Frank Lloyd Wright
Trabalho Universitário: Frank Lloyd Wright. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Blanez • 27/11/2013 • 1.608 Palavras (7 Páginas) • 763 Visualizações
Frank Lloyd Wright
Considerado um dos arquitetos mais importantes do século 20, Frank Lloyd Wright foi a figura mestra da arquitetura orgânica. Wright acreditava que a arquitetura não era só uma questão de habilidade e criatividade, mas deveria transmitir felicidade.
Filho de uma professora e de um pai músico e pastor, começou a trabalhar para o reitor do departamento de engenharia da universidade de Winsconsin, onde cursou dois semestres de engenharia civil. Foi assistente de projetos do arquiteto Joseph Lyman Silsbee e supervisionou a construção de uma capela. Viveu em Madson dos 11 aos 20 anos, quando foi para Chicago.
Em 1888 conseguiu emprego de projetista na Adler & Sullivan onde trabalhou por seis anos com Louis Sullivan, da Escola de Chicago, um dos pioneiros em arranha-céus. Aos 22 anos, casou-se com Catherine Tobin, com quem teve seis filhos, e construiu uma casa no subúrbio de Chicago, que ficou conhecida como Casa e Estúdio de Frank Lloyd Wright.
Wright defendia que o projeto deve ser individual, de acordo com a localização e finalidade. Dizia que "a forma e a função são uma só". Um dos seus principais trabalhos é a casa Kaufmann ou Casa da Cascata, considerada a residência moderna mais famosa do mundo. Também fez a sede do Museu Guggenhein em Nova York, igualmente famosa.
Frank Lloyd Wright visitou o Brasil em 1931, com sua companheira Olgivana, com quem se casara em 1928. Permaneceu três semanas no Rio de Janeiro e publicou, em diversos jornais cariocas, artigos em prol da nova arquitetura, difundindo o modernismo e suas variações como a arquitetura orgânica.
A famosa Fallingwater House.
Projeto de Frank Lloyd Wright, no Estado da Pennsylvania nos Estados Unidos da América, distante cerca de uma hora da cidade de Pittsburgh a Casa da Cascata, antiga residência de veraneio de Edgar Kaufmann, fica isolada em meio a um bosque perto da localidade de Ohiopyle, região muito procurada para caminhar, pedalar, acampar e pescar.
A casa é a maior atração da região e uma das obras de arquitetura mais famosas e fotografadas do mundo. O entorno da Fallingwater muda radicalmente nas quatro estações proporcionando à casa uma moldura completamente diferente em várias ocasiões do ano, chegando a congelar no inverno ou assumindo os mais variados tons de amarelo, vermelho e bronze das folhas das árvores no outono.
O primeiro pontilhão leva ao acesso principal. Dele, avista-se o detalhe mais interessante de toda a estrutura: a escada vista ao fundo que vai da sala de estar direto para a piscina natural, formada no rio, imediatamente abaixo da estrutura em balanço da casa e entre duas das três quedas. É notável a maneira como a casa se relaciona com a natureza ao seu redor. Os terraços pairam sobre o fluxo de água e as copas das árvores estão por todos os lados: acima, abaixo, à frente, por todos os lados!
Logo na entrada principal uma fonte recebe e dá as boas vindas ao visitante. Belo recurso que tira partido do tema da casa. Um simples fio de água que brota da parede revestida com pedras retiradas da propriedade mostra que o simples e descomplicado se transforma em algo sofisticado. A casa alterna paredes lisas pintadas em um tom de bege amarelado com outras revestidas ou construídas com as pedras do terreno. A integração da arquitetura com o local é das maiores que já tive a oportunidade de ver. Todos os pisos da casa são com a mesma pedra. Arquitetura orgânica em sua melhor forma.
A estrutura da casa não fica totalmente encostada na rocha e optou-se por não pavimentar seus acessos, mantendo assim a natureza bem preservada. O paisagismo quase que inexistente fica a cargo do magnífico sítio em que a casa está localizada. A cor amarelada das superfícies rebocadas tenta imitar o tom das pedras e busca o dourado das folhas do outono: diz a biografia.
A escolha do tom vermelho para pintar todas as aberturas não foi por acaso nem mesmo opção do cliente. Vermelho era a cor do escritório do arquiteto e aqui funciona como sua assinatura. A casa surpreende a cada olhar.
Kaufmann desejava uma casa com vista da cascata, mas Wright locou-a sobre a cascata! "Quero que você viva com a queda d'água, não apenas olhe para ela, e que ela se torne uma parte integrante de suas vidas", argumentou o arquiteto.
Um detalhe muito curioso da estrutura é o pé-direito muito, muito baixo. Uma inovação para a época e até hoje muito comentada. Em certos locais é possível tocar o teto. Esse detalhe arquitetônico, que a princípio parece estranho, potencializa os efeitos naturais e ajuda no conforto térmico interno. Nos dias quentes de verão a circulação de ar cruzada refresca os ambientes e nos dias frios o calor da casa é mantido com mais eficiência. Outro fator de destaque é que com os tetos mais baixos a reverberação do som que vem da cascata aumenta bastante, nos relembrando a todo momento, onde a casa está. Em uma cascata!
O mobiliário inteiro desenhado no escritório do arquiteto e feito sob medida para todos os aposentos da residência foi executado somente em Nogueira. Cada centímetro da casa é estudado. Nada é ao acaso. Cada peça exposta teve seu lugar determinado por Wright. Parte do acervo de peças orientais do proprietário ainda está na casa, assim como, alguns quadros de Rivera e uma sacra e medieval estátua de madeira policromada. Na fotografia acima vemos o grande sofá de bancada que ocupa todo o vão inferior da janela. As mesas de centro componíveis e os pufes, com ares de seriado espacial dos anos quarenta, contrastam com o tapete de linhas orientais. Os grandes panos de vidro integram a paisagem numa casa pobre em paredes lisas, portanto, quadros são raros!
"Eliminem o decorador" era o que Frank dizia. Ele e sua equipe projetavam todos (sem exceção)
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