Relatório de Aulas Práticas Anfíbios
Por: Luiza Pereira • 11/12/2015 • Trabalho acadêmico • 1.003 Palavras (5 Páginas) • 2.493 Visualizações
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Ciências Biológicas
Departamento de Ecologia e Zoologia
Zoologia de Vertebrados I - ECZ7015
Relatório de Aulas Práticas:
Anfíbios
Luiza Lese Pereira
Florianópolis, 07 de dezembro de 2015.
INTRODUÇÃO
A classe Amphibia compreende os animais que apresentam ciclo de vida duplo (amphi=ambos e bio=vida), ou seja, na fase larval (girino) são aquáticos e na fase adulta são terrestres. Surgiram no período Devoniano, há cerca de 350 milhões de anos. São vertebrados gnatostomados, tetrápodes e anamniotas.
Compreendem três subclasses: Labyrinthodontia, Lepospondyli e Lissamphibia, sendo as duas primeiras já extintas desde o período Permiano-Triássico.
Os Lissanfíbios são conhecidos como “anfíbios modernos”. São animais ectodérmicos - dependem do ambiente para regular sua temperatura interna - de pele lisa, úmida e sem escamas. Possuem glândulas de mucosa e de veneno na pele e realizam respiração cutânea, podendo ser branquial e/ou pulmonar, estando normalmente associados à ambientes úmidos. Geralmente passam de uma fase larval aquática para uma forma adulta terrestre por meio de metamorfose. Os ovos não apresentam membranas embrionárias. São compostos por três ordens: Anura (sapos, rãs e pererecas); Caudata (salamandras) e Gymnophiona (cecílias).
Anura é maior e mais conhecida ordem, com mais de 88% dos representantes de Lissanfíbios. Encontram-se em todos os continentes, exceto Antártica. São tetrápodes saltadores, com pernas posteriores maiores e mais fortes que as anteriores, de corpo curto – poucas vértebras e geralmente sem costelas e osso púbis -, sem cauda na fase adulta, geralmente com língua longa e pegajosa para captura de presas. Há uma enorme variedade de modos de reprodução, sendo a principal a fertilização externa. Os girinos são herbívoros e o aparecimento dos membros ocorre nos estágios tardios de seu desenvolvimento larval. Compreende 19 famílias.
A segunda maior ordem é a Caudata, com quase 700 espécies. Encontram-se normalmente no hemisfério norte, principalmente em ambientes temperados. A característica principal, que dá nome à ordem, é a presença de cauda tanto na fase larval quanto na adulta. Os membros possuem tamanho aproximado, formando ângulos retos com o corpo. A maioria dos adultos é terrestre, vivendo em ambientes úmidos. São predadoras principalmente de pequenos artrópodes. Outra característica importante é a fecundação interna, sem cópula, presente na maior parte das espécies. Compreende 9 famílias, sendo só 1 delas com representantes no Brasil.
Gymnophiona é a menor das ordens, com pouco mais de 200 espécies normalmente fossoriais ou aquáticas. Também é conhecida como Apoda, pois seus representantes não possuem membros. Possuem dobras dérmicas, tentáculos retráteis em cada lado da cabeça – quimiossensorial – e olhos reduzidos – fotorrecepção. Não apresentam escamas. Alimentam-se de presas subterrâneas, como cupins e formigas, e possuem fecundação interna, por um órgão denominado falodeu. Compreendem 10 famílias, todas tropicais.
Vídeo: Transição peixe-anfíbio
Em nossa primeira aula prática, o professor Alexandre passou dois vídeos mostrando a transição para o ambiente terrestre e surgimento dos tetrápodes. Um dos vídeos explicou como deve ser feita a fossilização de um animal, a fim de que futuramente os pesquisadores encontrem as evidências desejadas. O outro demonstra toda a transição peixe-tetrápodes ao longo dos anos.
Aula Prática 1: Caracterização de Anfíbios Modernos
Nesta aula, a turma foi dividida em dois grupos. Cada grupo recebeu algumas espécies de anfíbios modernos, peixes e répteis. Algumas características foram observadas e a partir dessa observação, montamos um cladograma. As principais características observadas foram a ausência de escamas em anfíbios, que se dividiam em três subgrupos: salamandras (com cauda), sapos (com patas saltatórias e sem cauda) e cecílias (sem patas); e presença de escamas nos grupos externos peixes e répteis. Outra característica importante é a perda das patas em cobras, também. Feito o cladograma, os grupos, junto ao professor, discutiram as características escolhidas e o posicionamento de cada subgrupo no cladograma.
Aula Prática 2: Vocalização de Anuros
Esta aula contou com Mestre Carol Angri, que fez uma introdução do conteúdo para a realização da prática. Após, os alunos se dividiram em três grupos, cada grupo com um notebook um programa contendo a vocalização de sete espécies diferentes. A partir disso, escolhemos um canto de cada espécie, determinando sua duração, o número de notas e a frequência dominante. O canto também foi descrito.
Nos gráficos abaixo, podemos observar a correlação do comprimento rosto-cloacal (CRC, em mm) e a duração do canto (em segundos) e frequência dominante (em Hz). Em geral, podemos verificar que os indivíduos maiores possuem tendência de apresentarem cantos mais demorados, enquanto os indivíduos menores apresentam uma frequência dominante maior.
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