LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES RARAS DE ROTÍFEROS NO TANQUE DE AROEIRAS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCH CAMPUS VI

COLEGIADO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

MAURO VINÍCIUS SANTOS SOUZA

LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES RARAS DE ROTÍFEROS NO TANQUE DE AROEIRAS, CAETITÉ-BA

CAETITÉ

2017

MAURO VINÍCIUS SANTOS SOUZA

LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES RARAS DE ROTÍFEROS NO TANQUE DE AROEIRAS, CAETITÉ-BA

Trabalho apresentado a disciplina ED0023 – Projeto de Projeto de Pesquisa como requisito de avaliação parcial solicitado pela prof.ª Ângela Camargo do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Universidade do Estado da Bahia, Caetité-BA.

CAETITÉ

2017

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

OBJETIVO GERAL        4

OBJETIVOS ESPECÍFICOS        4

REFERENCIAL TEÓRICO        4

METODOLOGIA        6

CRONOGRAMA        8

RESULTADOS ESPERADOS        8

REFERÊNCIAS............................................................................................................8

INTRODUÇÃO

O filo Rotífera é composto por organismos invertebrados e microscópicos (40µm a 2500µm) que apresentam grande distribuição e habitam os mais diferentes tipos de ambientes aquáticos, se alimentando de detritos, algas, bactérias ou outros organismos inclusive outros rotíferos (EDMONDSON, 1959; SLÁDECEK, 1983; WALLACE, 2002).

Apresentam o corpo dividido basicamente em cabeça, pescoço, tronco e pé, sendo separadas tais partes por dobras na fina cutícula que recobre todo o corpo. Muitas espécies apresentam essa cutícula mais espessa e rígida formando uma espécie de carapaça denominada lórica, estrutura que serve de proteção ao organismo e também concedendo inúmeras formas a depender da espécie, sendo carácter de grande importância taxonômica. Possuem, na região da cabeça, uma corona ciliada que auxilia na alimentação bem como na locomoção, e logo abaixo o mástax, estrutura onde fica localizado um conjunto de peças rígidas, o trophi, que funcionam como mandíbulas processando o alimento ingerido. O pé trata-se de um prolongamento do corpo servindo como estrutura de locomoção e fixação no substrato por meio de glândulas presente nas extremidades (EDMONDSON, 1959; ESTEVES, 1988).

Os rotíferos constituem o grupo dominante dentre os representantes da comunidade zooplanctônica, desempenhando assim um importante papel na manutenção do fluxo de energia, sendo uma espécie de ponte entre produtores e consumidores, mantendo a estabilidade nos processos biológicos nos ambientes aquáticos. São organismos oportunistas apresentando grande capacidade de adaptação a modificações nas condições ambientais, o que acaba por tornar difícil o estabelecimento de um padrão constante na composição e ocorrência de espécies (ESTEVES, 1988, 1998; RODRÍGUEZ e MATSUMURA-TUNDISI, 1999).

OBJETIVO GERAL

• Registrar a ocorrência de espécies de rotíferos consideradas raras para o Tanque de Aroeiras, Caetité-BA.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conhecer a composição zooplanctônica em reservatórios no município de Caetité-BA;
• Contribuir com a produção de trabalhos para a região semiárida;
• Promover elaboração de guias de identificação de rotíferos para a região;

REFERENCIAL TEÓRICO

A partir de 1879, com extinção de todo o rebanho bovino da região e o registro de morte de nordestinos, o fenômeno tomou expressão nacional forçando o governo imperial a adotar medidas mais efetivas. Deu-se, então, a construção de reservatórios, açudes e estradas na região. Desta forma, o processo de açudagem, tornou-se a principal estratégia utilizada para armazenamento de água como forma de minimização dos efeitos adversos que as secas impõem à região (BARBOSA, 2002).

Em relação aos estudos da limnologia básica, as construções de reservatórios de grande porte nos trópicos e subtrópicos propiciaram a geração de importantes informações. No entanto, após a sua construção, mudanças econômicas e sociais acarretam consequências ecológicas devido a uma série de atividades progressivas. Desta forma, a interação dos reservatórios com a bacia hidrográfica é um assunto de extrema importância quando se considera a significância do uso das terras para as atividades agrícolas e industriais, como fonte de nutrientes. A análise dos parâmetros físicos, químicos e biológicos da água representa um reflexo de todas as atividades exercidas na bacia hidrográfica, nos ecossistemas aquáticos e, particularmente, nos reservatórios (Straskraba et al., 1993; Tundisi et al., 1988).

Na região Nordeste, construídos a partir de rios temporários (em época chuvosa), os pequenos reservatórios, apesar de baixo impacto ambiental, apresentam problemas de salinização da água; são meio de desenvolvimento de organismos hospedeiros do vetor da esquistossomose (Gazin et al., 2000; Tundisi, 2000); há alocação da água para usos múltiplos e geram problemas sanitários. Enquanto que, os grandes reservatórios, principalmente no rio São Francisco, foram construídos com o propósito de gerar eletricidade, irrigação e produção de peixes. Por sua vez, os reservatórios construídos em cascata acarretam problemas como mudanças extensivas da fauna do rio, aumento do processo de assoreamento, da eutrofização devido à fertilização e irrigação simultânea, aumento do conteúdo de pesticidas e herbicidas e floração de algas (Tundisi, 1988).

Isto também é mencionado por Vieira (2002), relatando que os mananciais da região Nordeste sofrem alterações devido à ação degradadora do homem associada às condições ambientais. O mesmo autor cita ainda que a salinização dos corpos hídricos, elevados níveis de turbidez e assoreamento, crescente poluição dos recursos hídricos causada por esgotos doméstico e industrial, matadouros, lixo, fertilizantes químicos e agrotóxicos são os principais problemas relacionados à qualidade da água na região.

Assim devido aos inadequados atos de gerenciamento das áreas de mananciais e dos usos do sistema terrestre, os reservatórios refletem tendência evolutiva nas mudanças da qualidade hídrica, nas alterações na flora e fauna aquática, retratando as condições ecológicas, sociais e econômicas (Tundisi, 1999a; 2003).