Esquizofrenia
Por: ludcpv • 8/11/2016 • Projeto de pesquisa • 410 Palavras (2 Páginas) • 395 Visualizações
Hipótese Doparminégica
Essa hipótese é baseada na constatação de que uma pessoa quando submetida a altas e repetidas doses de anfetamina (droga psicoestimulante), é acometida de psicose tóxica, sintoma muito semelhante a da esquizofrenia paranóide em fase ativa, o grau de semelhança é tão grande, que pode-se fazer um diagnóstico equivocado, caso o psiquiatra ignore o fato do uso da droga em questão. É sabido que essa droga aumenta a liberação de dopamina nos terminais doparminégicos , ao mesmo tempo que inibi a recaptação da mesma na membrana pré-sinaptica, causando assim um excesso.
Através da administração de neurolépticos que atuam no bloqueio dos receptores dopaminérgicos, encontrados em abundancia nos gânglios da base e áreas mesolímbicas, ocorre o desaparecimento dos sintomas esquizofreniformes.
Pacientes que utilizam L-DOPA (medicamento para mal de Parkinson), que assim como a anfetamina causa um aumento na formação de dopamina, desenvolvem sintomas psicóticos semelhantes. Drogas como a clopromazina e o haloperidol ambos com efeito antipsicotico, bloqueiam a atividade doparminégica. (Graeff, 1989, 2004)
Alterações estruturais
Há estudos sugerindo que cérebros de alguns esquizofrênicos são mais leves e menores quando comparados a indivíduos normais. As porções mediais dos lobos temporais, sobretudo hipocampo e giro para-hipocampal tem sido as mais implicadas, essas descobertas tem despertado particular interesse, pois psicose esquizofreniformes são frequentes em pacientes com epilepsia do lobo temporal. (Hopkins & Lewis, 2000).
Teorias Psicológicas
Fatores psicossociais, se não relacionados diretamente com a esquizofrenia, tem ao menos uma grande influência quanto a forma de aparecimento e o desenvolvimento dos sintomas.
Através de estudos (entrevistas bem estruturadas) foi possível verificar um aumento significante de recaídas e reinternações hospitalares de esquizofrênicos, onde no ambiente familiar ocorre a presença de atitudes hostis e excesso de envolvimento emocional.
Apesar do porque essa recaída ocorre ainda ser desconhecido, o resultado desses estudos tem grande valia, não somente confirmando a relação : fatores psicossociais versus sintomas esquizofrênicos, mas principalmente visando a prevenção dessas recaídas e a formulação de estratégias terapêuticas e psicoeducativas. (Brown, Birley, & Wing, 1972)
Estudos recentes sugerem que pacientes esquizofrênicos podem apresentar pioras nos sintomas diante de “eventos estressores psicossociais” como perda de emprego, morte de familiar próximo, fim de relacionamento, etc (Zubin & Spring, 1977)
O modelo “vulnerabilidade – estresse psicossocial” , é um modelo que procura integrar os aspectos biológicos e os psicossociais da esquizofrenia, e justifica a necessidade de uma abordagem multidisciplinar ao tratamento do paciente esquizofrênico, levando em conta não só a eliminação dos sintomas, mas também o controle e prevenção de fatores ambientais estressores.
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