Relatório de Pesquisa Plantas Alimentícias Não Convencionais
Por: Elaine Almeida • 22/5/2021 • Projeto de pesquisa • 1.184 Palavras (5 Páginas) • 287 Visualizações
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Relatório de Pesquisa
Plantas Alimentícias Não Convencionais
Amaranthus viridis L. (Caruru)
Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – UENF/CEDERJ
Atividade Final para Aula 1 - 2021/1
Disciplina: O Incrível Poder dos Seres Clorofilados
Nome: Elaine Gonçalves de Almeida
Polo: Itaocara - RJ
Matrícula: 16111020255
1. INTRODUÇÃO
As plantas alimentícias não convencionais (PANCs), um termo criado em 2008 pelo biólogo Valdely Ferreira Kinupp, são vegetais comestíveis que usualmente não são consumidos pela população e muitas vezes sem uso e identificadas como mato, praga ou erva daninha. Essas plantas não constituem um grupo homogêneo, como uma família de planta, portanto podem ser nativas quanto exóticas, ou ainda de produção espontânea ou cultivadas.
2. OBJETIVO
O objetivo desse relatório é obter informações de uma planta alimentícia não convencional, com pessoas idosas da região de Itaocara-RJ e que utilizam as folhas na alimentação, bem como quem é a planta, onde pode ser encontrada e como deve ser utilizada.
3. DADOS DA PESQUISA
A pesquisa foi realizada com três pessoas que moram na zona rural na margem do rio Paraíba do Sul no município de Cantagalo. São eles: senhor Sergio Pereira, 73 anos a senhora Vânia Cardoso, 64 anos e senhora Maria Helena, 75 anos.
A pesquisa foi realizada em 4 dias com duração de aproximadamente 4 horas com cada entrevistado. Em conversa informal com cada um dos entrevistados, foram questionados sobre o conhecimento de plantas que às vezes são consideradas como mato, mas são comestíveis. O senhor Sergio respondeu que aprendeu com seus antepassados que tinha descendência indígena, a utilizar folhas de Cariru – como falam na região, em cozimentos de carnes. Segundo ele em todo lugar na área rural encontra-se essa planta, mais que a pessoas falam que são mato e prejudica outras plantações como no cultivo de quiabo, jiló e mandioca. Mais ele informou às pessoas que a planta não é mato e que seus antepassados além de usar na alimentação usava como remédio diante de uma infecção no corpo. Atualmente o senhor Sergio cultiva a planta na sua horta. Já as senhoras Vânia e Maria ao serem questionadas por plantas que são consideradas mato, mas podem ser comestíveis, as referidas senhoras mencionou que seus antepassados e os vizinhos mais idosos falavam sobre o Cariru, porém não acreditavam que eram comestíveis. Segundo elas a planta tem pequenos espinhos no caule. Na ocasião que foi administrado curso sobre hortaliças no centro comunitário Recanto do Peixe - zona rural, através do órgão de extensão da região – Emater, as senhoras perguntaram ao técnico extensionista sobre a planta Cariru se poderia utilizar na alimentação como seus antepassados haviam falado. Foi então que o mesmo informou sobre as plantas comestíveis consideradas pelos agricultores como mato, praga e erva daninha, dentre várias plantas comestíveis essa seria uma que poderia ser cultivada nas hortas domésticas e utiliza-la na alimentação, principalmente em saladas e medicinal. A partir desses esclarecimentos as senhoras passaram a utilizar o Cariru em molhos de legumes, saladas e chá para uso medicinal.
3.1 Coletas da planta
A coleta da planta ocorreu junto com os entrevistados nos locais onde havia o cultivo feito por eles da seguinte forma: foi coletada uma amostra representativa da planta, incluindo suas folhas, frutos, caule, raiz e registro fotográfico.
3.2 Materiais utilizados
- Caderno e lápis;
- Tesoura;
- Máquina fotográfica;
- Fita crepe;
- Jornal;
- Corda.
3.3 Descrições da planta
Nome científico: Amaranthus viridis L.
Família: Amaranthaceae
Sinônimo popular: Caruru-cuia, caruru-roxo, caruru-de-macha, caruru-de-porco, caruru-de-espinho, bredo-de-chifre, bredo-de-espinho, bredo-vermelho.
Partes usadas: Folhas, talo e sementes.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc,): As folhas são ricas em taninos vegetais, saponinas, alcaloides, proteínas e glicosídeos. Contém ferro, potásso, cálcio e vitaminas A, B1, B2, C.
Propriedade terapêutica: Lactígeno, emoliente, vermífuga, antibacteriana, antidiabética, antihiperlipidêmica, antioxidante.
Espécie herbácea, anual, às vezes perene de 10 a 60 cm de altura, cresce em locais onde se pratica alguma atividade agropecuária. Apresenta caule ereto ou decumbete, fino, suculento, ramificado desse a base, gabro com predomínio de coloração verde. As folhas são simples, alternadas, geralmente escassas e espaçadas, longo pecíolo verde, limbo lanceolado com manchas irregulares de diferentes tons, margem ondulada e ápice com pequena reentrância. Inflorescência terminal em panícula formada de espigas com flores com até 3 pétalas. A floração ocorre durante todo o ano. Fruto pequeno com superfície enrugada contém uma única semente castanha escuro com uma textura de verrucosa.
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