O PPC DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Por: gipiresr • 17/8/2022 • Trabalho acadêmico • 3.004 Palavras (13 Páginas) • 131 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CAMPUS CHÁCARA SANTO ANTÔNIO
PPC DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PROF° FLÁVIA FLEITAS
SÃO PAULO
2020
SUMÁRIO
1. PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ……….…………………..………...…01
2. ARTIGOS CIENTÍFICOS E AGENDA 21………………………………...………….04
3. VÍDEOS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL……………………………………..………...07
4. BIBLIOGRAFIA…………………………………………………………………....……10
1. PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Mudança nos padrões de consumo
Grande parte dos problemas ambientais são gerados pelo desenvolvimento que não considera a correlação entre recursos naturais e sociais, entre os principais problemas está o atual padrão de consumo, que por sua vez pode ser representado por dois grandes problemas, aparentemente distintos, porém gerados pelo mesmo motivo a desigualdade no sistema de consumo, estes problemas são superconsumo e subconsumo.
Sendo o superconsumo gerado pelo aumento constante da demanda de novos produtos, causada pela obsolescência programada, ou seja, produtos feitos para serem obsoletos em um curto intervalo de tempo obrigando o usuário a trocá-lo pro um novo modelo, seja pela obsolescência programada, ou pela demanda auto imposta pela sociedade de a cada ano descartar algo e trocá-lo por sua nova versão, como consequência do superconsumo, os recursos ambientais são extraídos em uma velocidade maior do que o planeta é capaz de suportar.
Em contrapartida o subconsumo se torna um problema, devido à pressão causada em países ou indivíduos que sofrem de pobreza e falta de infraestrutura, pois sem os recursos básicos para suprir sua necessidade, essas pessoas passam a tomar decisões visando sua atual condição, sem levar em consideração os impactos negativos que podem gerar a longo-prazo. No Brasil 167 mil pessoas são obrigadas a trabalhar por salários que nem sequer custeiam sua sobrevivência ou para pagar dívidas adquiridas com o patrão. Mais da metade da população da África subsaariana sobrevive com menos de um dólar por dia, levando assim agricultores menos privilegiados a queimarem a vegetação nativa para plantio, ampliando assim o processo de desertificação.
Com base nos padrões de consumo vigentes, aproximadamente na metade do ano atingimos a capacidade sustentável da extração de recursos, sendo assim todo o material produzido após esse período gera sobrecarga no meio ambiente, pois o planeta não e capaz de restaurar seus recursos tendo em vista os recursos que podem ser restaurados, pois muitos destes recursos extraídos não são renováveis como o lítio ou o ferro, além da extração de recursos, este processo também gera grande quantidade de poluição e resíduos que contaminam o solo, água, vegetação e o ar.
Quando espécies sofrem risco de extinção ou áreas são desmatadas e fácil notarmos os impactos causados pelo ¨progresso¨ porém recursos menos visíveis também sofrem do desgaste ambiental, como energia, água e matéria prima que em circunstâncias normais passam despercebidas e também são necessárias para fazer os produtos que consumimos diariamente.
O que leva a pergunta, existe consumo consciente? Sim, porém para tanto e necessário uma reeducação completa com relação aos padrões de consumo individuais e industriais, com o objetivo de gerar a ¨humanização do consumo¨, que implica na transformação do capitalismo, criando cidadãos e empresas conscientes dos problemas ambientais causados por suas ações, já que apenas assim teremos o desenvolvimento realmente sustentável.
Esta não é uma tarefa simples, pois é necessário atenção constante a diversos fatos, por exemplo, como empresas devem agir em relação as dimensões culturais, sociais e ambientais em sua produção e gestão, e qual o papel do consumidor nisso, ou quais são as necessidades básicas e produtos essenciais para condições de vida adequada.
PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL E AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL
Ao final da II guerra mundial surge um intenso processo de desenvolvimento mundial, as altas taxas de crescimento econômico geram um ciclo que dura até meados da década de 70. Esse período foi encabeçado pelos Estados Unidos, Japão e nações europeias que foram reconstruídas após a guerra e visavam retomar sua economia.
A agricultura encontrou nesta época um ambiente altamente receptivo entre estas nações, visto que os avanços tecnológicos da época possibilitaram diversas melhorias para o setor, tornando o desenvolvimento agrícola e rural um aspecto secundário do desenvolvimento, visto que para a indústria a agricultura tem a função de fornecer matéria prima, mercado consumidor e força de trabalho barata.
O conceito de ¨desenvolvimento sustentável¨ principalmente relacionado a área rural, surge a partir da inadequação econômica, social e ambiental causada pelo modelo de desenvolvimento agrário atual. Sendo que esta noção surge da percepção da finitude dos recursos naturais e da desigualdade social causada pelo padrão de desenvolvimento empregado na maioria dos países.
Como consequência do modelo ¨convencional¨ de agricultura estão problemas ambientais como degradação das florestas tropicais e da biodiversidade, erosão e degradação dos solos agrícolas, à poluição e esgotamento dos recursos naturais, não renováveis, entre outros. Porém é na eficiência energética que encontramos seu maior problema, pois as altas demandas de energia deste setor geram um impacto ambiental absurdo, se fazendo necessário à utilização de materiais não renováveis. Um fato que demonstra o impacto ambiental deste modelo é, o sistema agrícola convencional que necessita de 0,9 kcal para produzir 1 kg de produto final enquanto sistemas alternativos obtém o mesmo produto consumindo apenas 0,38 kcal, deste modo tendo uma demanda energética 2,3 vezes menor.
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