PLANO DE LABORATÓRIO DE BOTÂNICA
Por: Eudson Marques • 25/10/2018 • Trabalho acadêmico • 3.930 Palavras (16 Páginas) • 225 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
INSTRUMENTALIZAÇÃO PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS III
PLANO DE LABORATÓRIO DE BOTÂNICA
PLANO DE AULA TEÓRICA/PRÁTICA
EUDSON ALMEIDA TEIXEIRA MARQUES
FORTALEZA
JUNHO - 2015
INTRODUÇÃO
O manguezal é um ecossistema costeiro sujeito ao regime de marés, que se desenvolve em áreas abrigadas como estuários, baías e lagunas. As florestas de mangue se distribuem nas regiões tropicais e subtropicais do globo estendendo-se entre as latitudes 30°N e 30°S, tendo ocorrência nas regiões de interface mar-continente (Giri et al., 2011). Os manguezais exibem baixa riqueza de espécies, já que se trata de um ambiente altamente estressante. No mundo são conhecidas aproximadamente 56 espécies de mangue, distribuídas em 13 famílias e 20 gêneros (Duke, 1992). Diversos fatores podem ser responsáveis pela diferença na riqueza de espécies em diferentes manguezais, dentre eles a influência da amplitude de marés, a emperatura média, a precipitação anual, a variação de precipitação e a frequência de ciclones tropicais (Smith e Duke, 1987). Porém nem sempre esses fatores influenciam o padrão de riqueza de espécies (Robertson e Alongi, 1992), já que os parâmetros ambientais que governam a distribuição e a riqueza de espécies variam entre os diferentes locais. As principais espécies que compõem o manguezal são plantas lenhosas do tipo halófitas facultativas. Plantas halófitas são capazes de conviver com a entrada de sal através das raízes, porém necessitam eliminar ou diluir o excesso de sal em nível de folhas. A vegetação de mangue apresenta adaptações também quanto a sua reprodução, já que muitas espécies apresentam viviparidade. Neste caso a semente germina ainda presa à planta mãe, produzindo propágulos que acumulam grande quantidade de reservas nutritivas. Após se desprenderem da planta mãe, os propágulos podem flutuar por longos períodos até encontrarem local adequado para sua fixação (Schaeffer-Novelli, 1995).
Dentre os biomas brasileiros, a Caatinga é, provavelmente, o mais desvalorizado e mal conhecido botanicamente. Esta situação é decorrente de uma crença injustificada, e que não deve ser mais aceita, de que a Caatinga é o resultado da modificação de uma outra formação vegetal, estando associada a uma diversidade muito baixa de plantas, sem espécies endêmicas e altamente modificada pelas ações antrópicas. Apesar de estar, realmente, bastante alterada, especialmente nas terras mais baixas, a Caatinga contém uma grande variedade de tipos vegetacionais, com elevado número de espécies e também remanescentes de vegetação ainda bem preservada, que incluem um número expressivo de táxons raros e endêmicos. Caatinga, tem se destacado por conter uma grande diversidade de espécies vegetais, muitas das quais endêmicas ao bioma, e outras que podem exemplificar relações biogeográficas que ajudam a esclarecer a dinâmica histórica vegetacional da própria Caatinga e de todo o leste da América do Sul. Caatinga é o tipo de vegetação que cobre a maior parte da área com clima semi-árido da região Nordeste do Brasil. Naturalmente, as plantas não têm características uniformes nesta vasta área, mas cada uma destas características, e as dos fatores ambientais que as afetam, são distribuídas de tal modo que suas áreas de ocorrência têm um grau de sobreposição razoável. Isto permite identificar áreas nucleares, onde um número maior das características consideradas básicas se sobrepõem, e áreas marginais, onde esse número vai diminuindo, até chegar-se aos limites com as áreas onde as características das plantas e do meio definem outro tipo de vegetação (bioma).
Nas aulas de campo realizadas no Centro de Estudos em Aquicultura Costeira (CEAC) e na fazenda da Universidade Federal do Ceará na cidade de Pentecoste foram analisadas espécies pertencentes a esses dois tipos de vegetação com o objetivo de caracterizá-las de acordo com sua riqueza, abundância e distribuição.
MATERIAIS E MÉTODOS
Durante a atividade de campo, tanto no CEAC como em Pentecoste, foram divididos grupos que se espalharam e adentraram a mata do local. Cada grupo formou quadrantes de dimensões de 2m x 2m e de 3m x 3m com auxílio de barbantes e fita métrica.
Os grupos eram orientados a não ficarem perto uns dos outros para evitar o registro de espécies iguais e de análises parecidas. As espécies vegetais eram registradas também através de fotos de câmeras digitais e celulares dos componentes de cada grupo.
Os grupos fizeram diversos registros nos seus respectivos cadernos de campo, anotando as famílias das espécies vegetais encontradas e suas características, assim como a suas respectivas riquezas, distribuições e abundância. Também foram registras a temperatura de cada quadrante com um termômetro, assim como suas respectivas posições geográficas com o auxílio de um GPS.
RESULTADOS
As análises realizadas mostraram espécies que possuem características diversas e que também diferem em suas respectivas riquezas, distribuições e na abundância.
Foram escolhidas cinco espécies vegetais encontradas no CEAC para serem mostradas algumas informações acerca delas (Tabela 1), assim como também foram escolhidas cinco espécies vegetais presente na fazenda em Pentecoste para que algumas informações também sejam mostradas (Tabela 2).
Algumas características também foram registradas e expostas, e também se dividem nas cinco espécies escolhidas no CEAC (Tabela 3) e nas cinco espécies escolhidas de Pentecoste (Tabela 4).
Tabela 1 - Nome específico, popular, família e ambiente de cinco espécies do CEAC.
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ESPÉCIE NOME POPULAR FAMÍLIA AMBIENTE OBSERVADO[pic 3]
Erythroxylum Fruta-de-pombo Erythroxylaceae Terreno coberto por folhas e de
revolutum Fruta-de-Juriti temperatura alta.[pic 4]
Solanum Jurubeba Solanaceae Terreno coberto por folhas e
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