Fisiologia Analise Critica

Analise do artigo:

INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NA COGNIÇÃO: UMA ATUALIZAÇÃO SOBRE MECANISMOS FISIOLÓGICOS

Autores: Carlos Alberto Abujabra Merege Filho, Christiano Robles Rodrigues Alves Carlos Andrés Sepúlveda ,André dos Santos Costa ,Antônio Herbert Lancha Junior ,Bruno Gualano

Revista; Rev. Bras. Med. Esporte – Vol. 20, No 3 – Mai/Jun, 2014

Embora crescentes estudos tenham demonstrado a importância da prática do exercício físico na área cognitiva, não existe um consenso entre as literaturas a cerca da ação que a prática de exercícios exerce sobre a área cognitiva.

Diversas teorias já foram propostas e testadas por diversos autores, uma dessa teorias é a hipótese do aumento no fluxo sanguíneo regional e aporte energético tal teoria propõe que após realização de atividades físicas agudas ocorra um redirecionamento do fluxo sanguíneo ocorrendo assim um aumento deste fluxo sanguíneo na área cerebral. Tal teoria se explica quando se observa que apesar do cérebro constituir apenas dois por cento da massa corporal pode ser responsável por até vinte por cento do consumo energético neste contexto o fornecimento de oxigênio e nutrientes através do fluxo sanguíneo cerebral é determinante para suprir tamanha demanda energética.

Outra teoria que já foi apresentada na literatura é a hipótese de maior atividade de neurotransmissores esta por sua vez defende que o exercício físico agudo é capaz de elevar a síntese de neurotransmissores sinápticos tal teoria se prende a hipótese de que o exercício físico continuo com uma intensidade moderada atua na ativação catecolaminas cerebrais, facilitando sua entrada através da barreira hematoencefálica, tal fato se deve provavelmente pela elevação da temperatura durante a prática do exercício.

A literatura também apresenta o papel da intensidade do exercício agudo sobre a resposta cognitiva este conceito embora seja útil entra em contradição com as demais teorias, esta tese defende que um exercício físico continua com uma intensidade muito alta além de causar uma fadiga física proporciona uma queda de desempenho cognitivo. Estudos já demonstraram que exercícios contínuos realizados em uma intensidade de até 60% de Vo2 máximo é benéfico em termos cognitivos, porém, quando aumentada esta intensidade para até 80% causa diminuição da ação cerebral o que demonstra a importância do controle em relação a intensidade do exercício.

Em suma é possível afirmar que a prática do exercício físico é benéfica para a saúde e funcionamento cognitiva, porém, não se sabe explicar a forma especifica como isso acontece, ficou-se provado também dentro da literatura que é importante controlar a intensidade do exercício porque assim como uma atividade moderada pode aprimorar o desempenho cognitivo, uma mesma atividade só que de caráter mais intenso pode ser prejudicial para as mesmas áreas.