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Sistema Digestivo dos Peixes

Por:   •  7/12/2022  •  Projeto de pesquisa  •  1.092 Palavras (5 Páginas)  •  108 Visualizações

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Sistema

Digestivo dos

Peixes.

Nós damos-lhes de comer. É com isso que os enganamos, é dessa forma que os motivamos a morder o nosso anzol.

De uma ou outra forma, com isco orgânico ou com artificiais que imitam isco orgânico, a motivação é sempre a mesma: fazer com que abram a boca e comam aquilo que lhes propomos.

Não há espécies de peixes que não comam, pelo que natural é encontrarmos em todas elas pontos em comum, no que a digestão diz respeito. Há é diferentes hábitos alimentares e por isso mesmo, diferenças acentuadas a nível fisiológico.

Os peixes adaptam-se no seu todo, boca, dentes, morfologia do canal alimentar, a diversos tipos de habitat. Aquilo que podemos esperar é que, sendo diferentes, tenham também diferentes adaptações estruturais para a captura, ingestão e digestão dos alimentos.

Um peixe herbívoro, exemplo a nossa salema, não pode ter o mesmo tipo de estômago de um predador, exemplo o nosso robalo. Também a produção dos enzimas digestivos não pode ser idêntica, antes varia de acordo com os hábitos alimentares de cada espécie.

E se vamos analisar as diferenças entre espécies, talvez possamos começar por definir aquilo que as une: a boca e a cavidade bucal, é um sistema comum a todos eles. Está geralmente situada na extremidade anterior do peixe, abaixo das narinas e paralela ao seu eixo longitudinal.

Mas vejam o caso das raias, que têm a boca numa posição diferente, por baixo do seu corpo. Alguns tipos de peixes que se alimentam no fundo têm o seu aparelho bucal localizado ventralmente, pois é no fundo que captam os seus alimentos.

Recordo-vos o caso dos salmonetes que, alimentando-se de pequenos vermes que desenterram das areias, também criaram uma adaptação nos lábios no sentido inferior, têm a sua boca numa posição baixa que lhes permite aspirar a partir do fundo.

Não é o caso do robalo, que morde as suas presas a um nível superior ao fundo, e por isso não ganharia em ter a mesma forma de boca do salmonete.

De qualquer forma, em termos genéricos a boca serve para captar o alimento. Tem sobretudo uma função de retenção e manipulação de alimento. O tamanho da boca está directamente relacionado com o tamanho das expectáveis presas a captar. Há uma relação directa entre a dimensão relativa e a própria abertura que essa boca permite, e obviamente o tamanho das partículas a ingerir. No caso do robalo, uma sardinha, uma cavala, um carapau, terão uma dimensão tal que seguramente inviabilizaria a sua captura pelo tipo de boca do salmonete.

Também o tipo de dentes nos diz muito sobre a atividade do peixe. Os carnívoros geralmente apresentam mandíbulas bem desenvolvidas providas de dentes bem afiados. Já os herbívoros apresentam pequenos dentes esofageanas capazes de triturar material fibroso, as plantas.

Há ainda aqueles que não apresentam dentes, mas estruturas especiais nos lábios e arcos branquiais capazes de sugar e filtrar pequenas partículas do fundo, da superfície e da coluna da água. As nossas sardinhas não se caracterizam propriamente pelos seus grandes dentes…

Um mero é basicamente uma cabeça enorme, com uma boca enorme, com dentes, e um estômago que pode albergar facilmente um polvo de 5 kgs. Ou dois...

As espécies carnívoras caracterizam-se por apresentar boca grande e mandíbulas muito fortes. Os dentes, quando presentes, são pontiagudos e afiados, importantes na captura e se possível, corte das presas.

Nas espécies predadoras, a boca e o esófago são geralmente de grande dimensão. Porque são obrigados a isso: é necessário que o animal possa captar e engolir de imediato um peixe que, pese ter sido capturado, ainda assim está vivo e pode escapar. Assim, o procedimento nos predadores está condicionado pela sua própria actividade de caça: a presa entra na boca, passa para a faringe e daí para o esófago. Daí para o estômago, que é sempre grande, que dilata bastante e serve de depósito …seguro. Não esqueçam que o peixe predador pode aproveitar, se a situação lho proporcionar, para fazer várias capturas em poucos segundos.

O trato digestivo é o tubo que vai da boca ao ânus pelo qual passam os alimentos. A nível do estômago, temos várias adaptações, várias formas, consoante

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