O processo saúde doença
Por: mmds53 • 7/9/2017 • Resenha • 1.817 Palavras (8 Páginas) • 994 Visualizações
COLÉGIO ESTADUAL PAULO LEMINSKI
O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE
CURITIBA 2017
COLÉGIO ESTADUAL PAULO LEMINSKI
TST – 2D
ANDRIELLEN FARIAS
MARCIO MARQUES
OSCAR ANTONIO DE FARIAS
TIAGO JUNG
LILIAN
O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE
Resenha do texto “O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE” de SILVA,Jorge Luiz Lima da
CURITIBA 2017
O conceito de saúde-doença evoluiu através dos tempos. Antes da Revolução Industrial, em função do tipo de atividade desenvolvida pelo trabalhador, que era essencialmente artesanal, a doença laboral acometia ao trabalhador porém era entendida como doença natural, causada por fatores naturais.
A Revolução Industrial foi um “divisor de águas”, pois a reunião de muitos trabalhadores em locais insalubres e impróprios, sem infraestrutura nos locais de trabalho e nas moradias, com foco apenas na produção impondo um regime semiescravo e sem respeito à vida ou a sua preservação, fez com que a elevação dos níveis de doença e morte chegassem a números absurdos.
Após a Revolução Industrial a microbiologia avança e é possível entender que muitas das patologias existentes no ambiente de trabalho eram originárias do próprio ambiente de trabalho e das condições a que estavam expostos os trabalhadores.
Na passagem do século anterior para o atual aumentou a atenção sobre os trabalhadores, com o uso das novas tecnologias, com a otimização dos gastos e com a necessidade de garantir e aumentar a qualidade, passou-se a ver o ser como um ser e não como uma máquina, como mais um insumo, uma matéria-prima facilmente substituível quando apresenta não conformidade ou algum “defeito”. O atendimento e o cuidado com o trabalhador passou a ser mais humanizado.
Atualmente a entendimento é de “Homem Integral”, onde o sujeito é parte da totalidade, compõe e é composto pelo meio, influencia e é influenciado pelas relações que estabelece com o outro, com o espaço e tempo em que está inserido.
No modelo atual, que ainda está em desenvolvimento, “a saúde não é só a falta de doença”, mas uma somatória de fatores Biopsicossociais onde percebe-se que o indivíduo tem que estar em equilíbrio não só em relação as variáveis pessoais como também com o meio.
Antigamente o sujeito era identificado e rotulado com a doença que se manifestava, ele “era” a tal doença – fulano é asmático, é anêmico, é leproso – hoje o entendimento é de que o sujeito “está” com determinada doença, assim abrindo caminho para um tratamento pontual e individualizado e, firmando relação entre quem cuida e quem é cuidado.
É certo de que o conhecimento liberta e na área da saúde muitos, pelo conhecimento, vem se libertando de rótulos e auto administrando suas vidas para alcançar melhor saúde e fazendo enfrentamento consciente quando acometidos de uma disfunção. A máxima “o corpo fala e devemos aprender a ouvi-lo” está se consolidando cada vez mais, motivando as pessoas ao autoconhecimento físico e mental. A Carta de Ottawa faz referência explicita a esse respeito.
Construir diretrizes que norteiem a ampliem o novo conceito de saúde e qualidade de vida é um trabalho muito complexo que vem sendo discutido e trabalhado por especialistas de diversas áreas. A OMS (Organização Mundial de Saúde) indica três dimensões que influenciam a criação de mentalidade:
- particularidades e características únicas de cada um;
- características e “produto” de grupos homogêneos e heterogêneos e;
- situações positivas e negativas determinantes;
Aspectos que tem desdobramentos que só poderão ser trabalhados considerando todo o cenário e não só uma parcela isolada.
Cada indivíduo vê, compreende e relaciona-se com o mundo que ele próprio criou, em função do texto e contexto, da cultura predominante. Sendo assim os mesmos elementos de disfunção são vistos e trabalhados por uns de maneira diferenciada do que são para outros, apesar de que tais disfunções são idênticas a nível Biológico. Dependendo da conjunção própria de cada cultura as mesmas “perguntas’ tem “respostas” diferentes. O que pode representar uma doença e um grande problema para uns, pode ser entendida como apenas uma fase passível de superação para outros. Muitos podem viver e conviver com a doença, mas não suportam o diagnóstico, o que faz com que “disparem” mecanismos biológicos que afetam o bem estar e podem levar a óbito.
No processo de tratamento de doenças e construção de bem estar é necessária uma equipe multidisciplinar que avalie e trabalhe os vários aspectos que compõem a complexidade de um ser. Basicamente em todo o tratamento existem três personagens: o adoentado, o médico e a doença com suas múltiplas causas. O médico ao combater a doença necessita ao seu lado a participação do adoentado, assim são dois contra um – médico e medicado X doença. Se caso o sujeito acometido pela doença estiver ao lado da doença – medicado e doença X médico – a equação fica mais difícil de ser solucionada, pois quem está adoentado incorpora a doença a si e a medicina, por mais adiantada que esteja, luta uma luta desigual.
A medicina já se deu conta de que é necessário “preparar e limpar o terreno antes de plantar” para que possa colher bons resultados. Ensinar a promoção da saúde é mais difícil que estimular e desenvolver uma educação em saúde já consolidada e, para isso é preciso esclarecer e tratar o sujeito como autor, ator e portador da cultura e considerar as abordagens em suas complexidades.
Resumo da “Carta de Ottawa”
Objetivando orientações para a promoção da saúde para todos a “Carta de Ottawa” é uma resposta a demanda por diretrizes que sejam capazes de atender as necessidades atuais em países industrializados e em todas as outras regiões emergentes do planeta.
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