Relatório Sobre A Atividade Da Enzima α-amílase Sobre Polissacarídeos

3. Os resultados obtidos estão de acordo com o esperado? Justifique.

Não, os resultados não estão de acordo com o que seria de esperar. O método permite identificar polissacarídeos insolúveis, como o amido, e não monómeros, como a glicose, ou proteínas, como a albumina sérica bovina (BSA).

Os tubos 4 de cada série representam o branco, logo não seria de esperar qualquer resultado positivo. Comparando todos os tubos com o branco (4), conclui-se que apenas os referidos na questão anterior são os positivos.

Na série A, apenas foi colocado o reagente de Schiff, e as quatro soluções mantiveram-se inalteradas, quando deveriam tomar a cor rosa, característica da fucsina do corante. Contudo, todos foram negativos, tal como esperado, uma vez que em solução não estariam grupos aldeído livres em número suficiente para que fossem detetados.

Na série B, foi colocado antes do Schiff, o ácido periódico (PA), o que fez com que todas as soluções ficassem rosa, exceto a 3 que ficou azul devido ao amido hidrolisado e separado em grupos aldeído livres, corados pelo Schiff. O PA quebra ligações 1,2-diol de glicose.

Na série C, antes do Shiff e do PA, foi adicionada α-amílase salivar humana, e os resultados foram semelhantes aos da série B. A α-amílase quebra o amido nas ligações α-(1,4)glicose, dividindo-o nos seus componentes, açucares simples, solúveis. O PA não oxida moléculas de baixo peso molecular, solúveis, e portanto não libertaria aldeídos, logo o teste deveria ter sido negativo em todas as soluções da última série. Possíveis causas para este resultado poderão ter sido o facto de a enzima não estar nas quantidades suficientes para quebrar todas as ligações presentes em solução, ou o próprio estado da mesma, que poderia estar comprometido devido, por exemplo, a questões relacionadas com o ião cálcio que a compõe, e que é essencial para a sua atividade e estabilidade.