MOTRICIDADE
Por: Tatiany Nunes • 29/10/2015 • Relatório de pesquisa • 349 Palavras (2 Páginas) • 547 Visualizações
O PENSAMENTO FILOSÓFICO RENASCENTISTA, O CORPO E O HOMEM COMO CENTRO DO DISCURSO
Conforme citam Dambros, Corte e Jaeger (2008), vários autores, entre os quais Souto Maior (1969) e Pereira (2004) apontam motivos da queda ou declínio da Idade Média e a ascensão da Modernidade. Para o primeiro, entre esses motivos destacam-se: o crescimento do comércio, a ascensão da burguesia e as grandes navegações, que têm início a partir do fim do século XV. Pereira (2006) afirma que, oficialmente, o final da Idade Média ocorre devido à tomada de Constantinopla pelos Turcos, ou seja, a queda do Império Romano do Oriente.
A partir de então, na sociedade européia ocidental, inicia-se o período denominado de renascimento, no qual o caráter humanístico e a ascensão da Idade Moderna refletem mudanças de valores e de costumes. Nesse período, a liberdade de expressão e de pensamento foram pontos fundamentais para a transformação da visão de mundo do ser humano no ocidente e para as mudanças de paradigmas e de concepções acerca dos mais diferentes âmbitos sociais, inclusive sobre a educação, que era: educação = razão + fé (graça divina) (PEREIRA, 2004). Algumas características que marcam o período moderno da história são: o antropocentrismo, o renascimento, o racionalismo; uma nova sociedade marcada pelo cientificismo, por um grande desenvolvimento tecnológico, proporcionando o desenvolvimento dos modos de produção, do transporte, das grandes navegações, com relação à política e à economia, ao pensamento liberal, dentre outras características. Os “responsáveis” por esta nova forma de pensar ─ ideal moderno ─ eram os intelectuais, cientistas e filósofos da época, e estes defendiam suas “teses” sobre o conhecimento, como a filosofia de Descartes. A reaproximação do corpo com os ideais de homem moderno foram aos poucos se constituindo ao longo da história a partir do antropocentrismo. O corpo, intocável da idade média, passa a ser lócus de conhecimento e relação do homem com a natureza. O corpo passa a ser explorado e dele é distanciado, cada vez mais, a associação com o pecado e sacrilégio ao divino. O retrato “A licção de Anatomia”, do século XVII, representa a concepção deste “novo corpo” moderno.
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