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Plano de Manejo do Pirarucu (Arapaima sp.)

Por:   •  12/4/2017  •  Resenha  •  750 Palavras (3 Páginas)  •  443 Visualizações

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Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS

Manejo de Populações – 2017/1

Amanda Cristina Rödde

Michel Sebben da Silva

Renata Harksen

Plano de Manejo do Pirarucu (Arapaima sp.)

O pirarucu é um peixe do gênero Arapaima. Seu nome popular tem origem indígena, onde ‘pira’ significa peixe e ‘urucu’ significa vermelho, por conta de sua cauda de coloração vermelha. O pirarucu possui tamanho relativamente grande o que torna seu alto valor comercial e sua carne é bem apreciada em grandes centros urbanos. Com o aumento da comercialização, a pesca se tornou predatória e consequentemente aumentou os riscos de extinção desta espécie.

Os objetivos deste trabalho são: conhecer a ecologia da espécie e distribuição geográfica no estado do Amazonas, entender os tipos de ameaça à conservação da espécie Pirarucu e conhecer planos de manejo para conservação.

O pirarucu possui dois aparelhos respiratórios: brânquias e bexiga natatória. Seu corpo possui formato cilíndrico, cabeça achatada e mandíbulas salientes e seus olhos possuem coloração amarelada com pupila azulada. Seu comprimento é de 2 a 3 metros, pesando de 100 a 200 kg, caracterizando-o como um dos maiores peixes de água doce do mundo. São onívoros, alimentando-se de peixes, frutas, anfíbios e vermes. Vivem em lagos e rios afluentes de águas claras de temperaturas que variam de 24° a 37°C e não vivem em rios de fortes correntezas ou águas com sedimentos. Sua reprodução se dá nos meses de abril a maio.

Neste trabalho, também abordaremos três Projetos de Manejo, denominados: Projeto Várzea, Projeto Mamirauá e Projetos Estruturantes da Amazônia: práticas de criação em cativeiro.

O Projeto Várzea foi criado em 1994, com o objetivo transformar os acordos comunitários de pesca na base de uma nova política de comanejo pesqueiro na gestão da pesca nos lagos de várzea. Este projeto teve como resultados o aumento da produtividade dos lagos manejados em 60%; incremento da produção sustentável do pirarucu, que aumentou em, no mínimo, 15 vezes nas comunidades e lagos participantes da iniciativa, sendo que a situação inicial do projeto era uma quase extinção local da espécie; e o aumento do capital social ocorrido nas comunidades em que o projeto foi desenvolvido. Também se constatou que os planos de manejo do pirarucu aumentaram a produção sustentável do recurso em, no mínimo, 15 vezes, os lagos manejados tiveram aumento de 60% em sua produtividade e mobilização resultou em políticas públicas que hoje atendem 11,3 mil famílias em nove municípios do Oeste do Pará.

Criado em 1998, o Instituto Mamirauá criou o Programa de Comercialização do Pescado, atual Programa de Manejo de Pesca, com o objetivo de promover a conservação dos recursos pesqueiros por meio do manejo participativo. Os sistemas de manejo foram implementados como medidas compensatórias às restrições previstas no Plano de Manejo da Reserva Mamirauá, com foco no envolvimento comunitário em todas as etapas do processo. O manejo participativo da pesca de pirarucus ajudou a aumentar em aproximadamente 447% o estoque natural da espécie, nas áreas manejadas da Reserva Mamirauá, além do incremento na renda dos pescadores da região.

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