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Efeito do Treino Mental na Precisão do Manual do Idoso

Por:   •  6/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.052 Palavras (21 Páginas)  •  375 Visualizações

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UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP

ESCOLA DA SAÚDE

COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Efeito do Treino Mental na Precisão do Manual do Idoso

Proponente:

Adriana Edwirgens Pereira de Souza

Ramona Nájila Paulino da Silva Costa

NATAL, 2015


Resumo

A população idosa vem crescendo a cada ano, com isso a prevenção do declínio mental no idoso se torna cada vez mais importante, Essa perda ocorre naturalmente no processo do envelhecimento. Estudos apontam que o treino mental ajuda a prevenir o declínio mental. O presente trabalho tem por objetivo avaliar o efeito da prática mental na precisão do arremesso do dardo de salão em idosos ativos. A principio vão se convidados a participar da pesquisa, vinte a trinta idosos ativos de ambos os sexos e todos esses idosos com requesito de não ter praticado arremesso de dardo de salão, no primeiro momento os idosos vão ser submetidos a uma entrevista, na qual ira ser colhido informações pessoais, em seguida os idosos receberão orientações para execução da atividade, cada participante terá direito a dez arremessos, no segundo momento os indivíduos serão divididos em grupos aleatoriamente,sendo um grupo de teste físico e outro de teste mental.

Palavras-chave: Idoso; Treino mental, utilização da imagética mental, precisão


Introdução

Os gerontes com o passar dos anos tem a sua capacidade funcional diminuída. A medida que envelhecem perdem sua autonomia, causando perda gradual da capacidade de adaptação e desempenho, deixando-os mais vulneráveis a quedas e a patologias físicas e mentais, tornando-os cada vez mais dependentes (GOMES, 2012).  

Além da diminuição da massa, força e potência que ocorre no processo de envelhecimento, outro fator morfológico que acontece nesse processo, devido ao desuso, é a atrofia das fibras do tipo um e dois, com maior frequência do tipo dois do que do um (BRASIL, 2005).

Segundo SILVA et al (2006), as fibras do tipo I (aeróbias, de contração lenta) parecem ser resistentes à atrofia associada ao envelhecimento, pelo menos até os setenta anos, enquanto a área relativa das fibras tipo II (anaeróbias, de contração rápida) declina de 20 a 50% com o passar dos anos.

A redução no tamanho das fibras é pequena quando comparadas à redução na massa muscular. Essa redução se dá pela falta da proteína miosina que é uma ATPase que se movimenta ao longo da actina e em presença de ATP, que são responsáveis pela contração muscular. Ela é uma enzima mecanoquímica, isto é, converte a energia química em mecânica e por isso é também chamada de proteína motora. Então, nos movimentos gerados por esses elementos, a miosina é o motor, os filamentos de actina são os trilhos e o ATP, o combustível. Na ausência destas, os gerontes ficam limitados a movimentos simples, pois todos os outros movimentos de coordenação motora ampla, principalmente, tornam-se difíceis de serem executados e cansam bastante. (MONTENEGRO, 2004)

 Existem evidências histoquímicas de agrupamento, atrofia e aumento da co-expressão de cadeias pesadas de miosina, consistente com processo neuropático crônico, caracterizado por denervação e reinervação progressiva. Achados eletrofisiológicos de redução das unidades motoras da musculatura proximal e distal de membros inferiores e superiores corroboram a hipótese de participação da degeneração neuronal na gênese da sarcopenia. A partir dos setenta anos ocorre declínio das unidades motoras, bem como perda de motoneurônios alfa, entretanto, não está definido como o peso dos fatores genéticos, hormonais e da atividade física podem afetar a extensão ou ritmo desta perda, assim sendo aplicada a lei do desuso, ou seja, quanto menos usa, mais sua capacidade motora e de aprendizagem é diminuída (SILVA, 2006).

Alguns fatores como estímulos anabólicos, metabolismo basal e nutrição, estímulos catabólicos e inatividade física e limitação funcional estão ligados a sarcopenia.

Estímulos anabólicos

Com o envelhecimento, postula-se que ocorra redução ou resistência às substâncias anabólicas no músculo esquelético (KAMEL et al, 2002). O nível sérico de testosterona e androgênios adrenais declina com a idade, principalmente após os 80 anos, quando a prevalência de deficiência androgênica pode ocorrer em 40 a 90% dos idosos (BHASIN, 2003). Estudos epidemiológicos mostraram relação entre queda da testosterona e declínio da massa e força muscular e estado funcional (ROUBENOFF et al, 2000; PERRY et al 2000). No tecido muscular, os androgênios estimulam a síntese protéica e o recrutamento das células satélite às fibras musculares em atrofia. O declínio de estrogênios em mulheres associados à menopausa é bem conhecido e, possivelmente, os esteróides sexuais femininos exercem efeitos anabólicos sobre o músculo pela conversão tissular em testosterona. Os hormônios sexuais parecem inibir a produção de IL1 e IL-6, sugerindo que níveis reduzidos destas substâncias podem ter efeito catabólico indireto sobre o músculo. A redução de GH e IGF-1 também está implicada no menor estímulo anabólico sobre o tecido muscular esquelético (MORLEY et al, 2001).

Metabolismo basal e nutrição

Com o avançar da idade, é comum ocorrer declínio de mais de 15% do gasto metabólico basal (CALLOWAY et al, 1980; VAUGHAN et al, 1991), que acontece devido à redução de tecido magro, principalmente de células musculares metabolicamente ativas (GREENLUND et al, 2003). A redução da ingestão alimentar, a “anorexia do envelhecimento”, é fator importante no desenvolvimento e progressão da sarcopenia, principalmente quando associada a outras co-morbidades. Múltiplos mecanismos levam à ingestão alimentar reduzida no idoso, tais como perda de apetite, redução do paladar e olfato, saúde oral prejudicada, saciedade precoce (relaxamento reduzido do fundo gástrico, aumento da liberação de colecistocinina em resposta à gordura ingerida, elevação da leptina). Fatores psicossociais, econômicos e medicamentos também estão envolvidos (BALES et al, 2002). A ingestão reduzida de proteínas, de acordo com as DRIs (DietaryReferenceIntakes), ocasiona redução da massa e força muscular em mulheres na pós-menopausa e, por conseguinte, discute-se a necessidade de suplementação protéica na população idosa (CAMPBELL et al, 1994).

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