Novos valores de controle para espirometria forçada em brasileiros adultos brancos
Tese: Novos valores de controle para espirometria forçada em brasileiros adultos brancos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: MahGah • 28/9/2014 • Tese • 1.353 Palavras (6 Páginas) • 415 Visualizações
INSTITUTO DE CIENCIAS DE SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NERMAGEM
UNIP - Campus São José do Rio Pardo
Bases Diagnósticas
São José do Rio Pardo
2014
Novos valores de referência para espirometria forçada em brasileiros adultos de raça branca*
Resumo
-Muitos laboratórios de função pulmonar usam valores previstos sem conhecimento ou entendi¬mento de suas origens e limitações, ou por seleção do que parece ser o melhor conjunto de equações.
Devido a fatores, valores de referência devem ser obtidos periodicamente.
As finalidades do presente estudo foram derivar valores de referência para diversos parâmetros da curva expiratória forçada.
Um programa para detecção em massa de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em oito cidades brasileiras (Santos Porto Alegre, Curitiba, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife).
Os critérios de inclusão no estudo foram:
• Ausência de sintomas respiratórios;
• Ausência de gripe ou qualquer outra doença pulmonar nos últimos sete dias;
• Ausência de antecedentes de doença respi¬ratória que possam resultar em disfunção, como tuberculose, asma e cirurgia torácica. A asma foi caracterizada por dois ou mais ataques de chiado, aliviados com bronco dila¬tador, em qualquer época da vida. Indivíduos com antecedentes de pneumonia não foram excluídos;
• Ausência de doença cardíaca em qualquer época da vida, diagnosticada por algum médico. Indivíduos hipertensos não foram excluídos. A pressão arterial não foi medida; a presença de hipertensão arterial ou não era apenas mencionada pelo entrevistado;
• Não ter trabalhado em ambientes com alta concentração de pó por um ano ou mais, que constituiria um fator de risco; e
• Não ter fumado durante toda a vida. Mulheres que cozinharam em fogão de lenha, bem como pessoas expostas à fumaça de cigarro no quarto de dormir foram excluídas.
Foram incluídos no estudo indivíduos do sexo masculino com idade acima de 25 anos e do sexo feminino acima de 20 anos.
As espirometrias foram realizadas em posição sentada, Os testes foram realizados por três técnicas fixas, certificadas pela SBPT ou pelos autores.
Preenchidos os critérios de aceitação, as curvas foram classificadas, de acordo com a reprodutibili¬dade, em:
• Qualidade A
• Qualidade B
Não houve diferença para a CVF e o VEF1 previstos entre os testes de qualidade A e B, quando corrigidos para a idade e estatura por análise de covariância.
Para análise dos resultados foi utilizado o pacote estatístico SPSS-10. As seguintes etapas foram seguidas:
• Verificação da distribuição das variáveis funcio¬nais e antropométricas e de valores discrepantes. Indivíduos com obesidade mórbida,
• Análise de regressão univariada,
• Valores discrepantes,
• Após determinação das equações de regressão múltipla, os resíduos foram avaliados e sua aderência
• Os limites inferiores das regressões foram calculados pelo 5º percentil do resíduo.(
O nível de significância foi estabelecido em p < 0,05.
No presente estudo, novos valores de referência para a espirometria forçada em adultos da raça branca foram derivados para a população brasileira. Os valores revelaram-se significativamente maiores em comparação aos publicados há 14 anos para ambos os sexos.
Os valores de referência publicados para a função pulmonar diferem amplamente.
Para a derivação de valores de referência para a função pulmonar devem ser incluídos apenas indi¬víduos não fumantes e sem sintomas ou doenças cardiorrespiratórias.
Valores de referência não devem ser extrapolados para idades e estaturas além daquelas incluídas nas equações de regressão. A prevalência de obesidade no Brasil situa-se em torno de 10%, sendo maior no sexo feminino. A obesidade mórbida tem efeito evidente sobre a função ventilatória, A importância da influência do peso sobre a CVF nos homens pode ser demons¬trada pela derivação de valores previstos para um valor de IMC de 20 e 30 kg/m2 em um indivíduo masculino de estatura e média de idade observados no presente estudo.
Os testes foram realizados em um espirômetro de fluxo que preenche as condições exigidas pela American Thoracic Society para precisão e acurácia. Durante a zeragem, a queda de pressão que corresponde à ausência de fluxo é estabelecida, determinando o intercepto da curva de calibração que relaciona o fluxo à queda de pressão. Dois erros em especial devem ser observados(8): erro do ponto zero e erro de resistência. não recomendam o uso do pico de fluxo como critério de reprodutibilidade das curvas espirométricas, Diferenças abso¬lutas entre os maiores valores do PFE não devem ser utilizadas para exclusão ou inclusão das curvas. Os valores funcionais mudam com o tempo como resultado de mudanças nas condições ambien¬tais e nutricionais e pelo progresso tecnológico dos equipamentos e maior precisão nas medidas (efeito de coorte). Valores de referência devem serobtidos periodicamente, do contrário, haverá perda de sensibilidade na detecção de condições anor¬mais.
Diferenças nos instrumentos de medida e nas populações contribuem para a variação da função pulmonar, mas é difícil quantificar cada um desses fatores. No estudo anterior foi utilizado um espirômetro de fole vertical e no atual, um espi¬rômetro de fluxo. Os espirômetros de fole verticais podem ser afetados pela gravidade; a complacência do fole é dependente da temperatura, o
...