Resenha sobre o texto: “ASSIS, Maria Elisabete Arruda de. MUSEUS, QUE MERCADO É ESSE?
Por: Rafael Freitas • 3/8/2016 • Resenha • 600 Palavras (3 Páginas) • 637 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
ESCOLA DE DIREITO TURISMO E MUSEOLOGIA – EDTM
DEPARTAMENTO DE TURISMO – DETUR
Resenha sobre o texto: “ASSIS, Maria Elisabete Arruda de. MUSEUS, QUE MERCADO É ESSE? In: II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS CULTURAIS”
RAFAELFREITAS DA SILVA
OURO PRETO
JULHO DE 2016
A obra faz uma análise econômica do setor de museus relatando ser uma área pouco explorada no mercado brasileiro. É mostrada uma lei de Plano Nacional de Cultura que reúne princípios como a arte sendo direito de todos e garantindo o incentivo à cultura e preservação do patrimônio. Nos é mostrado que no campo do Museu faltam pesquisas que levantem dados de impactos econômicos e sociais a respeito do setor, sendo que estes seriam essenciais para o desenvolvimento da área e o cumprimento das propostas da Lei do PNC. Entretanto, é possível observar uma construção gradual no incentivo a essas pesquisas pelo Ministério da Cultura que, como medida a fim de reverter esse quadro, criou o Programa de Desenvolvimento de Economia da Cultura (PRODEC). Contudo, o setor museológico só ganhou maior visibilidade institucional com a criação do Departamento de Museus com parceria com o IPHAN. Mais para frente a criação do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) gerou uma série de políticas de desenvolvimento e acompanhamento do setor, levando a um levantamento de informações e dados importantes para provar a importância dessa área para a cultura.
A autora usa de uma série de dados para sustentar seus argumentos, nos fazendo refletir sobre a importância real dos Museus não só como expositor de acervo, mas como ferramenta econômica e de gestão social. O setor emprega mais de 22 mil pessoas em todo Brasil, sendo dessas, apenas 500 museólogos formados. Por ser um campo de estudos jovem, a atuação no mercado de trabalho é pequena e a pouca profissionalização da área acaba resultando em uma má gestão, o que contribui para a não valorização deste campo.
O museu é um campo da economia da cultura que tem suas necessidades e especificidades, é essencial que se dê devida atenção a estes aspectos para que se tome um norte no desenvolvimento do setor.
O setor museológico é um incentivador direto da cultura, ajudando a reforçar a identidade social do município a qual está inserido. Segundo Maria Elizabeth, o museu é um meio para alcançar vários outros objetivos, tais como: “dinamizar a economia local; servir de âncora a projetos de revitalização de espaços degradados das cidades, comunidades, bairros, etc.; valorizar obras e artistas; movimentar o mercado de artes; potencializar autoestima de populações; dar acesso aos bens culturais coletivos; afirmar identidades; realizar inclusão social; exercitar a cidadania... Enfim, museu como fator de desenvolvimento. ”
Para melhor exemplificar esta situação, a autora utiliza de uma das ramificações econômicas dos museus, o mercado de arte, que não valoriza tanto os artistas brasileiros, desta forma, dar oportunidade para que exponham artes nacionais em museus é de extrema importância para a divulgação e o reconhecimento internacional da arte e do artista brasileiro.
Os museus não são apenas espaços de exposição, mas também atores sociais dinâmicos que proporcionam diversos benefícios para a cultura nacional. Por ser uma área pouco conhecida não é dado o devido valor a tal setor e suas atividades. É preciso conhecer mais sobre o assunto para que alcance a visão das instituições governamentais aumentando seus investimentos e colaborando com seu desenvolvimento para que resulte em impactos não só econômicos, mas também sociais no local em que está inserido.
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