Obstáculos da doação de Sangue no Brasil
Por: oliveirasludmila • 17/8/2017 • Artigo • 361 Palavras (2 Páginas) • 609 Visualizações
Os obstáculos da doação de sangue no Brasil
Os brasileiros são conhecidos mundialmente pelo seu acolhimento com estrangeiros, no entanto, os mesmos são menos solidários com seus semelhantes quando o assunto é a doação de sangue. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 98,2% dos brasileiros não praticam o ato, ocasionando a falta de sangue nos hemocentros nacionais, seja por: apreensão à estigmas culturais, restrições do Ministério da Saúde e/ou até mesmo a insuficiência de informações transmitidas socialmente, levando à perda de milhões de litros de sangue anualmente.
Historicamente no Brasil, a hemoterapia era vista como "empreendimento" por um grande número de pessoas nas décadas de 70 e 80, uma vez que, a principal forma de doação era a remunerada. Desse modo, esse período resultou com que muitas pessoas doassem mais de uma vez no período permitido, além de omitirem informações epidemiológicas, influenciando a proliferação de doenças como o HIV. Em consequência disso, persiste atualmente dentre a população brasileira o receio de adquirir complicações por intermédio da transfusão de sangue.
Outra resistência consiste nas normas e restrições do Ministério da saúde, nas quais uma delas veta a doação sanguínea de pessoas que tem relações homo afetiva no período de 12 meses anteriores a transfusão, que de acordo com o órgão, a proibição está fundamentada em dados epidemiológicos. Entretanto, ativistas dos direitos LGBT consideram a norma discriminatória, e para mais é levado em conta a perda de mais de 18 milhões de litros de sangue por ano segundo o IBGE.
Destarte, depreende-se que raiz histórica intervém na atualidade cultural e social de um país, assim, é exequível que projetos educacionais de informação a respeito da doação de sangue, sejam elaborados pelo ministério da educação, tornando obrigatório o debate em matérias especificas, tais como: Sociologia e Filosofia, afim de quebrar preconcepções e estigmas já existentes. Além disso, é necessário que aja também uma discussão a sobre o tema entre o Governo, a ANVISA e o Ministério da Saúde para a compreensão e adequação da norma para os homossexuais considerada discriminatória.
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