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O TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SUINOCULTURA

Por:   •  4/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  5.782 Palavras (24 Páginas)  •  226 Visualizações

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PIM V – GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, EFLUENTE E EMISSÕES.

SERRA

2019

TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SUINOCULTURA

“Setor de Terminação”

Trabalho PIM V elaborado como requisito parcial para aprovação da Disciplina de Gestão de Resíduos Sólidos, Efluentes e Emissões do curso de Gestão Ambiental oferecido pela Universidade Paulista - UNIP.

Aluno: George Santos Sarter

Professora:

SERRA

2019

SUMÁRIO

1- CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE 4

2- MEMORIAL DE CÁLCULO 5

2.1- Tratamento Preliminar 6

2.1.1- Cálculo de GRADE: 6

2.1.2- Cálculo da CAIXA DE AREIA: 7

2.2- Biodigestor 8

2.3- Fertirrigação 10

3- MEMORIAL DESCRITIVO 11

3.1 - Observações em relação aos cuidados com os dejetos 12

3.2 – Observações em relação à Legislação de Dejetos 12

3.3- Manejo de dejetos e impacto ambiental 13

3.3.1- Contaminação do solo 14

3.3.2- Contaminação da água 14

3.4- Recuperação de energia na forma de biogás 15

3.4.1- Bactérias Envolvidas nas Etapas da Produção de Biogás 16

3.4.2- Bactérias Metanogênicas 17

3.5- Função do Biodigestor 18

3.5.1- Biodigestor a ser utilizado no setor Terminação para descarga de dejetos de 400 animais: Tubular 18

3.5.2- Tipos de Biodigestores 20

4- ORÇAMENTO 21

4.1- Materiais utilizados na construção de um Biodigestor 21

5- FERTIRRIGAÇÃO 21

6- CONCLUSÃO 23

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24

1- CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE

A suinocultura no Brasil, segundo o IBGE (1983), é uma atividade predominantemente desenvolvida por pequenas propriedades rurais. Cerca de 81,7% dos suínos são criados em unidades de até 100 hectares (ha). Essa atividade se encontra presente em 46,5% das 5,8 milhões de propriedades existentes no país, empregando mão-de-obra tipicamente familiar e constituindo uma importante fonte de renda e de estabilidade social.

O Brasil é o país do mundo que as melhores condições para aumentar o plantel de suínos, dentre eles o clima tropical, mão-de-obra de baixo custo, facilidade para manejo e tratamento de dejetos pelas grandes dimensões territoriais e topografia plana, grande produção de grãos (milho e soja), dentre outros.

A produção de dejetos suínos, até meados da década de 70, não representava um fator muito preocupante, uma vez que a concentração de animais era relativamente pequena e o solo das propriedades suinocultoras tinha capacidade para absorver o volume de dejetos produzidos até aquela data, sendo que parte da produção era utilizada na forma de adubo orgânico.

O Brasil tem condições de aumentar as exportações de carne suína que foi aproximadamente 500 mil toneladas em 2003, sendo a grande maioria para a Rússia. E aumentar também o consumo interno que é apenas de aproximadamente 14 kg/hab/ano, muito distante de países europeus que chegam a 60 kg/hab/ano.

A carne suína é a mais consumida no mundo e que os países europeus, bem como os Estados Unidos, tem como tendência reduzir o plantel em virtude de problemas ambientais e altos custos de produção, (SARTOR et al. 2004).

A atividade suinícola vem ganhando espaço no mercado de consumidor, devido ao alto melhoramento genético, melhorias na nutrição e ambiência. Nas zonas intensivas de produção, a suinocultura possui uma importância econômica, social e cutural, porém é considerada uma atividade com baixa qualidade ambiental, face ao elevado número de contaminantes gerados pelos seus efluentes, o que pode representar importante fonte de degradação do ar, dos recursos hídricos e do solo, (FERREIRA, 2012).

Em termos de criações confinadas, este segmento está em constante crescimento dentro da suinocultura, visando produtividade para atender o mercado consumidor de carne e derivados. Desta forma, se a intensidade de produção é alta conseqüentemente a carga poluidora da atividade será elevada, então se torna viável empregar uma tecnologia mais apurada no tratamento de dejetos desta atividade.

No decorrer dos anos, os criadores vêm intensificando suas técnicas de manejo, mudando-as gradualmente do sistema de criação extensivo para o sistema intensivo, procurando melhorar o controle sanitário, a eficiência da mão-de-obra e o desempenho dos animais. Com isso eliminaram-se as opções de busca, por parte dos animais, de um ambiente mais propício ao seu bem-estar. Nesse sentido, as instalações apresentam um papel fundamental no desempenho dos animais, (SARTOR et al. 2004).

Segundo Ferreira (2012), dando destaque ao tratamento de dejetos os principais constituintes dos dejetos suínos que afetam as águas superficiais são matéria orgânica, nutrientes, bactérias fecais e sedimentos. Além desses fatores as emissões de gases originados pelos dejetos podem causar entre outros agravantes, prejuízos nas vias respiratórias do homem e dos animais, bem como a formação de chuva ácida por meio de descargas de amônia na atmosfera além de contribuírem para o aquecimento global. Considerando que o escoamento desses dejetos com um fim legal pode gerar resultados positivos principalmente na aplicação de dejetos em lavouras e pastagens onde é utilizado como fonte de nutrientes, sendo importante na ciclagem dos mesmos dentro das próprias unidades de produção.

Portanto, deve haver em qualquer suinocultura o conhecimento e domínio de uma legislação e a elaboração correta do projeto

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