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Por:   •  15/9/2014  •  2.057 Palavras (9 Páginas)  •  395 Visualizações

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A denominação de caverna é: abertura natural formada em rocha abaixo da superfície para a entrada do homem. Sendo está denominação adotada pela União Internacional de Espeleologia (UIS), órgão responsável pelas instituições nacionais de espeleologia.

“O termo caverna (do latim cavus, buraco), designa quaisquer cavidades naturais com dimensões que permitem acesso ao ser humano” (TEIXEIRA et all; 2000). Podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical em forma de galerias e salões. Ocorrem com maior frequência em terrenos formados por rochas sedimentares, mas também em rochas ígneas e metamórficas, além de geleiras e recifes de coral.

Segundo o Decreto N. 6.640, de 07/11/2008, “cavidade natural subterrânea é todo e qualquer espaço subterrâneo acessível pelo ser humano, com ou sem abertura identificada, popularmente conhecido como caverna, gruta, lapa, toca, abismo, furna ou buraco, incluindo seu ambiente, conteúdo mineral e hídrico, a fauna e a flora ali encontrados e o corpo rochoso onde os mesmos se inserem, desde que tenham sido formados por processos naturais, independentemente de suas dimensões ou tipo de rocha encaixante”.

Porém, pequenos dutos que conduzem a água podem também ser considerados cavernas.

Como cita o autor:

“As cavernas são componentes de complexos afloramentos rochosos denominados Carste. Nesses afloramentos a água compreende o principal agente modelador dos inúmeros tipos de feições. ” (GILBERT et all; 1994).

P. BRANCO (2013) também trata desse assunto afirmando que as cavernas, ou cavidades em rochas calcárias podem ser de vários tipos, conforme a topografia, comprimento e forma. Ele afirma que:

“Para alguns autores, as cavernas são aquelas cavidades naturais que possuam mais de 20 m de desenvolvimento horizontal, ou mais de 10 m de desenvolvimento vertical” (P.BRANCO;2013).

LINO trata da seguinte forma sobre a formação das cavernas:

“Elas são formadas por processos geológicos e químicos, como a erosão das rochas pela agua das chuvas, e dos rios, do vulcanismo e dos terremotos” (Lino C.F; 1989).

3 - ESPELEOLOGIA

A Espeleologia é a ciência que estuda as cavidades naturais e outros fenómenos cársticos, nas vertentes da sua formação, constituição, características físicas, formas de vida, e sua evolução ao longo do tempo. “Espeleologia é o estudo e a exploração das cavidades naturais subterrâneas” (MARRA;2001).

O termo espeleologia deriva do grego “spelaion” (caverna) e “logos” (estudo) e envolve áreas como geologia, geografia, arqueologia, biologia e antropologia” (BUENO, 2009).

Os homens pré-históricos não tinham casa para morar. Descobriram então que as cavernas e grutas podiam abrigá-los da chuva, do frio, do sol, bem como dos animais perigosos.

As cavernas possuem dois tipos de ambientes básicos: Meio epígeo: ambiente externo à caverna; Meio Hipógeo: o meio subterrâneo.

Os autores dividem o interior das cavernas afirmando o seguinte:

“O interior das cavernas pode ser dividido em zona de entrada, zona de penumbra e zona afótica” (Mohr e Poulson 1966, Poulson e White 1969).

Primeiro, a zona de entrada, situada próxima à abertura da caverna, na qual as características climáticas são semelhantes às do meio externo e onde os raios de luz incidem indiretamente. Depois, a zona de penumbra, que corresponde à região na qual a luz incide de forma indireta e as temperaturas começam a se tornar mais amenas, ao mesmo tempo em que a umidade aumenta. Por último, temos a zona afótica, caracterizada pela ausência de luz, baixas temperaturas e umidade relativa do ar próxima de 100%.

Os animais podem usar as cavernas como abrigo ou habitá-la durante toda a sua vida.

Segundo Holsinger e Culver (1998), os organismos cavernícolas podem ser classificados em três categorias:

• Trogloxenos: Animais que utilizam a caverna apenas para abrigo, reprodução ou alimentação, mas saem para realizar outras etapas de suas vidas. Todos os mamíferos cavernícolas podem ser classificados nesse grupo. Os principais trogloxenos são os morcegos. As espécies frutíferas também exercem um papel importante na alimentação das demais espécies, ao trazerem sementes e fragmentos de folhas em suas fezes (guano).

• Troglófilos: Animais que podem viver tanto dentro como fora da caverna, embora não possuam órgãos especializados. Essas espécies são suficientemente adaptadas para viver toda a sua vida dentro das cavernas, mas nada impede que vivam igualmente bem fora dela. Entre eles estão alguns crustáceos, aracnídeos e insetos.

• Troglóbios: Animais que se especializaram para a vida dentro das cavernas. A maioria não possui pigmentação e pode ter os olhos atrofiados ou mesmo ausentes.

Ao invés disso possuem longas e numerosas antenas ou órgãos olfativos muito sensíveis. Entre esses há diversos tipos de peixes, como o bagre-cego, insetos, crustáceos, anelídeos e aracnídeos.

4 – CADASTRO NACIONAL DE CAVERNAS

O Cadastro Nacional de Cavernas foi criado pela SBE - Sociedade Brasileira de Espeleologia, com o objetivo de compilar todas as informações disponíveis sobre as cavernas brasileiras. Atualmente, o CNC é uma ferramenta importante para pesquisas em diversas áreas e disponibilizado para estudos e projetos de preservação das cavernas e do meio ambiente.

A distribuição de cavernas por estados no Brasil se dá da seguinte forma:

• Minas Gerais: De longe, é o estado com maior número de cavernas cadastradas (1.846), representando aproximadamente 34% das cavernas do Brasil.

• Goiás: Em segundo lugar, é o estado com maior representatividade de números de cavernas no país, com 712 cavernas cadastradas, representando aproximadamente 13% das cavidades nacionais.

• São Paulo: Perto de Goiás, com 650 cavernas cadastradas, representa 12% das cavernas do país, sendo que neste estado encontra-se as maiores cavernas verticais (considerando desníveis médios).

• Bahia: Em quarto lugar, o estado baiano conta com mais de 600 cavernas, representando 11,5% das cavidades. As cavernas deste estado se destacam por serem as cavernas de maiores extensões médias,

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