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O Plano de Ação Nacional para a Conservação da Onça-Pintada

Por:   •  3/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.614 Palavras (7 Páginas)  •  214 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA
ZOOLOGIA DE CHORDATA II

NOME: AMANDA BRANDT BESCHORNER (00235587)

  1. Aves e Mamíferos desenvolveram mecanismos que lhes permitem evitar e resistir ao frio. Quais as adaptações que os dois grupos possuem para evitar e resistir ao frio? Quais as estratégias comuns aos dois grupos e quais são mais características de apenas um deles? Complete a sua resposta com exemplos e explique o processo envolvido para cada adaptação.

AVES

MAMÍFEROS

  1. Aumento da produção de calor (taxa metabólica)

  • Termogênese com tremor (contrações musculares involuntárias) - Os músculos agonistas e antagonistas contraem simultaneamente, não havendo movimento nem a produção de força muscular. A contração destes músculos quebra ATP, liberando energia na forma de calor.
  • Termogênese sem tremor (gordura marrom) - Consiste na metabolização das reservas de gordura, liberando energia.
  1. Perda de coloração: adquirem coloração branca.
  1. Agrupamento: animais se mantém próximos para evitar a perda de calor.
  1. Penas: auxiliam no voo e evitam perda de calor.
  1. Pelos: evitam perda de calor e espécies aquáticas tem pelos impermeáveis.
  1. Espessamento da camada de gordura. Ex.: focas, baleias.
  1. Estados metabólicos especializados Hipotermia controlada:
  • Dormência: é uma redução na atividade corporal acompanhada de redução na taxa metabólica. Pode ser classificada em sono, torpor, hibernação, sono de inverno e estivação.
  • Sono: a temperatura corporal diminui um pouco devido à redução no ponto de ajuste do termostato hipotalâmico. Cada animal tem um ciclo de sono – vigília característico.
  • Torpor: Período de inatividade, acompanhado de queda mais acentuada tanto na taxa metabólica como na temperatura. Ocorre em qualquer estação do ano. Pequenos endotermos, que possuem taxas metabólicas muito altas, entram em torpor quando não estão se alimentando, como o beija flor e alguns roedores.
  • Hibernação: Período de torpor mais prolongado podendo estender - se por semanas ou meses.  O animal somente desenvolve sono de ondas lentas. A queda na temperatura é muito grande pois, o termostato hipotalâmico mantém um ponto de ajuste mais baixo. O animal pode despertar periodicamente para urinar ou defecar. Ex.: esquilo.
  • Sono de inverno: Os ursos não hibernam, eles dormem muito durante o inverno, fenômeno conhecido como “sono de inverno”. A sua temperatura diminui apenas alguns graus. Eles podem acordar a qualquer momento. Os filhotes nascem e são amamentados durante o inverno sem que a fêmea saia de seu abrigo para se alimentar, pois ela estoca grande quantidade de energia.
  1. Algumas aves, como o ganso Anser indicus, migram pelo Himalaia, voando em altitudes de 9.200 m. Considere que: (1) a taxa de difusão de um gás entre o ar nos pulmões e o sangue nos capilares pulmonares, ou vice-versa, é determinada pela diferença nas pressões parciais do gás no sangue e pulmões e (2) a 7.700 m de altitude a pressão parcial do oxigênio é de 59 torr, enquanto nos pulmões é de 49 torr. Agora explique, em termos da ventilação pulmonar e dos mecanismos de troca gasosa nos pulmões, como as aves conseguem manter atividades energeticamente dispendiosas em altitudes elevadas.

O pulmão da ave é rígido e está localizado na região torácica do animal. A traqueia é dividida em brônquios, os quais se ramificam em tubos finos denominados parabrônquios e parabronquíolos onde existem capilares sanguíneos. As trocas gasosas ocorrem quando o oxigênio passa por esses capilares.

