Nutrição Enteral
Artigo: Nutrição Enteral. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: RodrigoAline • 17/9/2013 • 3.025 Palavras (13 Páginas) • 719 Visualizações
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Protocolos de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral TERESINA MARÇO/2012
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EQUIPE RESPONSÁVEL COMISSÃO MULTIPROFISSONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL Salustiano José Alves de Moura Júnior Médico – Presidente da Comissão Ozael Ferreira dos Santos Médico - Coordenador Técnico Mª do Rosário Lima Gomes Nutricionista – Membro da Comissão Luciane dos Anjos Formiga Cabral Enfermeira – Membro da Comissão Paulo Leal Pereira Farmacêutico – Membro da Comissão
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
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2 TRIAGEM E AVALIAÇÃO
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3 INDICAÇÃO
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4 NUTRIÇÃO ENTERAL
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4.1 Tipos de Nutrição
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4.2 Vias de Acesso
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4.3 Cuidados de Enfermagem
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5 NUTRIÇÃO PARENTERAL (NPT)
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5.1 Padronização
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5.2 Vias de Acesso Venoso
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5.3 Complicações
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5.4 Monitorização
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5.5Cuidados de Enfermagem
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REFERÊNCIAS
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ANEXOS
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1 INTRODUÇÃO A desnutrição pode se desenvolver ou estar presente em uma grande proporção de pacientes hospitalizados, e destes 50% apresentam desnutrição moderada e 5% a 10% desnutrição severa. A Terapia Nutricional constitui importante terapêutica na prevenção e correção deste agravo. De acordo com o Ibranutri (1998) no Brasil, o índice de desnutrição de pacientes hospitalizados é alarmante, em torno de 48% pacientes hospitalizados não se alimentam suficientemente para atingir suas necessidades calórico-proteicas devido aos mais variados fatores, como a doença de base, dor, vômitos, náuseas, ansiedade e depressão. Diante desse cenário, a terapia nutricional tem conquistado, a cada dia, maior reconhecimento de sua importância, tanto para a recuperação do estado nutricional quanto para sua manutenção. A NE quando bem indicada, melhora os resultados clínicos, reduzindo o tempo de internação e os custos com a saúde. Pacientes previamente desnutridos, com ingesta por via oral (VO) nula ou mínima com 60% do gasto energético real (GER) por cinco dias ou mais, são candidatos a suporte nutricional. Pacientes com estado nutricional normal toleram jejuns mais prolongados, porém não devem ultrapassar sete a 10 dias até o inicio da intervenção nutricional. A intervenção nutricional, portanto, deve ser iniciada antes deste período para evitar comprometimento das funções fisiológicas desses pacientes em catabolismo. Ibranutri (1998) mostra que a indicação do uso de nutrição enteral e parenteral é menor do que os recomendados pela literatura. Após quase 25 anos de existência da terapia nutricional no Brasil, sua utilização ainda é incipiente. Já que apenas 6,1% dos pacientes avaliados receberam algum tipo de terapia enteral durante sua internação. No grupo de não desnutridos, essa taxa é de ordem de 2,3%. No grupo dos pacientes desnutridos, só 10,1% receberam dieta enteral. É insignificante a porcentagem de cada estado no uso de terapia enteral e parenteral no Brasil. Esses achados podem ser imputados ao desconhecimento do problema e está associados à não disponibilidade de recursos para terapia nutricional pelo SUS.
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O suporte nutricional é parte vital da terapia da maioria dos pacientes hospitalizados. Está claramente postulado e bem definido que este é um instrumento fundamental na diminuição da morbimortalidade de pacientes críticos e na diminuição da taxa de permanência hospitalar; além disso, há uma queda na taxa de infecção e uma melhora nos processos de cicatrização. Considerando a relevância da Terapia Nutricional, o Ministério da Saúde através das portarias GM/MS Nº 343, de 07 de março de 2005 e Nº 120, de 14 de abril de 2009 instituiu mecanismos para organização e implantação de Unidades de Assistência e Centros de Referência de Alta Complexidade em Terapia Nutricional, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, estabeleceu normas técnicas e operacionais para regulamentar a aplicação desta prática. Cabe agora aos profissionais de saúde instituir iniciativas educacionais para esclarecer as equipes de saúde e a população sobre a importância do diagnóstico e do tratamento da desnutrição hospitalar. Ao SUS compete a cobertura dos custos de diagnósticos operacionais (avaliação nutricional) e da terapia com nutrição enteral e parenteral. Este protocolo tem por finalidade orientar os profissionais de saúde, que desenvolvem suas atividades no HGV, aplicando a Terapia Nutricional de forma mais adequada. Indicando com precisão os pacientes que necessitarão da terapia, bem como avaliando a eficácia do procedimento.
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2 TRIAGEM E AVALIAÇÃO A TRIAGEM é desenvolvida através da avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG), segundo Desck (ficha N° 51), a qual observa e atribui pontos aos seguintes parâmetros: peso corpóreo, dieta, sintomas gastrintestinais, capacidade funcional física e diagnóstico (estresse), de modo a avaliar e acompanhar o estado nutricional e implementar a terapêutica necessária. O somatório desses parâmetros determina a classificação do paciente em: sem desnutrição, desnutrição moderada e desnutrição grave. Ressalta-se que Terapia de Nutrição Enteral será prioritária. A via a ser utilizada (oral, sonda) dependerá da viabilidade do trato gastrointestinal e da patologia em questão. O acompanhamento do paciente é realizado diariamente através de dados objetivos e subjetivos, os quais subsidiam o profissional para adequação da fórmula. O tipo da dieta (fórmula) utilizada em NE obedece às condições clínicas do paciente, patologia e estado nutricional, objetivando atender as particularidades de cada paciente. Para prescrição
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