Resenha sobre museus

RESENHA CRÍTICA

Rodrigo de Oliveira Andrade é doutorando em História da Ciência pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Ciência da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), atualmente trabalha como jornalista correspondente da Science & Development Network (SciDev.Net) na América Latina e repórter na revista Pesquisa FAPESP.

A presente resenha do artigo “Memórias que o fogo não apagou” onde o autor descreve e relata fatos importantes da história de criação e do acervo do Museu Nacional. Exalta a participação do museu na história brasileira utilizando-se das afirmações e informações de pesquisadores especialistas na área, que procuram de uma forma clara apresentar o percurso e os avanços que ocorreram na criação do Museu Nacional, como também da entrada de objetos que constituíam o seu acervo.

Faz, um histórico expondo que a instituição foi fundada por João VI, como Museu Real, e que sua criação ocorreu devido a grande valorização da história natural naquela época. Relata que, o Museu Real foi idealizado nos padrões europeus, sendo que continha coleções cientificas, bibliotecas, laboratórios e exposições. Muitas das peças apresentadas no museu foram conseguidas por meio da troca de favores, negociações e doações de particulares.

Informa que no ano de 1821 foi aberto ao público e em setembro de 1822, através da Proclamação da Independência passou-se a designar Museu Imperial e Nacional. Explana de forma sucinta a contribuição do museu para o enriquecimento das ciências naturais e da disseminação dessa área do conhecimento pelo país, de forma a culminar com a criação de vários museus de ciências pelo país. Menciona através dos pesquisadores, que o conhecimento cientifico da época era proveniente dos museus e que com o passar do tempo houve a aproximação entre os museus e as universidades pela incorporação dos mesmos a estas instituições públicas.

A crítica do autor apresenta-se quando é relatada a falta de recursos para a manutenção da instituição, principalmente no passado, o que também ocorreu no presente, refletindo-se de certa forma com a destruição do Museu Nacional ocasionado pelo incêndio, sendo que não houveram formas preventivas para manutenção da segurança deste patrimônio histórico e cultural existente.

APRECIAÇÃO DO ARTIGO

O artigo deixa claro a importância do Museu nacional para a história brasileira, mostrando o percurso inicial de sua criação, fazendo a conexão entre passado, presente e futuro. O fogo pode ter levado um grande acervo, porém não levou as memórias que ficaram guardadas de quem lutou para a sua construção, de quem buscou meios para tornar o acervo grandioso, de quem estava cotidianamente dentro do Museu e principalmente de quem pode ver/tocar esse patrimônio material ou imaterial que fez e faz parte da memória cultural do povo brasileiro.

Pela clareza da exposição e profundidade da argumentação recomendamos a leitura deste artigo por ser um texto que atende aos leitores que se interessam pela disciplina de história, assim como as pessoas que buscam conhecimento sobre o Museu Nacional.