IMUNIDADE ADAPTATIVA CONTRA A INFECÇÃO
Por: Chaíse Reis Duarte • 28/4/2019 • Trabalho acadêmico • 4.358 Palavras (18 Páginas) • 248 Visualizações
Referencial Teórico
(TAVARS E JANEWAY – 1999) As células que constituem o sistema imunológico se originam na medula óssea, onde muitas também amadurecem. A partir da medula, elas migram em função do patrulhamento dos tecidos, circundando no sangue e num sistema especializado de vasos, chamado sistema linfático.
As respostas imunes são mediadas por leucócitos, que derivam de precursores na medula óssea. Estes dão origem aos leucócitos polimorfonucleares e os macrófagos do sistema imunológico inato, e também aos linfócitos do sistema imunológico adaptativo. Existem dois tipos principais de linfócitos: os linfócitos B, que amadurecem na medula óssea e linfócitos T, que amadurecem no timo. Os precursores de monocitose mastócitos migram para os tecidos corporais, onde sofrem maturação, enquanto as demais células do sistema imune circulam no sangue. Os linfócitos recirculam continuamente da corrente sanguínea para os órgãos linfóides periféricos, onde as células portadoras dos antígenos estão aprisionadas, e retornam a corrente sanguínea pelos vasos linfáticos. Os linfócitos são células muito diferenciadas e podem ser divididas em células do tipo B e do tipo T. Os três principais tipos de tecido linfóide periférico são o baço, que coleta antígenos do sangue, os linfonódos, que coletam o antígeno dos sítios de infecção nos tecidos, e o tecido linfóide associado à mucosa, que recolhe antígenos das superfícies epiteliais do corpo.
As medidas da função imune em um organismo íntegro são essenciais para o completo entendimento do sistema imune na saúde e na doença. A capacidade de resistência à infecção por um individuo imunizado ainda é o ensaio-padrão para a imunidade protetora conferida pela infecção ou vacinação. Reações locais a antígenos injetados na pele podem fornecer informações sobre a resposta humoral e de células T para antígenos. Os receptores de células T são estruturalmente similares às imunoglobulinas e são codificados por genes homólogos. A diversidade é destruída de modo diferente nos receptores de células T.
A resposta imune humoral à infecção envolve a produção de anticorpos por células plasmáticas derivadas dos linfócitos B, a ligação desses anticorpos aos patogenos por células acessórias. A produção de anticorpos requer a ação de células T auxiliares especificas para um fragmento peptídico do antígeno reconhecido pela célula B. A célula B então se prolifera e se diferencia no microambiente especializados dos tecidos linfóides. As células B que se ligam ao antígeno mais avidamente são selecionados para a diferenciação subseqüente pelo contato com o antígeno. As células T auxiliares também dirigem a troca de isotipo, levando a produção de anticorpos de vários isotipo, que podem ser distribuídos a vários compartimentos corporais. A IgM é produzida precocemente na resposta, e tem um papel importante na proteção contra a infecção na corrente sanguínea, enquanto os isotipos mais maduros, como a IgG, se difundem nos tecidos. Os anticorpos que se ligam com alta afinidade a sítios críticos em toxinas, vírus e bactérias, podem neutraliza-los. Porém, os patógeno e seus produtos são destruídos e removidos do corpo principalmente por meio da captação pelos fagócitos e degradação dentro dessas células. Os anticorpos também podem iniciar a destruição do patógeno ativando o sistema do complemento das proteínas plasmáticas. Assim, a resposta imune humoral é dirigida a patógeno específicos, por meio da produção de anticorpo especifico.
Na resposta imune adaptativa, a sinalização por meio dos receptores de antígenos, nos linfócitos virgens maduros, induz a expansão clonal e a diferenciação de linfócitos antígeno-especificos após o comprometimento com antígenos estranhos. As cadeias ligadoras do antígeno dos receptores estão associadas, na superfície celular, com cadeias invariáveis que são responsáveis pela emissão de um sinal intracelular indicando que o antígeno foi engajado. A via de sinalização intracelular iniciada no receptor de antígenos resulta na ativação gênica, síntese de novas proteínas e estimulação da divisão celular. Essa via esta sujeita à regulação na maioria de suas etapas. Esses pontos de controle formam locais de revisão nas vias que levam a ativação, à expansão clonal e à diferenciação dos linfócitos antígeno-especificos que ocorre durante uma resposta imune adaptativa. O sinal emitido através do receptor de antígeno, alem de capacitar o linfócito a responder a antígenos estranhos na resposta adaptativa, é também importante na seleção dos linfócitos para a remoção ou sobrevivência durante o desenvolvimento dos mesmos nos órgão linfóides primários. Os linfócitos também possuem receptores para outros sinais extracelulares. O linfócito é induzido e ativado, que esta envolvido no controle do numero de linfócitos e na remoção de linfócitos ativados uma vez eliminada uma infecção.
Uma vez que a resposta imune adaptativa tenha ocorrido, a infecção de imunidade protetora. Esse estado consiste da presença de células efetoras e da memória imunológica. Essa memória se manifesta pela capacidade aumentada de responder contra os patógenos que foram encontrados previamente e eliminados com sucesso. É uma propriedade dos linfócitos T e B de memória.
(ROITT – 1987) O objetivo da resposta imunológica é defender o hospedeiro contra a infecção. Os mecanismos imunológicos “não específicos” são ampliados pelo desenvolvimento de uma imunidade adaptativa, caracterizada pela memória, especificidade e reconhecimento do não-próprio. A resposta mais rápida e mais intensa de anticorpos que ocorre ao segundo contato com o antígeno explica a proteção oferecida por uma infecção primaria contra a doença subseqüente e proporciona a fundamentação lógica para a educação imunológica do organismo através da vacinação.
Os antígenos se ligam aos anticorpos de maneira reversível por interação não covalente, que incluem as forças eletrostática, de pontes de hidrogênio, hidrofóbicas e de Van der Waals, que se tornam significativas quando complementaridade de formas entre antígenos e o anticopo lhes permitem que entrem em estreito contato entre si. A força de ligação de um anticorpo com um único determinante ou hapteno é medida pela afinidade.
O determinante antigênico deve ser capaz de localizar-se na fenda que forma o sitio combinatório do anticorpo. Com respeito aos antígenos lineares, a estrutura primaria é de importância decisiva para a formação de um determinante.
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