Tem Alguma Utilidade Estudar A Utilidade Dos Seres Vivos?

Universidade Estadual de Goiás

Campus de Ciências Exatas e Tecnológicas – CCET

Disciplina Optativa Educação Ambiental

Acadêmica: Lilian Ferreira da Cruz Barros

Tem Alguma Utilidade Estudar A Utilidade Dos Seres Vivos?

        Feios, nojentos, escorregadios, transmissores de doenças, venenosos, perigosos, sujos, etc. Quem nunca usou esses termos ao se referir às aranhas, escorpiões, piolhos, baratas, vermes, cobras, sapos, lagartixas, tubarões, morcegos, entre vários outros animais? Já pensou se a sobrevivência destes animais dependesse dos “paladares”, mitos, medos, necessidades, dos humanos? A grande maioria teria poucas chances de sobrevivência, e seu lugar de habitação? O ralo, a lata de lixo, esgotos, talvez fossem os lugares mais adequados para muitos deles. Seria a dominação do “mundo” pelos pets? Afinal eles aprenderam a ser amigo, membro familiar do homem. Isso significaria a extinção dos animais que causam “repúdio” nos humanos? Não seriam estes seres importantes para os processos ecológicos, tais processos que são necessários para a sobrevivência humana? Então, teria alguma utilidade estudar a utilidade dos seres vivos?

        Direta ou indiretamente, todos os animais tem a sua utilidade para o homem. Como os morcegos, por exemplo, a visão de um ser humano de um morcego, em sua grande maioria, é a de um transmissor de raiva, porém passa despercebido que o mesmo é responsável pela polinização e dispersão de semente de cerca de 200 espécies de plantas, além de controladores de insetos nocivos ao ser humano. Nesse critério de seleção humana, a sobrevivência destes animais está ameaçada, e também o equilíbrio da natureza. E sim, teria utilidade estudar a utilidade dos seres vivos, tanto para a nossa sobrevivência, quanto para sobrevivência deles e a manutenção dos processos ecológicos.

        Portanto, modificar a forma de como nos referimos a esses grupos seria um passo inicial para despertar o interesse em relação aos animais e sua importância ambiental. Podemos pensar então que o modo como nos referimos acerca de um grupo de animais reflete a sua importância. A atribuição de novos nomes, isto é, “resignificar” a natureza, atribuir aos animais nomes que reflitam a sua atividade no meio ambiente, despertaria no ser humano a busca do conhecimento sobre a utilidade dos seres vivos e, assim conversar os grupos da extinção.

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