        Os sacos aéreos se encontram após alguns brônquios secundários e podem estar presentes tanto na região posterior quanto na região anterior da ave. Esses sacos servem para ventilação de ar para os pulmões e garante à ave, além de oxigênio em fluxo constante, a diminuição do peso específico do animal, garantindo o voo. Os sacos aéreos também tem função de manter a o corpo do animal refrigerado, já que o gasto de energia durante o voo é muito alto. O calor liberado durante esse processo é absorvido pelo ar frio dos sacos aéreos e a traqueia os elimina.

Para voar em altas altitudes é necessária uma grande eficiência na respiração. Para tanto, a movimentação contínua de ar pelos parabrônquios diminui a perda de ar e aumenta a eficiência da ventilação. O sangue que é trazido pelos capilares sanguíneos flui na direção contrária ao ar que flui nos parabrônquios e capilares aéreos para potencializar as trocas gasosas.  As traquéias e os sacos aéreos permitem grande volume de fluxo (ar que circula a cada inspiração).

Todas essas estratégias permitem que haja alta demanda metabólica durante o vôo, um sistema respiratório de peso menor e melhor aproveitamento do ar em baixa oxigenação, em altas altitudes.

  1. As aves podem modificar a área das asas por meio modificações na posição das penas. Porém, as modificações mais significativas da estrutura da asa ocorreram ao longo do processo evolutivo. Por conveniência, reconhecemos quatro tipos estruturais/funcionais de asas, a saber: (1) “asa elíptica”, (2) “asa de alta velocidade”, (3) “asa de elevado coeficiente de proporcionalidade” e (4) “asa de grande sustentação ou ascensão”. Esses quatro tipos correspondem a diferentes balanços entre velocidade, gasto de energia e manobrabilidade do voo. Elabore um quadro comparativo desses quatro tipos de asa quanto a: (1) forma geral, (2) coeficiente de proporcionalidade ou alongamento, (3) carga da asa, (4) disposição das penas primárias, (5) velocidade do voo, (6) gasto de energia, (7) manobrabilidade e (8) comprimento relativo dos elementos proximal, mediano e distal dos ossos das asas. Cite ainda exemplos de aves que possuem cada um dos tipos mencionados.

Asa elíptica

Asa de alta velocidade

Asa Planadora (asa de elevado coeficiente de proporcionalidade)

Asa de grande sustentação ou ascensão

Forma geral

Curtas, largas e adaptadas para decolagens rápidas e vigorosas. São arqueadas e possuem fendas

Perfil achatado, pouco arqueado, sem fendas.

Longa, pouco arqueada, estreita e sem fendas.

Um pouco mais longa que o tipo elíptico, com fendas e largas.

Coeficiente de proporcionalidade ou alongamento

Baixo

Alto

Alto

Intermediário entre o elíptico e  de planeio.

Carga da asa

Baixa

Alta

Alta

Baixa

Disposição das penas primárias

Contínuas, com profundas fendas e mais estreitas.

Longas, esparsas e com fendas.

Estreitas, contínuas, longas, sem fendas.

Largas, esparsas, não tão longas quanto as aves planadoras e com profundas fendas.

Velocidade do voo

Baixo, porém pode ser alto apenas em curtas distâncias.

Alta

Alta

Baixa

Gasto de energia

Alto

Alto

Baixo

Baixo

Manobrabilidade

Rápidas mudanças de velocidade, aterrissagem e decolagem, além

de rápidas mudanças de direção

Podem mudar a trajetória do seu vôo a qualquer momento, possibilitando sucesso na captura de presas e a sua própria fuga dos inimigos naturais.

Alta eficiência aerodinâmica de todas

As asas das aves, mas são menos manobráveis.

Respostas sensíveis para manobrar frente às inconstantes

correntes de ar sobre a terra

Comprimento relativo dos elementos proximal, mediano e distal dos ossos das asas.

Ossos da mão são mais longos que o braço e o antebraço juntos.

Antebraço é mais longo que a mão e o braço.

O úmero ou braço é o segmento mais longo.

Antebraço é mais longo que a mão e o braço.

Exemplos

Pássaros, pica-pau e nos pombos

Falcões e Andorinhas

Albatrozes

Urubus

...

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