ARTIGO: ESTUDO DO TRATAMENTO CUTÂNEO DE ESTRIAS PELA TÉCNICA DE MICROAGULHAMENTO
Por: Sabrina Theis0l9a í • 14/10/2020 • Artigo • 791 Palavras (4 Páginas) • 401 Visualizações
ARTIGO: ESTUDO DO TRATAMENTO CUTÂNEO DE ESTRIAS PELA TÉCNICA DE MICROAGULHAMENTO
A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo flexível e com poder de resistência, apresenta muitas funções: proteção, transpiração, pigmentação, nutrição, desenvolvimento dos tecidos córneos e defesa. A pele é constituída por tecidos da epiderme, derme e hipoderme. A presença de fibras elásticas no tecido confere a flexibilidade que varia conforme a região do corpo devido a variação da direção geral das fibras colágenas e elásticas da derme, sendo que as fibras colágenas conferem a estrutura do tecido e as de elastina a flexibilidade, que se apresentam entrelaçadas na derme.
As estriações cutâneas são formadas pela debilitação na espessura do tecido conectivo, as fibras elásticas com lesões recentes vão se apresentar estriadas e nas lesões antigas se fragmentam e concentram-se em locais isolados, obtendo assim uma depressão na textura da pele que se denomina estriações atróficas ou estrias. Inicialmente elas surgem como lesões vermelhas (rubras), possuindo uma coloração violácea e posteriormente evoluem para branca e atróficas.
As estrias são localizadas na derme (segunda camada de pele), causada pelo rompimento das fibras elásticas e colágenas que gera uma atrofia decorrente da diminuição na densidade da pele, pode aparecer em qualquer parte do corpo, com maior incidência o quadril, glúteo, abdômen, região sacrolombrar e mamas. As estrias não são ligadas às questões de saúde, entretanto podem causar desconforto estético ou até psicológico, o que explica a procura por tratamentos estéticos.
O microagulhamento é um procedimento estético e dermatológico com a finalidade de induzir a formação do colágeno através de micro lesões (múltiplas micropunturas) longas o suficiente para atingir a derme (1 a 3 mm) para que geram um processo inflamatório local e aumenta a proliferação celular, aumentando o metabolismo celular e a síntese de elastina, colágeno e outras substâncias, proporcionando melhora na aparência de cicatrizes deprimidas, com resultados satisfatórios em estrias violáceas e estrias brancas. O tratamento não apresenta restrições e deve ser realizado em sessões consecutivas e com um intervalo de seis semanas entre uma sessão com essa técnica e outra pelo tempo para a constituição do colágeno, a quantidade de sessões dependera da avaliação do profissional e da escolha da injuria a ser provocada, podendo ser uma injuria moderada (1,5mm), onde será necessário maior número de sessões e uma injuria profunda (2,5mm) os resultados são evidentes com poucas sessões, na técnica o rolo é passado de 15 à 20 vezes na pele horizontal, na vertical de na diagonal por cerca de 15 a 20 minutos por região/sessão. Recomenda-se o preparo com tretinoina e clareadores por pelo menos 1 mês antes da intervenção, devido que áreas corporais estão sujeitas a hiperpigmentação quando comparadas a face e após 24 horas é indicado utilização de um bálsamo regenerador até a repitelização.
O microagulhamento causa uma lesão pelas agulhas, iniciando um processo inflamatório de cicatrização que possui três fases: injúria, cicatrização, maturação e reparo. Na 1ª fase ocorre a liberação de plaquetas e neutrófilos, que são responsáveis pela liberação de fatores de crescimento com ação nos queratinócitos e os fibroblastos, na 2ª fase ocorre angiogênese, epitelização, proliferação de fibroblastos, produção de colágeno III, elastina, glicosaminiglicanas, proteoglicanas, formação da matriz fibronectina com depósito de colágeno logo abaixo da camada basal da epiderme, já na 3ª fase o colágeno III é substituido pelo colágeno I.
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