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Sofosbuvir no Tratamento da Hepatite Crônica Tipo C

Por:   •  27/8/2016  •  Artigo  •  2.573 Palavras (11 Páginas)  •  484 Visualizações

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Resumo

A hepatite C é uma doença que acomete a saúde de 3-4 milhões de pessoas no mundo por ano e 130-170 milhões de pessoas estão cronicamente infectadas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de 350 mil pessoas morrem a cada ano de hepatite relacionada com a do tipo C. Pessoas infectadas com o vírus da hepatite C (VHC) são de grande risco para a evolução de doença hepática crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular (HCC). VHC é responsável por cerca de 27% dos casos de cirrose e cerca de 25% de casos de HCC em todo o mundo (MOHAMED, 2015 et al.,).

Além da fraca eficiência terapêutica, os antigos principais medicamentos disponíveis, interferon (IFN) e ribavirina (RBV), provocam efeitos colaterais importantes e devem ser aplicados por um tempo prolongado, exigindo monitorização médica especializada constante (STRAUSS, 2011). Devido aos efeitos colaterais deste regime, os candidatos devem ser avaliados para elegibilidade. A contraindicação líder foi presença de sintomas depressivos, pois além do seu possível agravamento, o principal efeito colateral da utilização do interferon-alfa é a depressão (ROWAN e BHULANI, 2015).

A partir de 2011, novas drogas orais mais eficientes têm sido inseridas no tratamento de infecção crônica de VHC com o percentual de cura em 90%. Estas novas drogas introduzem novos tempos no tratamento da infecção crônica pelo VHC após dois séculos e meio de sua descoberta. Durante esses anos, a linha tradicional de tratamento teve muitos efeitos colaterais com sucesso limitado e baixa resposta virológica sustentada (RVS) - carga viral indetectável (negativo) seis meses após o final do tratamento. Ao contrário do que foi visto, a nova classe de drogas é chamada de antivirais de atuação direta (DAAs) (MOHAMED et al., 2015) e já proporciona grande revolução.

A presente pesquisa trata-se de uma revisão de literatura sobre estudos em relação a novos antivirais de ação direta, com ênfase no sofosbuvir, no tratamento da hepatite crônica tipo C e seus efeitos colaterais.

Com a presente revisão, pode-se concluir que diversos autores demonstraram a tolerabilidade e diminuição significativa dos efeitos adversos causados pelos sofosbuvir em comparação com o interferon e a ribavirina. Notou-se que houve redução do surgimento de depressão em pacientes que começaram o uso dos DAAs, e que esse efeito colateral ocorreu mais frequentemente quando sofosbuvir foi combinado ao interferon e ribavirina.

Introdução

A hepatite C é uma doença que acomete a saúde de 3-4 milhões de pessoas no mundo por ano e 130-170 milhões de pessoas estão cronicamente infectadas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de 350 mil pessoas morrem a cada ano de hepatite relacionada com a do tipo C. Pessoas infectadas com o vírus da hepatite C (VHC) são de grande risco para a evolução de doença hepática crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular (HCC). VHC é responsável por cerca de 27% dos casos de cirrose e cerca de 25% de casos de HCC em todo o mundo (MOHAMED, 2015 et al.,).

A infecção crônica pelo VHC, além de seu desenvolvimento gradual, em anos ou décadas, normalmente exibe uma extensiva variação clínica, desde formas assintomáticas com enzimas normais até a hepatite crônica intensamente ativa, cirrose e hepatocarcinoma. O longo avanço da doença, a concomitância de elevada carga viral, a falta de alterações enzimáticas e alterações histológicas ínfimas ou ausentes, compõem dados clínicos contrários ao efeito citopático direto do VHC (STRAUSS, 2011).

Edna (2011) descreve bem a forma de diagnóstico ainda empregado e a ideia principal do tratamento antigamente utilizado:

O teste sorológico para diagnóstico de hepatite C, frequentemente utilizado desde o início dos anos 90, é um teste imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos contra o vírus da hepatite C (anti-VHC), que adquiriu maior sensibilidade e especificidade ao passar de testes de primeira para segunda e terceira gerações (ELISA II ou III). Para confirmação diagnóstica de hepatite C aconselha-se a determinação qualitativa do RNA-VHC, de preferência pelo método da PCR.

O tratamento da hepatite C objetiva deter a progressão da doença hepática pela inibição da replicação viral. A redução da atividade inflamatória costuma impedir a evolução para cirrose e carcinoma hepatocelular, havendo também melhora na qualidade de vida dos pacientes. Os medicamentos que estavam sendo administrados por um determinado período, entretanto, nos mais diversos esquemas em termos de doses, duração ou associações conseguiam atingir os objetivos propostos em menos da metade dos pacientes tratados.

Além da fraca eficiência terapêutica, os antigos principais medicamentos disponíveis, interferon (IFN) e ribavirina (RBV), provocam efeitos colaterais importantes e devem ser aplicados por um tempo prolongado, exigindo monitorização médica especializada constante (STRAUSS, 2011). Devido aos efeitos colaterais deste regime, os candidatos devem ser avaliados para elegibilidade. A contraindicação líder foi presença de sintomas depressivos, pois além do seu possível agravamento, o principal efeito colateral da utilização do interferon-alfa é a depressão (ROWAN e BHULANI, 2015).

A partir de 2011, novas drogas orais mais eficientes têm sido inseridas no tratamento de infecção crônica de VHC com o percentual de cura em 90%. Estas novas drogas introduzem novos tempos no tratamento da infecção crônica pelo VHC após dois séculos e meio de sua descoberta. Durante esses anos, a linha tradicional de tratamento teve muitos efeitos colaterais com sucesso limitado e baixa resposta virológica sustentada (RVS) - carga viral indetectável (negativo) seis meses após o final do tratamento. Ao contrário do que foi visto, a nova classe de drogas é chamada de antivirais de atuação direta (DAAs) (MOHAMED et al., 2015) e já proporciona grande revolução.

Drogas DAAs aumentam as taxas de RVS, os pacientes que são tratados com o novo protocolo terão uma terapia mais simplificada, um curto período de tratamento e o medicamento será administrado por via oral e diminuindo os efeitos colaterais, proporcionando então uma nova esperança para pacientes com o vírus da hepatite C (MOHAMED et al., 2015).

O sofosbuvir (SOF), simeprevir (SIM), e daclatasvir (DCV) são as novas gerações de DAAs que aumentam as taxas de RVS com menos efeitos colaterais e curta duração do tratamento. Estes medicamentos são empregados com ou sem pegIFN e/ou combinação de ribavirina com diferentes durações de tratamento de acordo com a combinação utilizada.

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