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Resenha: O Escravo do Naturalista

Por:   •  13/6/2018  •  Resenha  •  485 Palavras (2 Páginas)  •  277 Visualizações

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RESENHA: O escravo do Naturalista: O papel do conhecimento do nativo nas viagens científicas do século 19

Este é um texto que fala sobre como os nativos do Brasil no século 19, tiveram um papel fundamental para que os naturalistas que vinham fazer suas pesquisas no País, pudessem realiza-las de forma eficiente, devido ao conhecimento desses nativos, além de fornecimento de subsídios como alimentos, meios de transporte, serviços de guias e como intérpretes. No texto é tratado sobre três naturalistas que fizeram expedições no Brasil, Alfred R. Wallace (1823-1913), Henry W. Bates (1825-1892), ambos ingleses e, Louis Agassiz (1807-1873) um suíço, e que deixaram como relatos a importância dos nativos para o êxito em suas expedições. A começar com Bates, o autor traz trechos de seus relatos, que mostram a ampla rede de colaboração que possuía com diferentes indivíduos em diferentes faixas etárias, com conhecimentos própios, como em relação a caça. Bates ainda relata como os nativos estavam sempre dispostos a ajudar, sem pedir nada em troca, motivo que o levou a escrever um trecho em seu livro, que desmente a visão de que as viagens para as expedições possuíam riscos. Wallace, assim como Bates, no seu livro sobre sua expedição amazônica, faz uma lista de todas as pessoas que o ajudaram, além de citar casos onde o conhecimento de nativos sobre determinados assuntos foi de suma importância para seu aprendizado e também para comprovar algumas hipóteses, como o caso da distribuição de animais, como a das barreiras fluviais, além de refutar afirmações feitas por outros cientistas.  Agassiz, também realizou diversas expedições no Brasil e também afirma em seus livros e cartas a importância dos habitantes locais, mas ele destaca mais sobre o conhecimento que os indígenas possuíam sobre fauna e flora, de forma a explicar como estavam distribuídas, como se comportavam, os usos. Era enfatizado então o quão importante era esse conhecimento empírico dos objetos naturais. Outro ponto importante do texto é sobre como se também existia o uso de escravos em expedições, que muitos possuíam também certos conhecimentos, e muitos naturalistas os libertavam após terminares suas expedições. Um ponto importante que o autor do texto traz, é que apesar desses naturalistas falarem sobre como os nativos, escravos, eram importantes em suas expedições, muitos outros não faziam isso. Suas publicações eram feitas de forma que, todo o conhecimento ali exposto foi adquirido com o fruto de seus esforços em suas expedições. Nesse texto é trazido de forma simples a importância da relação entre a ciência e os saberes tradicionais, e sem querer tirar os méritos que os pesquisadores possuem ao fazerem ciência, mas enfatizando a visão de como o conhecimento é passado do nativo para o europeu do século 19, e que isso ainda ocorre nos dias atuais. Fato esse que ocorre não só entre a relação entre países, mas também entre os próprios pesquisadores de um País como o Brasil, com seus habitantes.

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