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O MICROAGULHAMENTO EM ESTRIAS

Por:   •  8/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.202 Palavras (9 Páginas)  •  337 Visualizações

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Universidade Nove de Julho

Délis Ariane, Giovanna Cardoso, Jéssica Aguiar e Sarah Larissa

Projeto Integrador

Microagulhamento no tratamento de Estrias

São Paulo – SP

2018


Microagulhamento para o tratamento de estrias

Introdução

O conceito de saúde pode ser definido como “um estado de completo bem-estar, físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidades”. Pensando nisso, é essencial que estejamos satisfeitos conosco e com o nosso corpo, sem sentir dores ou se olhar no espelho e não nos sentirmos felizes com aquilo que vemos. (OMS, 1948)

Portanto, uma disfunção estética que abala a autoestima de ambos os sexos, porém predominante em mulheres é o surgimento de estrias.

O surgimento das estrias tem como causa o rompimento de algumas fibras elásticas localizadas na segunda camada da pele, a derme que é composta de colágeno e elastina. Essa camada é responsável pela elasticidade e tonicidade da pele. As estrias têm como razão a gravidez, musculação, hereditariedade, hormônios, efeito sanfona ou o rápido crescimento da puberdade.

Estrias, podem ser caracterizadas como um processo degenerativo cutâneo, benigno, caracterizado por lesões atróficas em trajeto linear, que variam de coloração de acordo com sua fase evolutiva.  É considerado um processo de natureza estética, uma vez que não gera incapacitação física ou alteração da função cutânea.  Porém causa um profundo desagrado em alguns indivíduos, chegando mesmo a tornar-se motivo de depressão psíquica e sentimentos de baixa autoestima (TOSCHI, 2004).

Nos dias de hoje existem diversos tratamentos que auxiliam no combate das estrias, porém os resultados variam de acordo com o tempo de tratamento, espessura e profundidade da lesão. Entre os inúmeros tratamentos, encontram-se a carboxiterapia, o tratamento com laser, microdermoabrasão, radiofrequência, vacuoterapia, peelings, microgalvanopuntura e indução percutânea de colágeno com o microagulhamento, que são indicados para esse tipo de disfunção estética visando à renovação do tecido afetado (MOREIRA et al., 2013; MCCRUDDEN, M. T. et al., 2015).

A pele é o maior órgão do corpo humano, ela atua na defesa e colabora no funcionamento do organismo, como no controle da temperatura corporal e elaboração de metabólitos. Ela é constituída pela derme e epiderme

A epiderme é composta por epitélio de revestimento que é um tecido estratificado, pavimentoso e queratinizado, formada por várias camadas de células com diferentes funções, que são, camada córnea, lúcida, granulosa, espinhosa e basal. Já a derme é formada de tecido conjuntivo denso, é composta por 70% de colágeno e é composta também por elastina. Além dessas duas camadas. Há uma terceira camada conhecida como hipoderme (camada subcutânea), composta por adipócitos, que são células responsáveis na síntese e acumulo de gordura.

Cada uma dessas camadas é composta por várias sub-camadas. Os apêndices da pele, tais como folículos e glândulas sebáceas e sudoríparas

As estrias são marcas causadas pelo excesso de distensão das fibras elásticas que sustentam a derme, essa camada é responsável pela elasticidade e tonicidade da pele. Essas marcas afetam visivelmente a aparência da pele e podem surgir em diversas áreas do corpo.  Tem como razão a gravidez, musculação, hereditariedade, hormônios, efeito sanfona ou o rápido crescimento da puberdade.

Acredita-se também que o aparecimento das estrias não estão ligados a uma patologia, e possivelmente a algum tipo de medicamento administrado ao paciente. Os hormônios esteroides estão presentes em todas as formas de aparecimento das estrias como na obesidade, na adolescência, e na gravidez, onde o hormônio vai atuar sobre os fibroblastos (GUIRRO e GUIRRO, 2004).

Acometem, na maioria das vezes, mulheres (60%) entre 9 e 35 anos.

Gestantes, obesos, adolescentes em fase de estirão de crescimento e levantadores de peso também são afetados. (TOSCHI, 2004).

 

É comum que as estrias existam na proporção de quatro mulheres para um homem, e nas áreas do corpo que há mais ocorrência em homens são as faces externas das coxas e a região lombo- sacra (“estrias de crescimento”).  Já nas mulheres, as estrias são mais frequentes na face interna e externa das coxas, glúteos e mamas. STEINER (2003)

Há dois tipos de coloração das estrias as striae rubrae (rubras) e as striae albae (albas). Logo quando surgem, as estrias são rubras, semelhantes a arranhões, assim que as fibras se desfazem acontece um processo inflamatório na derme, ela permanece nesse estágio por semanas ou até meses, quando instaladas se transformam em uma cicatriz esbranquiçada.

A partir do momento que já estão cicatrizadas, são denominadas albas e passam a ser classificada em dois tipos, as atróficas que não possuem circulação sanguínea e apresenta depressões na pele, e as hipertróficas são lesões mais profundas que atingem um nível de relevo acima da pele.

O microagulhamento é um dos tratamentos utilizados para remoção ou redução de cicatrizes como estrias, ele tem utilidade também para outros problemas como: cicatrizes de acne, melasma, flacidez e rugas. O objetivo principal desse tratamento é estimular a pele causando uma vasodilatação para a produção de novas fibras de colágeno e auxiliando em uma melhor absorção de determinados ativos, através de dois modos, utilizando um aparelho de aplicação manual chamado Dermaroller ou um aparelho de aplicação automática, chamado DermaPen, porém os dois tem a mesma funcionalidade.

O microagulhamento faz com que toda a estrutura da pele seja renovada, promovendo o surgimento de novas fibras de colágeno, dando qualidade, mais viço e firmeza a pele tratada. Ao perfurar a pele com as micro-agulhas, é potencializada a absorção de alguns cosméticos na pele estimulada. O método em questão é indicado para qualquer área do corpo, inclusive o couro cabelo, pois auxilia na estimulação à circulação sanguínea na região. Auxilia na melhora de sintomas como estrias, acne, rugas, flacidez e manchas na pele

Por ser um método invasivo é necessário que se interrompa a aplicação de ácidos na pele entre 48 e 72 horas antes de realizar o procedimento. Em casos de peles negras se deve utilizar clareadores e antioxidantes ao menos um mês antes de realizar a aplicação

Após ter feito o microagulhamento é natural que a pele apresente descamações, vermelhidão, ardor ou um leve inchaço, como a área manipulada manifesta certa sensibilidade é indicado que se use alguns cosméticos calmantes na pele, evite contato com água quente, não mexa no local, evite a exposição ao sol e sempre utilizar o filtro solar com fator maior do que 30, para que a pele não fique manchada.

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