uma estrutura para dar suporte ao empreendedor corporativo. Diferente do estudo teórico, a indisponibilidade de tempo (com exceção da empresa A) durante a jornada de trabalho não inibe o estimulo de inovar, pois eles entendem que atividades suplementares trazem benefícios. Já a disponibilidade financeira para aplicação ou realização de tais inovações varia em cada empresa, mas não deixa de estar presente. Exemplo: A empresa A oferecia autonomia a gestores na distribuição de recursos em sua para estimular empreendedores.
1.3 Tolerância ao erro: De maneira geral as empresas não possuem uma organização formal em relação ao erro, mas de maneira informal o erro é considerado algo normal e uma forma de aprendizagem, desde que esteja ligado a uma tentativa de inovar independente da área. A única exceção à regra seria a empresa D, pois seus empreendedores eram pré-selecionados, ou seja, eles assumiam o risco, podendo ser penalizados por seus erros.
Considerando o erro como forma de aprendizagem a parte, cada empresa possui suas características, sendo elas de formas bem variadas. Alguns exemplos de características únicas de cada empresa: Empresa A: “Diversos estágios de desenvolvimento para evitar erro no projeto empreendedor mais avançado”. Empresa B: “Projetos arriscados têm mais dificuldade para obtenção de recursos”. Dessa forma chegamos a conclusão que neste tópico, as empresas lidam com o erro de formas diferentes
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