Educ. Ambiental
Trabalho Universitário: Educ. Ambiental. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: priscilaldf • 28/11/2014 • 3.725 Palavras (15 Páginas) • 262 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Os humanos representam um papel dominante no funcionamento da biosfera, e as atividades humanas criaram uma crise ambiental de proporções globais. Os jornais diários estão cheios de problemas ambientais: o desaparecimento de florestas tropicais, o buraco da camada de ozônio, o esgotamento do estoque de peixes e o aquecimento global. Resolver esses problemas ambientais exigirá a aplicação de novas atitudes que promovam a sustentabilidade (RICKLEFS, 2001)
A preocupação com as questões referente ao Meio Ambiente e dos temas ligados a Educação Ambiental, tem despertado o interesse e a atenção das autoridades, devido a mudanças climáticas, crescimento da população no planeta, consequentemente acarretando um acelerado processo de mudanças nos padrões de consumo do homem moderno onde a relação entre homem e natureza passou a ser ameaçada (PCNs, 2000).
A educação ambiental, como perspectiva educativa pode estar presente em todas as disciplinas, quando analisa temas que permitem enfocar as relações entre a humanidade o meio natural, e as relações sociais, sem deixar de lado as suas especificidades (REIGOTA, 1994).
A educação ambiental é uma ferramenta valiosa para o enfrentamento dos problemas sociais e ambientais e para o desenvolvimento de um trabalho de conscientização dentro do processo educativo. Para que a educação ambiental seja bem-sucedida e bem aprendida tem de ter relação com a vida das pessoas, o seu dia-a-dia, o que elas vêem e sentem no seu bairro e a sua saúde. Assim as alternativas ecológicas caso contrário é artificial, distante e pouco criativa. (CARLOS MINC, 1951).
Para a realização de uma educação ambiental bem-sucedida, é necessário que se tenha em vista a participação do cidadão na solução dos problemas, empregando metodologias que permitam ao aluno questionar, dados e idéias sobre um tema, propondo soluções, apresentando-as e as pondo-as em prática (REIGOTA,1994).
A esperança jaz em tornar as pessoas conscientes da deterioração global da qualidade de vida humana e em educá-las nos princípios ecológicos básicos que devem formar as bases de um sistema autosustentável (RICKLEFS, 2001).
2. REVISÃO DE LITERTURA
2.1 Histórico da Educação Ambiental
O tema Educação Ambiental começou a ser discutido em 1968 ,em Roma, numa reunião de países desenvolvidos. O “clube de Roma”, assim chamado, deixou clara a necessidade de se conservar os ambientes naturais não renováveis e controlar o crescimento da população, conscientizando-os, embora rejeitada pela classe política, conseguiu alertar a humanidade sobre a questão ambiental. Logo após as conclusões do “Clube de Roma”, a ONU (Organização das Nações Unidas) em 1972, realizou em Estocolmo a Primeira Conferência de Meio Ambiente Humano (REIGOTA, 1994). Essa conferência gerou a Declaração Sobre o Ambiente Humano, atendendo a necessidade de estabelecer princípios que serviriam de orientação a humanidade para a preservação do ambiente humano. Essa conferência gerou o primeiro “Programa Internacional de Educação Ambiental”, promoveu reuniões regionais onde houve trocas de informações sobre educação ambiental, onde ficou acertada uma nova conferência para se definir novas perspectivas educativas, estabelecendo fundamentos filosóficos e pedagógicos, consolidado ,em 1975, pela Conferência de Belgrado.
A educação ambiental tem seus princípios discutidos na Conferência de Tbilisi, em 1977, promovida pelas Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Ponto culminante da tomada de posição internacional quanto à necessidade de orientar o processo educativo formal e não formal, para torná-lo sensível a problemática ecológica (REIGOTA, 1994). Até o momento histórico, a Conferência de Tbilisi é a referência para o desenvolvimento de atividades de Educação Ambiental. Na declaração da Conferência de Tbilisi sobre Educação Ambiental é destacada a importância de se adotar novas estratégias para que a educação prepare o indivíduo para compreender os principais problemas do mundo, tomando iniciativa, responsabilidade e empenho em melhorar a vida e proteger o meio ambiente.
Assim, a educação ambiental tem como finalidade promover a compreensão da importância da interdependência econômica, política, social e ecológica da sociedade, proporcionando a todas as pessoas a possibilidade de adquirir conhecimento e o interesse para proteger e melhorar a qualidade ambiental (DIAS, 2004). Lançadas essas linhas de orientação da educação ambiental, fica a cargo de cada país dentro de suas particularidades, especificarem as linhas de orientações dentro de seus sistemas.
Em agosto de 1987, realizou-se em Moscou, o Congresso Internacional de Educação e Formação Ambiental da UNESCO-PNUMA. Nesse encontro foram analisadas as conquistas e dificuldades na área de Educação Ambiental, desde a Conferência de Tbilisi, e estabelecidos os elementos para uma estratégia internacional de ação em matéria de educação e formação ambiental para década de 90 (REIGOTA, 1994). Conforme acertado em Tbilisi, cada país apresentou um relatório sobre o avanço da Educação Ambiental. O Brasil, por sua vez, não apresentou o relatório oficial devido ao desentendimento entre os órgãos competentes.
Nesse contexto, foi realizada no Rio de janeiro, em 1992, a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, com participação de 170 países. No qual, a preocupação estava centrada nos problemas ambientais e nas questões de desenvolvimento sustentável. Neste evento foram produzidos dois documentos de Educação Ambiental, a Carta Brasileira de Educação Ambiental e o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades sustentáveis Segundo DIAS (2004) nessa conferência, foi reconhecido a insustentabilidade do modelo de desenvolvimento então vigente, nomeando assim a Agenda 21 como um Plano de Ação para a Sustentabilidade Humana, um importante documento assinado por 179 países. Esta por sua vez corroborava as premissas de Tbilisi, definindo as áreas de programas para Educação Ambiental, reorientando-a para o desenvolvimento sustentável.
REIGOTA (1994) relata que, a Agenda 21 tem o compromisso de promover o desenvolvimento sustentável, buscando melhorar a qualidade de vida no presente, sem comprometer o futuro, buscando identificar ações que combinassem desenvolvimento com proteção ao Meio Ambiente.
2.2 Educação Ambiental no Brasil
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