Fichamento

Primeiro fichamento

Ribeiro, E.L.; Pessoa, M.B. Os efeitos da Radiação Eletromagnética na vida do ser humano: Uma análise do paradigma ambiental. Revista tecnologia e sociedade.

Questão problema

Os efeitos do eletromagnetismo e suas implicações na vida do ser humano.

Argumentação dos autores

A radiação eletromagnética passa através de nós todos os dias e não percebemos sua existência. Ela está presente em diversos tipos de equipamentos tecnológicos utilizados pelo ser humano, como: antenas, computadores e celulares, por exemplo. Mas esse tipo de energia imperceptível é extremamente utilizado em nossa sociedade e pode provocar dependendo do tempo e nível de exposição, riscos a saúde.

As Radiações Eletromagnéticas são ondas provenientes de campos elétricos e magnéticos variantes no tempo, que não estão confinadas ou guiadas e se propagam no espaço. Constatou-se, diante de experimentos físicos, que há uma variação ampla e contínua no comprimento e frequência das ondas eletromagnéticas. Concluiu-se que pelo ar viajam ondas magnéticas que transportam um numero cada vez maior de sinais, como: os de telefones, os de radio, os de televisores, etc.

Já há evidencias, na Medicina, de que a exposição a campos eletromagnéticos de baixa frequência pode reduzir significantemente os níveis de melatonina no corpo. Segundo Bovet (2005) Estudos da TNO – Toegepast-Natuurwestenchappelijk Onderzoel (Organização pela Pesquisa  Cientifica Aplicada) na Holanda, concluiu que, bastam apenas 45 minutos de exposição a uma radiação eletromagnética de 0,7 V/m ( volt por metro) emitida por um aparelho celular, para observar efeitos, inclusive graves, sobre a saúde.

Os radares e antenas parabólicas,  as torres de transmissão de TV, rádio, telefones celulares se somam a uma verdadeira poluição eletromagnética. Em nossa casa, na escola e no trabalho há uma abundancia de cabos, fios, aparelhos e acessórios que geram campos eletromagnéticos, e quer estejamos acordados ou dormindo, não tempos, na área urbana, um lugar de refúgio.

Para classificar a radiação deve-se mensurar a quantidade de energia transportada. Se falarmos de altos níveis de energia, diremos que se trata de RADIAÇÕES IONIZANTES. Ex.: Raios-X e Raios Gama. Se de baixos níveis de energia, serão consideradas NÃO-IONIZANTES. Ex.: As ondas de luz, de micro-ondas, de radio e antenas de telefonia.

Dois principais efeitos da exposição à radiação Ionizante e Não-Ionizante: o Térmico e o Atérmico.

Efeitos Térmicos: O efeito térmico decorre do aquecimento do tecido. A radiação é absorvida ao nível da pele, mas também absorvida a níveis mais profundos do corpo, causando aumento de temperatura não percebido pelos sensores térmicos naturais. A Radiação Não-Ionizante pode provocar aumento da temperatura no corpo (alteração física), alterar os níveis de sódio e potássio (alteração química) e produzir alteração no sistema nervoso central (alteração biológica).

Efeitos Atérmicos: Os efeitos biológicos atérmicos são aqueles que não dizem respeito ao aumento da temperatura ocasionado pela radiação. Há estudos que retratam casos, decorrentes de efeitos não-térmicos, de distúrbios emocionais, do sono e de atividade epilética em algumas crianças expostas à radiação das Estações  Radio-Base. Segundo Ana Maris M. Marchesan: “Há também relatos de severa diminuição de produção de leite, emancipação, abortos espontâneos e natimortos em experimentos feitos com gado mantido próximo a uma ERB.”.